sexta-feira, 27 de novembro de 2015

GUERRA FRIA


História da Guerra Fria, corrida armamentista, definição, OTAN e Pacto de Varsóvia, guerras, corrida espacial, Plano Marshall, Queda do Muro de Berlim
INTRODUÇÃO

Disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e URSS após a II Guerra Mundial. É uma intensa guerra econômica, diplomática e tecnológica pela conquista de zonas de influência. Ela divide o mundo em dois blocos, com sistemas econômicos e político opostos: o chamado mundo capitalista, liderado pelos EUA, e o mundo comunista, encabeçado pela URSS. Provoca uma corrida armamentista que se estende por 40 anos e coloca o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear. 
Após a II Guerra Mundial, os soviéticos controlam os países do Leste Europeu e os norte-americanos tentam manter o resto da Europa sob sua influência. Apoiado na Doutrina Truman – segundo a qual cabe aos EUA a defesa do mundo capitalista diante do avanço do comunismo –, o governo norte-americano presta ajuda militar e econômica aos países que se opõem à expansão comunista e auxilia a instalação de ditaduras militares na América Latina. O Plano Marshall, por exemplo, resulta na injeção de US$ 13 bilhões na Europa. A URSS adota uma política isolacionista, a chamada Cortina de Ferro. Ajudada pelo Exército Vermelho, transforma os governos do Leste Europeu em satélites de Moscou. 
Nos anos 50 e 60, a política norte-americana de contenção da expansão comunista leva à participação da nação na Guerra da Coréia e na Guerra do Vietnã. A Guerra Fria repercute na própria política interna dos EUA, com o chamado macarthismo, que desencadeia no país uma onda de perseguição a supostos simpatizantes comunista.
Corrida nuclear – A Guerra Fria amplia-se a partir de 1949, quando os soviéticos explodem sua primeira bomba atômica e inauguram a corrida nuclear. Os EUA testam novas armas nucleares no atol de Bikini, no Pacífico, e, em 1952, explodem a primeira bomba de hidrogênio. A URSS lança a sua em 1955. As superpotências criam blocos militares reunindo seus aliados, como a OTAN, que agrega os anticomunistas, e o Pacto de Varsóvia, do bloco socialista. 
Com a descoberta da instalação de mísseis soviéticos em Cuba, em 1962, os EUA ameaçam um ataque nuclear e abordam navios soviéticos no Caribe. A URSS recua e retira os mísseis. O perigo nuclear aumenta com a entrada do Reino Unido, da França e da China no rol dos detentores de armas nucleares. Em 1973, as superpotências concordam em desacelerar a corrida armamentista, fato conhecido como Política da Détente. Esse acordo dura até 1979, quando a URSS invade o Afeganistão. Em 1985, com a subida ao poder do líder soviético Mikhail Gorbatchov, a tensão e a guerra ideológica entre as superpotências começam a diminuir. O símbolo do final da Guerra Fria é a queda do Muro de Berlim, em 1989. A Alemanha é reunificada e, aos poucos, dissolvem-se os regimes comunistas do Leste Europeu. Com a desintegração da própria URSS, em 1991, o conflito entre capitalismo e comunismo cede lugar às contradições existentes entre o hemisfério norte, que reúne os países desenvolvidos, e o hemisfério sul, onde está a maioria dos subdesenvolvidos. 

Observações: 

Existiu também a "Aliança para o Progresso" um plano de ajuda econômica para ajudar os países da América Latina a sair do subdesenvolvimento porem com valores bem inferiores ao plano Marshal. 
No Brasil a Guerra Fria se fez sentir principalmente no governo Dutra com o rompimento de relações diplomáticas com os países socialistas, na "Aliança para o Progresso", No golpe militar de 1964 e no apoio a ditadura militar (1964 a 1985) 

RESPONDENDO QUESTIONAMENTO
1. Corrida Armamentista
Com o advento da Guerra Fria, os Estados Unidos tornaram-se grandes fabricantes de armas, desenvolvendo a chamada corrida armamentista. Desde a Guerra da Coréia (1950-53) até a crise dos mísseis soviéticos em Cuba (1962), os norte-americanos intervieram em quase uma dezena de crises e guerras externas, gerando em todo o mundo um verdadeiro sentimento antiamericanista.
Quando, em 1949, a URSS anunciou ao mundo a explosão de um artefato atômico, o Ocidente viu confirmada a sua opinião de que os soviéticos desejariam destruir o “mundo livre” e Washington iniciou a construção de bombas de hidrogênio.
A corrida armamentista foi, assim, uma espécie de “pingue-pongue do medo”. Cada ação do inimigo, interpretada como ofensiva, levava a uma reação defensiva, considerado pelo bloco oposto como agressiva, o que provocava uma atitude de salva­guarda, também tida, pelo outro lado, como hostil.
Essa lógica do pânico colocou o mundo à beira do caos, num iminen­te conflito nuclear. A partir de 1946, a imprensa passou a usar a expressão “Guerra Fria” em oposição a uma eventual “Guerra Quente Nuclear“.
Na década de 60, com a presidência de John F. Ken­nedy, o aumento do orçamento do Estado e a expansão industrial permitiram o financiamento de programas de ajuda aos países em desenvolvimento, bem como dos pro­jetos espaciais (Corrida Espacial) e do rearmamento. Como consequência, ampliou-se o seu arsenal nuclear e convencional. Intensi­ficaram-se as intervenções militares norte-americanas em guerras localizadas, nas quais se assinalava também a intervenção soviética: Laos, Cambodja e Vietnã. Sob a presidência de Lindon Johnson (1964).
Ainda no âmbito da luta contra o comunismo, os Estados Unidos passaram a estimular as ditaduras militares na América Latina (como no Uruguai, Brasil e Argentina) e, da mesma forma, procuraram garantir as ditaduras já instaladas com seu apoio (como na República Dominicana, Nicarágua, Haiti e Para­guai).

2. Quais blocos sociais disputavam o poder em quais países?
                                                 
O bloco capitalista ou bloco ocidental, durante o período da Guerra Fria, foi o nome que se deu ao grupo de países ligados á ideologia liberal-capitalista. O bloco era composto pelos países da Europa Ocidental, parte dos países da Ásia, América Central(exceto Cuba), América do Sul e Oceania, liderados pelos Estados Unidos.
No final da Segunda Guerra Mundial os Estados Unidos e a União Soviética surgiram como as duas únicas superpotências. Neste contexto a Segunda Guerra Mundial representou uma mudança fundamental no equilíbrio do poder internacional, e nas futuras estratégias ou coalizões de poder que se formaram após a vitória dos aliados.
Durante a guerra a maior parte da Europa tinha sido ocupada pela Alemanha nazista e as duas superpotências do pós-guerra foram responsáveis ​​pela criação de novos governos nos países europeus. Foi acordado que haveria o restabelecimento da soberania destas nações, podendo ser também restaurados os sistemas democráticos nestes.
Com o acirramento ideológico entre os EUA (potência capitalista) e a URSS (potência comunista), houve então uma repartição de poder em esfera global entre os sistemas destas duas nações. Relações entre a União Soviética e os Estados Unidos continuaram a se esfacelar, gerando conflitos indiretos (guerras por procuração) entre as duas potências. Entre estes conflitos pode-se destacar:
·         Guerra da Coreia;
·         Guerra do Vietname;
·         Conflitos árabe-israelenses;
·         Crise dos mísseis de Cuba.
Expansão soviética na Europa Oriental levou os Estados Unidos e os países europeus ocidentais a formar a NATO (OTAN). A NATO surgiu ideologicamente "para coordenar as defesas militares dos países membros contra a agressão soviética possível". O Pacto de Varsóvia foi formado como uma contra resposta à NATO. Este pacto existia para proteger os países satélites soviéticos que se formaram após a Segunda Guerra Mundial.

3. Porque essa guerra foi denominada assim?
Guerra Fria é a designação de um período histórico de disputas entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e a extinção da União Soviética em 1991.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e a União Soviética foram aliados na luta contra a Alemanha, logo após o inimigo ser derrotado, os antigos aliados se transformaram em adversários.
A Guerra Fria foi um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações.
A guerra é chamada de fria porque não houve uma guerra ou conflitos diretos entre as duas superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear.
A corrida armamentista pela construção de um grande arsenal de armas nucleares foi um dos maiores objetivos durante a primeira metade da Guerra Fria.
A rivalidade entre as duas nações tinha origem na incompatibilidade entre as ideologias defendidas por cada uma, já que possuíam sistemas políticos distintos e organizavam suas economias de modos diferentes da outra.
Os Estados Unidos defendiam o capitalismo, a democracia, princípios como a defesa da propriedade privada e a livre iniciativa; enquanto a União Soviética defendia o socialismo e princípios como o fim da propriedade privada, a igualdade econômica e um Estado forte capaz de garantir as necessidades básicas de todos os cidadãos.
Dada a impossibilidade da resolução do confronto pela via tradicional da guerra aberta e direta, as duas nações passaram a disputar poder de influência política, econômica e ideológica em todo o mundo.
Neste contexto, foram criados dois grandes blocos militares, sendo cada um correspondente a um dos lados dos países envolvidos na Guerra Fria: OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte (representando os Estados Unidos) e o Pacto de Varsóvia (composto pelos países que apoiavam a União Soviética).
A Guerra Fria terminou por completo com a ruína do mundo socialista, uma vez que a URSS estava destruída economicamente devido aos gastos com armamentos e com a queda do Muro de Berlim em 1989.
Consequência da Guerra Fria

Por causa da Guerra Fria, o mundo presenciou importantes episódios que mudaram o estilo de vida de todos os cidadãos, como:
·         Aumento da produção de armamento nuclear;
·         Desenvolvimento de redes de espionagem, seja militar ou política;
·         Desenvolvimento da corrida espacial;
·         Formação de alianças militares – OTAN, representando o capitalismo, e o Pacto de Varsóvia, representando o socialismo;
·         Divisão da Alemanha em Ocidental (capitalista) e Oriental (socialista), através do Muro de Berlim. 


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