O
advogado Francisco Simim, um dos defensores do goleiro Bruno Fernandes de
Souza, disse nesta quinta-feira (23) que o seu cliente "ficou chocado
demais com a perda" do primo Sérgio Rosa Sales, assassinado com seis tiros
na manhã de ontem, na região norte de Belo Horizonte.
Segundo
o advogado, que visitou Bruno nesta manhã, o goleiro recebeu a informação da
morte de Sérgio por pessoas do presídio, logo depois que a notícia começou a
ser divulgada, ainda na manhã de quarta-feira.
"Eu
fui lá na penitenciária para ver como ele está psicologicamente. O Bruno está
normal, está legal", afirmou Simim, que acrescentou que o goleiro espera
agora o julgamento do habeas corpus pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que
poderá mantê-lo preso até o julgamento ou permitir que aguarde em liberdade.
Embora
réu no processo da morte de Eliza Samudio juntamente com Bruno e mais cinco
pessoas, Sérgio era uma peça-chave no processo.
Ele
foi o único entre oito réus que prestou depoimentos durante o inquérito
policial e, segundo a polícia, ajudou na elucidação do crime --embora o corpo
da ex-amante do goleiro nunca tenha sido encontrado. Depois, Sérgio negou as
versões, mas ganhou a liberdade da Justiça por ter colaborado.
Sérgio
foi secretário de Bruno no Rio, quando ele jogava pelo Flamengo. Ele perdeu o
cargo para Luiz Henrique Romão, o Macarrão, com quem tinha rixa.
Macarrão
também é réu no processo e, segundo a defesa de Bruno, foi ele quem teria
planejado a morte de Eliza, à revelia de Bruno. Teria feito isso por ciúmes. A
defesa de Macarrão nega.
Simim
não acredita que o assassinato de Sérgio tenha ligação com o caso, apesar de o
advogado afirmar que o primo de Bruno "era trabalhador, não tinha problema
com ninguém e não estava envolvido com drogas".
"Mas
estão dizendo que ele namorava uma mulher que era comprometida ou casada, não
sei, e que tinha dado um tapa no rosto de alguém em um jogo de futebol",
disse Simim, reproduzindo rumores ditos em programas de rádio e TV que não
foram comentados pela polícia.
Segundo
a Polícia Civil, a hipótese de queima de arquivo está sendo investigada, como
todas as outras que possam existir. A polícia ainda não tem pistas e nem
suspeitos.
ENTERRO
O
corpo de Sérgio, 24, foi enterrado no final da manhã desta quinta-feira, em um
cemitério da zona leste de Belo Horizonte. Os parentes choraram a perda do rapaz
e alguns tiveram que ser amparados. Ninguém quis falar sobre o caso
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