sábado, 31 de janeiro de 2015

Para a emissão do RG, pode ser agendada via internet para Expresso Cidadão

Em Petrolina e região, já é possível fazer o agendamento para solicitar a carteira de identidade, por via internet, no atendimento no Expresso Cidadão.

O serviço está disponível apenas durante a semana – de segunda a sexta-feira. Já aos sábados o atendimento é presencial no Expresso Cidadão, que fica no localizado River Shopping de Petrolina – PE.


Para acessar, o responsável pela emissão do RG, e realizar o agendamento, é só acessar através do link http://www.iitb.pe.gov.br/Linkuteis.php

SECA FAZ COM QUE A CIDADE SUBMERSA HÁ 45 ANOS RESSURGIR

IGARATÁ VELHA - A seca que atinge o Rio Jaguari fez reaparecer as ruínas de uma cidade que estava submersa desde março de 1969, quando começou a construção dos reservatórios usados na geração de energia para a região do Vale do Paraíba e do Sistema Cantareira. 

No fundo de uma represa, que está 30 metros abaixo do nível normal, entre Joanópolis e São José dos Campos, no interior paulista, a igreja matriz, a praça e a rua principal da Igaratá Velha ressurgiram e se transformaram em ponto turístico. 



Os 2 mil moradores do antigo povoado de Igaratá Velha, formado em meados de 1865 em uma confluência dos Rios Jaguari e do Peixe, foram removidos para uma nova cidade homônima um século depois. Criada em dezembro de 1969 a 3 quilômetros da antiga cidade, a nova Igaratá nasceu em um terreno da antiga Central Elétricas de São Paulo (Cesp), doado aos moradores. Hoje, o município tem cerca de 9 mil habitantes. 

O reaparecimento das ruínas da Igreja Nossa Senhora do Patrocínio emociona quem viveu no antigo povoado. Um grupo colocou uma nova cruz onde ficava a igreja. “O pessoal mais velho vem e passa o domingo rezando em volta da cruz. Não querem que a água cubra de volta a igreja”, diz o agricultor Edilson Cardoso, de 32 anos.

Com um quadro da Igaratá Velha debaixo dos braços, o pescador José Carlos de Almeida, de 50 anos, cobra R$ 5 para levar turistas de canoa até as ruínas do antigo grupo escolar, no meio da represa. “Se a represa baixar os 10 metros que faltam, vai reaparecer a cidade inteira.” 

A prefeitura de Igaratá também fez melhorias na pista de terra que dá acesso às ruínas, para facilitar a visitação. “Uma pena não ter dinheiro para fazer a preservação das peças encontradas. Muita coisa as pessoas já levaram embora”, diz o secretário de Obras de Igaratá, Emerson Rodrigues, de 35 anos.
Enchentes. Na época da remoção promovida pela Cesp, a maior parte dos moradores concordava com a mudança. “Era muita enchente. No período das chuvas todo mundo tinha de sair de casa. Só os mais antigos não queriam mudar”, recorda José Rodrigues, de 72 anos.
Na nova Igaratá, a emoção pelo ressurgimento da antiga igreja parece ter anestesiado a preocupação com a seca. Mesmo entre os mais jovens a curiosidade é grande. Muitos querem descobrir onde ficava a casa da avó, da tia que morreu do prefeito.

Telhas dos anos 1940, escadarias, tanques de lavar roupa e restos das cadeiras da praça podem ser observados sobre o solo seco. No meio da represa estão estacas das casas demolidas na época da inundação. 

“Toda semana aparece uma coisa nova. Muito velhinho vem aqui e se emociona, chora mesmo”, conta Fabio Saltonato, de 28 anos. “Quero achar a casa que era do meu pai”. Pelo que vi nas fotos, se baixar mais 2 metros ela vai aparecer.

Na beira da represa, dezenas de chácaras e sítios de veraneio estão à venda. Pontos que funcionavam como marinas estão vazios.


Aécio rouba a cena em evento, com o seu novo visual


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BRASÍLIA - A primeira aparição de Aécio Neves em Brasília após a eleição presidencial deu o que falar, menos por sua intervenção no PSDB para que a bancada se unifique em torno de Júlio Delgado (PSB-MG), e mais pela mudança no visual.
O senador surgiu nesta sexta-feira com uma barba bem aparada, mesclando proporções semelhantes de pelos ainda castanhos com grisalhos.
As reações ao novo visual foram diversas. Assim que chegou ao hotel Royal Tulip para o encontro com a bancada tucana, foi possível ouvir comentários tanto de aprovação, quanto de rejeição. O senador não escapou de comentar sobre a mudança, questionado por jornalistas logo na entrada do evento.
— O visual pode mudar, só não muda o discurso — pontuou o tucano.
No evento, duas mulheres discutiam a barba de Aécio, mas não concordaram sobre o resultado.
— Ele ficou ainda mais gato com essa barba — disse uma delas.
— Ah, eu não gostei, cobriu as covinhas dele — respondeu a outra.
A barba foi motivo de brincadeira durante a fala de Aécio aos deputados. Um deles disse, inclusive, que o visual ajudou a arregimentar votos a favor de Júlio Delgado.
— Depois dessa fala do nosso presidente, com certeza vamos seguir a orientação do partido e votar no Júlio no primeiro turno. Ainda mais com o Aécio com essa barba parecida com a minha — brincou o deputado eleito delegado Waldir (PSDB-GO).
Outros barbudos também aprovaram a mudança. O líder do PSDB, deputado Antonio Imbassahy (BA), acredita que Aécio "vai agradar ainda mais" com o visual

Governo do RJ estuda dessalinizar água do mar para abastecimento

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e seu secretário de ambiente, André Corrêa, vão se reunir no dia de 10 fevereiro com técnicos de Israel e Espanha para discutir a dessalinização da água do mar para abastecimento do estado. A proposta seria uma alternativa para fornecer água à população devido à estiagem.
Os dois países são referência no processo de dessalinização, já que utilizam água do Mar Mediterrâneo para abastecimento. No encontro, os técnicos vão apresentar projetos de dessalinização para avaliação do governador.
Devido à estiagem, o nível da bacia do Rio Paraíba do Sul – que passa por São Paulo, Minas Gerais e Rio – chegou a 0,49% na quinta-feira (29), segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). Dos quatro reservatórios que abastecem o Rio de Janeiro, os de Paraibuna (SP) e Santa Branca (SP) operam no volume morto. As usinas de Funil (RJ) e Jaguari (SP) têm pouco volume útil de água – 3,95% e 1,79% respectivamente. Todos os reservatórios que abastecem o estado funcionam dentro de hidrelétricas.
Apesar da possiblidade de chuva, o técnico da usina de Funil Jorge Florentino explica que é preciso chover forte por dias seguidos para que o nível do reservatório se eleve. “Tem que ter chuva forte contínua por pelo menos três dias. Aí ele volta para uma expectativa de 60% (no nível de água)”, explicou.Apesar da seca e da baixa nas reservas de água, há previsão de chuva para Itatiaia, no Sul Fluminense, onde fica o reservatório de Funil, no fim de semana. Neste sábado (31), deverá chover desde a manhã até a noite, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Também pode chover na Região Metropolitana.
Racionamento
Apesar da falta de chuvas, o secretário estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, André Corrêa, voltou a dizer nesta sexta-feira (30), durante uma visita a Caixa da Mãe D'água, reservatório no Parque Nacional da Tijuca, que o estado não está na iminência de um racionamento de água. A vistoria feita pela secretaria ocorreu perto da nascente do Rio Carioca, córrego que historicamente abasteceu a cidade no período colonial, e que hoje conta com pontos de assoreamento e degradação.
"Nós não estamos na iminência de racionamento. Se começar a [pensar] assim, as pessoas vão começar a fazer reserva desnecessariamente. Aí, o cara começa a acumular baldes, ao invés de ajudar atrapalha", argumentou.
Apesar da afirmativa, Corrêa disse que o racionamento não está de fato descartado e que depende da Agência Nacional de Águas (ANA) para definir as próximas medidas. O Rio Paraíba do Sul é de gestão federal e também a fonte de abastecimento do Rio Guandu, que abastece a Região Metropolitana do Rio. Segundo o secretário, a vazão máxima de água que sai do Paraíba do Sul para o Rio Guandu é de 250 m³ e a mínima era de 190 m³. Atualmente, segundo ele, a vazão mínima já foi rebaixada para 140m³ e a ANA tinha a intenção de rebaixar ainda mais.

"A ANA queria propor 110m³. A gente entende o problema de São Paulo, a gente é brasileiro, quer ajudar, mas estamos discutindo essa questão. A gente vai convencer a ANA que isso não é adequado, vamos trabalhar para manter do jeito que está. Até agora nós conseguimos nos entender, não tem porque não continuar", comentou.
Questionado sobre uma possível sobretaxa para consumidores, o secretário disse que sempre defendeu uma política de uso eficiente dos recursos hídricos, independente do momento de crise. Segundo ele, a ideia é criar um estímulo para quem economizar.

Ex-diretor da Petrobras Renato Duque volta à prisão

Renato Duque deixa carceragem da PF em Curitiba (Foto: Reprodução/GloboNews)Renato Duque deixou carceragem da PF, em
Curitiba, no início de dezembro
(Foto: Reprodução/GloboNews)
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, emitiu um parecer nesta sexta-feira (30), em que defende a revogação do habeas corpus do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque. O documento foi encaminhado por Janot ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-diretor foi preso durante a sétima fase da Operação Lava Jato, em dezembro, mas conseguiu um alvará de soltura dias depois. Janot considera que Duque pode fugir do país.
Duque foi apontado por dois delatores da Lava Jato como um dos funcionários da Petrobras que recebiam propinas de empresas que firmavam contratos com a estatal. O nome dele aparece em depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa e de Pedro Barusco, que era gerente de Serviços e subordinado de Duque na estatal. O doleiro Alberto Youssef também citou o nome de Duque em depoimentos referentes aos desvios da Petrobras.
Para o procurador-geral, Duque pode usar os recursos que supostamente ganhou ilegalmente quando trabalhava na Petrobras. “Parece bastante claro que o paciente [Duque] possui inúmeras possibilidades (notadamente financeiras, a partir de dezenas de milhões de reais angariados por práticas criminosas) de se evadir por inúmeros meios e sem mínimo controle segudo, especialmente se consideradas as continentais e incontroladas fronteiras brasileiras”, diz Janot no documento.
Duque deixou a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, no dia 3 de dezembro. O habeas corpus concedido a ele foi assinado pelo ministro Zavascki, que acatou um pedido da defesa para revogar uma decisão do juiz federal Sérgio Moro, o qual decretou a prisão preventiva do executivo da Petrobras. A decisão do STF foi em caráter liminar e pode ser revertida a qualquer momento.
O advogado Alexandre Lopes de Oliveira, que representava Duque à época da prisão do ex-diretor, foi procurado pelo G1, mas não foi encontrado para comentar o documento assinado por Janot

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Reservatório de Paraibuna atinge volume morto, informa ONS

De acordo com o Informativo Preliminar Diário da Operação, publicado hoje (22) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível do reservatório de Paraibuna, no Rio Paraíba do Sul, pertencente à  Companhia Energética de São Paulo (Cesp), atingiu o chamado volume morto ontem (21), às 7 horas. “Não está mais produzindo energia”, disse à Agência Brasil a assessoria de imprensa do ONS.

Estão chegando ao reservatório de Paraibuna nove metros cúbicos de água por segundo, mas ele está permitindo sair 32 metros cúbicos por segundo. Segundo a assessoria, isso está sendo feito com  vertimento, isto é, com descarga que não passa pelas turbinas, porque é preciso respeitar a vazão defluente mínima obrigatória do reservatório.

“Ele não está  produzindo mais energia e está  usando o volume morto para manter a descarga mínima obrigatória que tem”. Em outras palavras, toda a defluência do reservatório está sendo feita com utilização do volume morto.

Na avaliação do ONS, esse é um sinal de que  os reservatórios estão se esvaziando. O reservatório de Santa Branca, pertencente à Light, por exemplo, apresenta nível de 0,65%, com entrada de 27 metros cúbicos de água por segundo e saída de 40 metros cúbicos por segundo; o de Funil (Furnas) tem nível de 4,15%, com 65 metros cúbicos por segundo de entrada e 137 metros cúbicos por segundo de saída; já  no reservatório de Jaguari (Cesp), o nível alcança 2%, com cinco metros cúbicos de água por segundo entrando e 11 metros  cúbicos por segundo saindo.

O ONS salientou, entretanto,  que para a geração de energia do  Sistema Interligado Nacional (SIN), a bacia  do Rio Paraíba do Sul representa menos de 1% da energia produzida. “Não é relevante em termos de energia. O fato de ela parar não é motivo de atenção maior, porque só contribui com 1% da geração hidráulica do sistema”,  esclareceu a assessoria do órgão.

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ), Nivalde de Castro, reforçou que para a geração elétrica, a bacia do Rio Paraíba do Sul “não é problemática. Ela vai ser problemática para o abastecimento de água”. Disse à Agência Brasil que, como não está chovendo, a tendência é que outras bacias comecem a ter o mesmo tipo de problema. “De maneira geral, a próxima medida agora é fazer procissão para São Pedro”, sugeriu.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

CARROS NÃO PODEM MAIS SER APREENDIDOS POR BLITS



Quem tem o IPVA atrasado de 2014 e ainda não foi pago, pode ter seu carro apreendido.. Uma nova lei que esta sendo aprovada no Brasil! Todos os carros não vão ser mais presos nas blitz mais pagaram uma multa de 50 mil reais. Essa medida mais rígida com o valor é para que não deixem mais o IPVA atrasado dos carros pois o Governo precisa do dinheiro arrecadado dos veículos. Quem tem carros e outros veículos sabe como que é chato esse negocio de ter que pagar IPVA para o governo arrumar as coisas cuidar do transito e nem em todas as cidades eles fazem o trabalho direito, então assista o vídeo e deixa seu comentário sobre essa nova mudança de lei que já existe na Bahia! O que acharam dessa nova lei? Deixe seu comentário a baixo!

Cunha mostra gravação e se diz vítima de armação da PF

Brasília - Dizendo-se indignado, o candidato do PMDB à Presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), convocou os jornalistas nesta terça-feira, 20, em Brasília, para denunciar o que chamou de mais uma tentativa de "alopragem" contra sua candidatura. O peemedebista apresentou uma gravação na qual dois homens conversam e um deles reclama de ter sido "esquecido" por Cunha. O deputado informou ainda que entregou um requerimento ao Ministério da Justiça solicitando a abertura de inquérito policial para apurar a veracidade da gravação.

Cunha contou que foi procurado no sábado, em seu escritório no Rio de Janeiro, por um suposto policial federal portando cópia de uma suposta gravação telefônica. Segundo o peemedebista, esse homem disse que a cúpula da Polícia Federal estaria orquestrando uma "montagem" para envolvê-lo em denúncias, de forma a prejudicar sua campanha ao comando da Câmara. 

No áudio divulgado pelo candidato, um dos homens reclama que Cunha está "se dando bem", pois será presidente da Câmara, mas que o Ministério Público está pressionando e que não segurará a denúncia, e que isso jogará "a merda no ventilador". "Os amigos dele estão sendo esquecidos", ataca o interlocutor. No diálogo quase teatral, o suposto "aliado" de Cunha diz que não será abandonado e que não ficará sem dinheiro.

Apesar de negar preocupação com os reflexos do episódio em sua candidatura, Cunha disse que chamou a imprensa para expor a situação à opinião pública. "Toda semana tem um tipo de constrangimento", protestou o deputado. Ele afirmou que procurou o vice-presidente da República, Michel Temer, que por sua vez recomendou notificação ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. De férias em Madri, Cardozo pediu que o requerimento fosse protocolado no Ministério da Justiça. 

O candidato disse não reconhecer as vozes que aparecem na gravação e não soube dizer se uma delas seria do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o "Careca". A investigadores da Operação Lava Jato, que apura as denúncias de desvios na Petrobrás, Jayme disse ter levado dinheiro a uma casa que, de acordo com o Youssef, seria de Cunha. Dois meses depois, no começo deste mês, a defesa do policial apresentou uma retificação do depoimento, em que era informado outro endereço e dizia não ser possível indicar quem era o dono do imóvel. Quando o caso foi revelado, Cunha se disse vítima de "alopragem" de interessados em prejudicar sua candidatura à Presidência da Câmara.
Além do agente da PF, Alberto Youssef também citou a participação de Cunha no esquema de pagamentos de propina com recursos da Petrobrás. O depoimento do doleiro, contudo, foi feito em delação premiada e está sob sigilo de Justiça. Também em janeiro, no entanto, o advogado de Youssef convocou a imprensa para dizer que o doleiro desconhece Cunha. O parlamentar nega que tenha recebido dinheiro do esquema.

O peemedebista afirmou que buscará o esclarecimento "cabal" e voltou a criticar a interferência do Palácio do Planalto na eleição do Legislativo. De acordo com ele, deputados relataram nos últimos dias que foram procurados pelo governo com a promessa de que seriam contemplados com cargos no segundo escalão caso abandonassem sua candidatura. 

Embora o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, tenha dito nesta manhã que uma nova Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobrás é "instrumento da oposição" e que o apoio de Cunha à instalação da comissão "não contribui com uma boa relação" com o Executivo, o candidato peemedebista à presidência da Câmara voltou a repetir que seu partido apoiará a criação da comissão. "O PMDB continuará assinando os requerimentos".

Mega-Sena acumula e prêmio pode ir a R$ 27 milhões na quarta

Nesta quarta-feira (21) ocorre o sorteio de R$ 27 milhões da Mega-Sena, concurso 1671, que será feito na Praça da Avenida Beira Rio em GURUPI/TO às 20h00.




Nenhuma aposta acertou as dezenas sorteadas no concurso 1.670 da Mega-Sena realizado neste sábado (17) no auditório da Caixa, em Brasília. No próximo sorteio que ocorrerá na quarta-feira (21), a previsão é que o prêmio chegue a R$ 27 milhões.


Veja as dezenas: 01 - 17 - 19- 30 - 33 - 47.



A quina teve 132 acertadores que irão receber R$ 22.296,52. A quadra teve 10.142 apostas que acertaram os quatro números e cada uma receberá R$ 414,56.
Para apostar
A Caixa Econômica Federal faz os sorteios da Mega-Sena duas vezes por semana, às quartas-feiras e aos sábados. As apostas podem ser feitas até as 19h (de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país. A aposta mínima custa R$ 2,50.

Governo aumenta imposto sobre gasolina

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou nesta segunda-feira, 19, quatro medidas que podem aumentar a arrecadação em R$ 20,63 bilhões em 2015. Segundo o ministro, as medidas têm como objetivo aumentar a confiança na economia.
As quatro medidas aumentam ou alteram impostos. Uma delas diz respeito à Cide, imposto que incide sobre a comercialização de combustíveis e que teve sua alíquota zerada em 2012. Agora, a gasolina será taxada em R$ 0,22 por litro e o diesel em R$ 0,15 por litro. Segundo Levy, isso não significa que o preço do combustível aumentará na bomba, pois essa definição é de competência da Petrobrás.
Outra medida aumenta a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operação de crédito para pessoa física, que sobe de 1,5% para 3%.
Duas das medidas envolvem o setor dos cosméticos e aumentam a tributação para importados. A primeira equipara o atacadista ao setor industrial no setor de cosméticos e não envolve aumento de alíquota. “Faz com que a tributação seja mais homogênea e evita acúmulo em algumas das pontas, além de dar mais transparência nos preços de referência”, disse o ministro. “Haverá um pequeno efeito arrecadatório, mas é mais uma coisa para organizar melhor o setor”, afirmou sem dar valores sobre o efeito na arrecadação.
O segundo item, segundo ele, também é corretivo, pois aumenta o PIS e Cofins dos importados de 9,25% para 11,75%. A medida é necessária, afirmou Levy, para equiparar a tributação nacional a de importados depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) retirou o ICMS da base de cálculo nas importações. “Estamos ajustando a alíquota para não prejudicar a produção doméstica. Aumenta-se no produto importado para dar competitividade ao setor doméstico”, disse.

'Foi melhor morrer’, diz amigo de brasileiro executado na Indonésia

RIO - Marco Archer e Rogério Paez se conheceram mais de 20 anos atrás. O primeiro era praticante de voo livre e morador de Ipanema; o segundo, surfista de Niterói. Conviveram pouco, tinham amigos comuns. Em 2006, reencontraram-se de maneira trágica e improvável: em um presídio na Indonésia, país que amavam até então. Archer já estava no corredor da morte. Para além da tristeza, a morte do amigo, por fuzilamento, no sábado, trouxe serenidade a Paez, que ficou oito anos encarcerado pelo porte de 3,8 gramas de haxixe - acabou libertado em 2011. 
“Foi melhor morrer do que ficar apodrecendo lá: era tudo o que ele não queria”, disse, nesta segunda-feira, em entrevista dada na sala do apartamento da família, de frente para a praia de Icaraí, o ponto mais nobre de Niterói (seu pai era dentista bem-sucedido e se elegeu vereador). 
“Uma vez, Marco pediu ao diretor para matá-lo no dia seguinte, já que o caso não teria perdão. Ele respondeu, com um sorriso cínico, que adoraria, mas que o presidente ainda não tinha dado a ordem. Em uma prisão em que estavam donos de laboratório de drogas sintéticas e reis da heroína, era peixe pequeno.”
Quando foi preso, Paez, engenheiro civil por formação, músico por diletantismo e viajante por vocação (morou 35 anos fora do País, trabalhando e pegando onda), estava estabelecido com uma namorada em Bali, paraíso dos surfistas. Ele voltava da praia quando foi parado em uma blitz. Policiais encontraram o haxixe, que seria para uso pessoal, em seu bolso. 
Ludibriado por um advogado oportunista, contou, ele foi condenado, e o caso acabou agravado por agressão a um policial e uma tentativa de fuga. Archer era o companheiro de cadeia mais próximo desde que foram transferidos para a Ilha de Nusakambangan - onde iria se dar a execução. 
Mesmo presos no corredor da morte, segundo Paez, podem passar o dia fora das celas, praticar esportes e ver TV a cabo (mediante suborno).
Ele lembra que o estado de espírito do carioca era oscilante. Por vezes, refugiava-se na metanfetamina, droga sintética que comprava de guardas corruptos, para escapar da realidade. “Era um cômico, se vestia de mulher, botava maquiagem, fazia todo mundo rir.” 
Já Rodrigo Gularte, paranaense condenado à morte por tráfico internacional, com quem também conviveu (entrou em Jacarta com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe, em 2004, e pode ser executado em breve), tinha dias mais sombrios. “Ele se isolou em uma bolha, não se relacionava com ninguém. É uma forma de se proteger daquela escória.” 



O sono de Paez, que vende produtos cultivados na fazenda do irmão e aluga imóveis para veranistas, se tornou tortuoso desde a cadeia e piorou com as notícias sobre a execução de Archer. Ele não se conforma com as contradições da Indonésia quanto à venda e uso de drogas. “Nada na Indonésia faz sentido. Quem vende a droga é a polícia. Na maior boate de Bali te oferecem ecstasy. Na cadeia, tem todas as drogas. E, se o preso tiver dinheiro, pode conseguir de tudo”, contou o niteroiense, que dispunha de um laptop e internet, e mantinha um site - suas histórias devem sair em livro, de nome Sexo, drogas e compaixão, que contará como o budismo amenizou a experiência na prisão.
Liberdade. Archer morreu aos 53 anos; Paez faz 60 em dezembro. Ele aprecia cada vez mais a liberdade. “Dou mais valor a tudo na vida. Quero desencorajar qualquer jovem que esteja pensando em usar droga e dizer que não leva a nada. A família do Marco era rica, ele não precisava disso.” 
Paez e outros amigos de Archer, ou Curumim, apelido pelo qual era chamado em Ipanema, onde cresceu, estão em contato com a tia dele, Maria de Lourdes Archer, única parente próxima viva (pais e irmão morreram), para que parte de suas cinzas seja jogada no mar do Arpoador, que ele frequentava. 

sábado, 17 de janeiro de 2015

Brasileiro é executado na Indonésia por tráfico de drogas




Apesar de pedidos de clemência vindos de ONGs internacionais e mesmo diretamente da presidente Dilma Rousseff, o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi executado na tarde deste sábado na Indonésia pelo crime de tráfico de drogas.

O cumprimento da pena capital foi confirmado por um porta-voz Procuradoria Geral do país à BBC Indonésia.

Preso desde 2003 depois de ser flagrado no aeroporto da capital Jacarta com 13,4kg escondidos em ferragens de uma asa delta, o carioca foi condenado à morte em 2004.

Ele é não apenas o primeiro brasileiro a ser executado no exterior, mas também o primeiro ocidental morto pelas autoridades da Indonésia, país em que o tráfico de drogas é punido com a esta pena.

De acordo com as primeiras informações da mídia local, Archer e outros três prisioneiros estrangeiros, além de uma mulher indonésia, foram fuzilados por volta de 0h01m (15h01 de Brasília) na prisão de segurança máxima da Ilha de Nusakambangan, na costa de Java, no Oceano Índico.

Antes da execução, o brasileiro teve a chance de um encontro com seu parente mais próximo, a tia Maria de Lourdes Archer Pinto, de 61 anos, que viajou do Brasil levando alguns itens para sua última refeição.

Pedido negado

Joko Widodo prometeu rigor no combate ao crime em sua campanha à Presidência. Na sexta-feira, após uma semana de tentativas, Dilma conseguiu falar por telefone com o presidente da Indonésia, Joko Widodo, para fazer um apelo pessoal pelas vidas de Archer e do outro brasileiro preso na Indonésia por tráfico de drogas, Rodrigo Muxfeldt Gularte - também condenado à morte, com execução prevista para fevereiro.

O pedido foi negado por Widodo. Segundo um comunicado do Palácio do Planalto, o presidente indonésio disse que não poderia comutar a sentença de Archer e Gularte, porque "todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme a lei indonésia, e aos brasileiros foi garantido o devido processo legal".

Tentativas de ao menos adiar a execução foram feitas também pela Anistia Internacional, mas os planos esbarraram no apoio popular à pena de morte para traficantes entre a população da Indonésia, que é de maioria muçulmana.

Além disso, Widodo foi eleito com uma plataforma política em que o rigor no combate ao crime fazia parte das promessas de campanha.

O Palácio do Planalto ressaltou que isso deve ter consequências negativas para a relação entre Brasil e Indonésia.

"A presidenta lamentou profundamente essa posição do governo indonésio e chamou a atenção para o fato de que essa decisão cria, sem dúvida nenhuma, uma sombra nas relações dos dois países", disse o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.

Corredor da morte

Segundo levantamento da Anistia Internacional, há 160 pessoas no corredor da morte na Indonésia, dos quais 63 são estrangeiros de 18 países.

Além de indonésios e dois brasileiros, há condenados da Austrália, China, Estados Unidos, França, Gana, Holanda, Indonésia, Índia, Irã, Malásia, Nepal, Nigéria, Paquistão, Serra Leoa, Tailândia, Vietnã e Zimbábue.

As principais condenações foram por homicídio, terrorismo e, no caso dos estrangeiros, quase todas por tráfico de drogas.

"O caso do Marco (tráfico de drogas) foi um crime não-violento. Nós somos contrários à pena de morte em qualquer situação, mas, no caso dele, chama a atenção essa desproporção", disse o assessor de direitos humanos da Anistia Internacional, Maurício Santoro, à BBC Brasil.

Segundo Santoro, as execuções por pena de morte, que não eram realizadas desde 2008, voltaram a acontecer no país em 2013, quando cinco condenados foram executados. Em 2014, não houve execuções.

A mudança de procedimento foi uma tentativa do governo anterior de recuperar sua popularidade, observa Santoro, mas ainda assim houve uma guinada política nas últimas eleições do país, realizadas em julho, quando Joko Widodo foi eleito.

Ele é o primeiro presidente sem vínculos com a administração do ditador Suharto, que governou o país durante 32 anos até 1998.

Políciais se preparam para execução de seis pessoas neste sábado

Pedido de desculpas

Além do brasileiro, foram executados também Rani Andriani (Indonésia), Ang Kim Soei (Holanda), Tran Thi Bich Hanh (Vietnã), Daniel Enemuo (Nigéria) e Namaona Denis (Malaui).

O Jakarta Post, jornal indonésio publicado em língua inglesa, disse neste sábado que Denis, por intermédio de sua esposa, divulgou uma carta em que pede desculpas a Widodo e à população indonésia por seu crime. O africano esteve preso por 14 anos.

O jornal também publicou uma entrevista com Haris Azhar, presidente de uma ONG indonésia de defesa dos direitos humanos, a KontraS, em que ele critica duramente as execuções.

"Somos pessimistas diante das possibilidades de que executar traficantes e 'mulas' terão para impedir a produção global de narcóticos", afirmou Azhar, para quem a pena de morte viola os direitos humanos.

Itamaraty confirma que Archer será executado até as 16h deste sábado

BRASÍLIA - O Ministério das Relações Exteriores informou que a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, deverá ocorrer entre a meia-noite de hoje e 1h de domingo (horário local), que corresponde, pelo horário de Brasília, entre 15h e 16h deste sábado. 

A confirmação oficial da morte do brasileiro, condenado por tráfico de drogas, ocorrerá algumas horas após o seu fuzilamento - hoje à noite, pelo horário de Brasília - de acordo com o Itamaraty. Um briefing sobre a execução foi repassado pelas autoridades indonésias a advogados e parentes dos sentenciados. Além do brasileiro, outros cinco presos foram condenados à morte.

Ainda de acordo com o Itamaraty, "familiar, advogado e funcionários da embaixada do Brasil em Jacarta", estiveram reunidos com Archer por cerca de uma hora, neste sábado. Tia de Archer, a advogada Maria de Lourdes Archer, única parente viva do brasileiro condenado, embarcou para Jacarta na terça-feira, para tentar confortar o sobrinho. A mãe morreu em 2011.

Nessa sexta, a presidente Dilma Rousseff fez, por telefone, um apelo pessoal, "como chefe de Estado e mãe" ao presidente da Indonésia, Joko Widodo. Dilma determinou ainda à sua assessoria que procurasse ajuda no Vaticano, na tentativa de pedir ao Papa Francisco para interceder em favor da clemência do brasileiro.

A morte será por fuzilamento. Nessa sexta, o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse que só "um milagre" poderia reverter o fuzilamento do brasileiro e informou que o governo continua em busca de uma solução "até a última instância".

A Indonésia negou todos os pedidos de clemência feitos pela defesa do brasileiro para evitar a execução de Archer. No Brasil, não existe pena de morte e as informações são de que nunca um brasileiro foi executado para dar cumprimento a uma sentença deste tipo.

Marco Archer Cardoso Moreira, preso há 11 anos em Jacarta, é carioca, tem 53 anos e trabalhava como instrutor de voo livre. Ele foi preso quando tentava entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos dentro dos tubos de uma asa delta em 2003 e teve a droga descoberta ao passar pelo aparelho de raios-X, no Aeroporto Internacional de Jacarta. Ele conseguiu fugir do aeroporto, mas acabou preso duas semanas depois.

Outro brasileiro preso e condenado à morte em Jacarta, que teve o pedido de clemência feito pela presidente Dilma Rousseff também rejeitado pelo presidente da Indonésia foi o surfista Rodrigo Gularte. Ele foi detido em 2004, também no aeroporto de Jacarta, com 12 pacotes de cocaína. A droga estava escondida em oito pranchas. O surfista estava a caminho da ilha de Bali, acompanhado de dois amigos, mas assumiu sozinho a autoria do crime de tráfico internacional de drogas.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Lazio faz 2 a 0, mas Totti evita derrota da Roma no clássico

O ídolo Francesco Totti evitou a derrota da Roma no Derby Della Capitale. A Lazio abriu 2 a 0 no primeiro tempo, mas o capitão, que se tornou o maior artilheiro da história do duelo, marcou dois e garantiu o empate.
A equipe de Rudi García chega a 40 pontos, mesma pontuação da líder Juventus, que ainda joga na rodada. Já o time de Stefano Pioli vem em terceiro.
Primeiro tempo de Felipe Anderson
Renascimento é um palavra que cabe bem na Itália. Então, podemos usá-la para falar do Clássico da Capital, entre Roma e Lazio. Fazia tempo que o duelo, pela Serie A, não era tão esperado. Um time era segundo. O outro, terceiro. O estádio Olímpico estava completamente lotado. 
As duas equipes se espelhavam taticamente. 4-3-3 de um lado, 4-3-3 do outro. O início do jogo foi de muita marcação. Ninguém dava espaço para ninguém. 
Aos 24, Felipe Anderson achou o espaço após roubar a bola no meio de campo e pegar a defesa adversária desprevenida. O brasileiro avançou e achou Mauri livre na área, para marcar o primeiro: 1 a 0. 
Felipe Anderson, que vive grande fase, perturbou de vez os rivais marcando o segundo. Após toque de calcanhar de Mauri, o meia acertou um belo chute de canhota de fora da área, ampliando o placar. 
O ataque do time de vermelho pouco fez no primeiro tempo para mudar a situação. Com poucas boas jogadas, os jogadores ofensivos sucumbiram diante de uma defesa compacta. 
Totti evita derrota
No segundo tempo, a coisa começou diferente. Logo nos primeiros minutos, o ídolo Francesco Totti aproveitou chute cruzado e completou para as redes, colocando fogo no estádio. Dessa vez, Roma pegava fogo no bom sentido. 
Iturbe tentou o empate logo em seguida, mas Marchetti evitou. Do outro lado, Mauri teve a chance de tranquilizar tudo, mas acertou o poste. 
Quem voltou a marcar foi o ídolo histórico Totti, que se tornou o maior artilheiro da história do clássico, ao lado do brasileiro Dino da Costa. O capitão aproveitou outro cruzamento da esquerda e se jogou para mandar para as redes. Teve até selfie na comemoração. Ele pode tudo! 
Outro experiente jogador teve a chance de decidir o clássico. Miroslav Klose, maior artilheiro da história das Copas, ficou com sobra de bola na área e bateu forte, mas De Sanctis fez um defesa incrível para garantir o empate. 

Marta critica Dilma, ataca colegas e afirma: 'Ou o PT muda ou acaba'

Para a senadora Marta Suplicy (SP), que foi deputada, prefeita e duas vezes ministra pelo PT, o partido chegou a uma encruzilhada: “Ou o PT muda, ou acaba”. Em entrevista ao Estado, Marta não assumiu explicitamente, mas deixou evidente que está a um passo de sair do PT: “Cada vez que abro um jornal, mais fico estarrecida com os desmandos. É esse o partido que ajudei a criar?”.
Articuladora assumida do “Volta, Lula” em 2014, ela também deixou suficientemente claro que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em alguns momentos, autorizou os movimentos nesse sentido. Quanto ao governo Dilma: “Os desafios são gigantescos. Se ela não respeitar a independência da equipe econômica, vai ser desastroso para o Brasil”. 
A declaração mais irada foi contra o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que ela julga “inimigo do Lula” e “candidatíssimo” a presidente em 2018, mas “vai ter contra si a arrogância e o autoritarismo”. A seguir, os principais trechos da entrevista:
Por que a senhora articulou o movimento “Volta, Lula”?
Em meados de 2013, os desmandos aconteciam e a economia ia de mal a pior. Foi aí que disse ao Lula: ‘Presidente, está acontecendo uma coisa muito séria. O que o senhor acha que está acontecendo?’ Conversamos a primeira, a segunda, a terceira, a quarta vez... E ele dizia: ‘É verdade, estou conversando com ela, mas não adianta, ela não ouve’. A coisa foi piorando e, um dia, ele disse: ‘Os empresários estão se desgarrando...’. E perguntou se eu podia ajudar e organizei um jantar na minha casa, já no início de 2014, com os 30 PIBs paulistas. Foi do Lázaro Brandão a quem você quiser imaginar. Eles fizeram muitas críticas à política econômica e ao jeito da presidente. E ele não se fez de rogado, entrou nas críticas, disse que era isso mesmo. Naquele jeito do Lula, né? Quando o jantar acabou, todos estavam satisfeitíssimos com ele. 
E falaram nele como candidato?
Ninguém falou claramente, mas todo mundo saiu dali com a convicção de que ele era, sim, o candidato.
Ele admitia que queria ser?
Nunca admitiu, mas decepava (sic) ela: ‘Não ouve, não adianta falar.’
Ele estava incomodado com Dilma?
Extremamente incomodado. E isso é que foi levando ele a achar que tinha de ser o candidato e fui percebendo que a ação dele foi mudando. A verdade é que ele nunca disse, mas sempre quis ser candidato e achou que ia ser.
Por isso a senhora trabalhou pela candidatura do Lula?
Sim, providenciando os encontros para ele poder se colocar. Foi quando convidei políticos, artistas para um grande encontro político. Convidei a Dilma, o Mercadante e todos os ministros de São Paulo, avisando que o Lula estaria presente. Todos confirmaram, mas, na véspera, todos cancelaram. E ela, Dilma, também não foi. Nessa época, ainda estava confuso quem seria o candidato. Tinha uma disputa. E, depois, quando ela virou candidatésima, ele não falava mais com ela. 
O Lula deixava uma porta aberta?
Quando o Lula escolheu o Fernando Haddad para disputar a Prefeitura, eu avisei a ele que eu ia sair do ministério, porque discordava da política econômica, da condução do País, e ia voltar para o Senado. ‘E vou dizer que o candidato é o senhor. A única que tem coragem de dizer isso publicamente sou eu e vou dizer’. E ele: ‘Não vai, não, de jeito nenhum’. Eu: ‘Por quê?’ Ele: ‘Porque não é hora’. Veja bem, ele não negou, ele disse que não era hora.
Depois, como evoluiu?
Um dia, eu fui direta: ‘Lula, tem de ir pro pau, tem de ter clareza nisso’. E listei pessoas com quem poderia conversar para dizer que ele tinha interesse, que estava disposto. Aí ele disse que não, que não era para falar com ninguém. O que eu ia fazer? Concordei. Só que, quando eu já estava saindo, perto da porta, ele disse: ‘Pode falar com o Rui (Falcão, presidente do PT)’. Dois dias depois, sentei duas horas e meia com o Rui e disse a ele: ‘A situação está muito difícil eleitoralmente para o PT, mas muito difícil para o País. Porque vai ser muito difícil a Dilma conduzir o País de outro jeito, você já conhece o jeito dela’. Mas ele disse que íamos ganhar e que eu estava falando de coisas que eu não entendia.
Acredita que o Lula queria ser (candidato em 2014)?
Ele é um grande estadista, mas não quis enfrentar a Dilma. Pode ser da personalidade dele não ir para um enfrentamento direto, ou porque achou que geraria uma tal disputa que os dois iriam perder.
E quando o próprio Lula encerrou de vez o assunto?
Foi quando ele disse: ‘Marta, acabou. Vamos trabalhar para a Dilma e pronto. Você vai enfiar a camisa e trabalhar de novo’. 
E a senhora, nunca pensou em ser candidata?
A quê?
A presidente...
Pensei sim. Quando era neófita, tinha clareza de que poderia ser presidente. Depois, isso caiu por terra, até que um dia o Lula, no avião dele, quando era presidente, me disse: ‘Minha sucessora vai ser uma mulher’. E pensei que ou seria eu, ou Marina (Silva) ou Dilma. Logo vi aquela história de ‘mãe do PAC’ e que era a Dilma. Pensei: ‘O que faço?’ Bom, ou ficava contra e não fazia coisa nenhuma, ou ajudava. Mais uma vez, decidi ajudar. Sempre achei que ia acabar ficando meio de fora das coisas, talvez pela origem, talvez por ser loura de olho azul, não sei. 
Como vê o governo Dilma?
Os desafios agora são gigantescos, porque não se engendraram as ações necessárias quando se percebeu o fracasso da política econômica liderada por ela. Em 2013, esse fracasso era mais do que evidente. Era preciso mudar a equipe econômica e o rumo da economia, e sabe por que ela não mudou? Porque isso fortaleceria a candidatura do Lula, o ‘Volta, Lula’. 
E a nova equipe econômica?
É experiente, qualificada. Vai depender de a Dilma respeitar a independência da equipe. Se não respeitar, vai ser desastroso. Agora, é preciso ter humildade e a forma de reconhecer os erros a esta altura é deixar a equipe trabalhar. Mas ela não reconheceu na campanha, não reconheceu no discurso de posse. Como que ela pode fazer agora?
Se Dilma não deixar a equipe econômica trabalhar, os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) podem correr para o Lula, pedindo apoio?
Você não está entendendo. O Lula está fora, está totalmente fora.
Tudo isso criou uma cisão indelével no PT, entre lulistas e dilmistas, como ficou claro na posse, quando o Lula foi frio com o Mercadante?
O Mercadante é inimigo, o Rui traiu o partido e o projeto do PT, e o partido se acovardou ao recusar um debate sobre quem era melhor para o País, mesmo sabendo as limitações da Dilma. Já no primeiro dia, vimos um ministério cujo critério foi a exclusão de todos que eram próximos do Lula. O Gilberto Carvalho é o mais óbvio.
Qual o efeito disso em 2018?
Mercadante mente quando diz que Lula será o candidato. Ele é candidatíssimo e está operando nessa direção desde a campanha, quando houve um complô dele com Rui e João Santana (marqueteiro de Dilma) para barrar Lula.
Quais as chances de vitória do PT com o Mercadante?
Ele vai ter contra si sua arrogância, seu autoritarismo, sua capacidade de promover trapalhadas. Mas ele já era o homem forte do governo. Logo, todas as trapalhadas que ocorreram antes ocorrem agora e ocorrerão depois terão a digital dele. 
Afinal, quais são os desmandos da gestão do Juca Ferreira na Cultura?
Foi uma gestão muito ruim. Enviei para a CGU (Controladoria-Geral da União) tudo sobre desmandos e irregularidades da gestão dele. 
O que aconteceu com a Petrobrás?
Para mim, todo o conselho e diretoria deveriam ter sido trocados. Respeito a Graça (Foster), até gosto dela. Não questiono sua seriedade e honradez. Mas, no momento, o mais importante é salvar a Petrobrás. 
O PT foi criado com a aura de partido ético. Imaginava que pudesse chegar a esse ponto?
Cada vez que abro um jornal, fico mais estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que ajudei a criar e fundar? Hoje, é um partido que sinto que não tenho mais nada a ver com suas estruturas. É um partido cada vez mais isolado, que luta pela manutenção no poder. E, se for analisar friamente, é um partido no qual estou há muito tempo alijada e cerceada, impossibilitada de disputar e exercer cargos para os quais estou habilitada.
Então, a senhora vai sair do PT.
A decisão não está tomada ainda, mas passei um mês e meio, dois meses, chorando, com uma tristeza profunda, uma decepção enorme, me sentindo uma idiota. Não tomei a decisão nem de sair, nem para qual partido, mas tenho portas abertas e convites de praticamente todos, exceto do PSDB e do DEM.
Para concorrer à Prefeitura?
Não será uma decisão em função de uma possível disputa à Prefeitura, por isso é tão dura. É uma decisão duríssima de quem acreditou tanto, de quem engoliu tanto.
Tem uma gota d’água?
Não, mas na campanha da Dilma e do (Alexandre) Padilha em São Paulo, fui totalmente alijada. Quando Padilha me ligou pedindo para eu gravar, disse: ‘Ô Padilha, entenda. Eu não sou mais objeto utilitário, acabou essa minha função no PT’.
Por que Dilma e Padilha foram tão mal em São Paulo?
Não foi um voto pró-Aécio (Neves), foi um voto anti-PT, pelos desmandos que o PT tem perpetrado nesses anos todos.
O que vai ocorrer com o PT?
Ou o PT muda ou acaba.