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quinta-feira, 21 de junho de 2018

INFECÇÃO HOSPITALAR


INFECÇÃO HOSPITALAR
                Qualquer tipo de infecção contraída pelo paciente dentro do hospital, ou mesmo depois da alta, é chamado de Infecção Hospitalar. Para diagnosticar a Infecção, os médicos observam se o paciente por acaso não chegou ao hospital durante o período de incubação do agente causador e realizam alguns procedimentos:
Observação geral do paciente; Observação das informações do prontuário; Análise de resultados de exames laboratoriais.
Uma visão mais recente da Infecção Hospitalar substitui o termo por Infecção relacionada à assistência à saúde, que é bem mais abrangente. Inclui infecções relacionadas a procedimentos ambulatoriais, cuidados em domicílio e até as adquiridas por profissionais da saúde durante o desempenho de suas funções.               A Infecção Hospitalar ou Infecção Relacionada à Assistência à Saúde pode levar o paciente a uma reintervenção cirúrgica ou ocasionar efeitos colaterais causados pela administração do tratamento, que é feito com antibióticos por um período entre duas a quatro semanas. Pode ser necessária também a manutenção do paciente por mais tempo no hospital ou a reinternação, caso ele tenha recebido alta.

Quais são as causas?
Os microrganismos causadores das Infecções Hospitalares são bactérias, fungos, vírus e protozoários. Essas formas de vida, invisíveis a olho nu, podem estar presentes no ambiente hospitalar, em outros ambientes e até no próprio organismo. Podem ser transmitidos por meio de água ou alimentos contaminados, de pessoa para pessoa por gotículas de saliva ou pelo ar com pó ou poeira contaminado.                        Para que a infecção se manifeste é preciso que haja uma interação entre esses agentes causadores e o paciente. A quantidade de microrganismos presentes, o potencial infeccioso desses micróbios e a capacidade imunológica do paciente é que vão ser decisivos para o desenvolvimento ou não da infecção.

Quem está mais exposto à Infecção?
Qualquer pessoa que precise se internar ou fazer algum procedimento ambulatorial está sujeito a contrair uma Infecção Hospitalar. Alguns grupos de pessoas possuem alterações no sistema imunológico e, por isso, são mais suscetíveis às infecções. São eles:
Recém-nascidos; Idosos; Portadores de Diabetes; Pessoas com câncer; Transplantados.

É possível prevenir?
A prevenção é a melhor maneira de reduzir os casos de pacientes que apresentam o quadro de Infecção Hospitalar. Medidas relacionadas à prevenção devem ser tomadas tanto pelas instituições de saúde, quanto pelos seus profissionais e até mesmo pelos pacientes e visitantes.                                                       Os hospitais e ambulatórios possuem regras de higiene e procedimentos que visam à prevenção do contágio do ambiente por bactérias e vírus que podem causar infecções e a segurança do paciente. Mas os profissionais que prestam assistência à saúde devem tomar alguns cuidados pessoais:
Sempre usar o jaleco fechado; retirar o jaleco para fazer as refeições; não utilizar o jaleco de outras instituições; evitar sentar no leito do paciente; usar os cabelos sempre presos ou mantê-los curtos; evitar joias ou bijuterias; cuidar da higiene das unhas, mantendo-as sempre limpas e curtas; Não fazer refeições em lugares fora dos refeitórios; utilizar sapatos fechados; comunicar quando surgirem resfriados, gastroenterites e feridas; não transitar pelo hospital com alimentos.
A medida de prevenção que deve ser praticada por visitantes, cuidadores domésticos e todos os envolvidos no tratamento é a higiene das mãos. Essa medida simples evita a forma mais comum de contágio por bactérias, germes e vírus. O correto é fazer a lavagem com água e sabão ou utilizando o álcool gel. É indicado lavar sempre as mãos:
Ao chegar para visitar um paciente; depois de finalizar a visita; antes e após utilizar o banheiro; antes e após fazer as refeições; antes e após arrumar os cabelos ou tocar qualquer parte do corpo; antes de preparar e administrar medicamentos; antes e após trocar ou fazer curativos.
Para fins de classificação epidemiológica, a infecção hospitalar é toda infecção adquirida durante a internação hospitalar (desde que não incubada previamente à internação) ou então relacionada a algum procedimento realizado no hospital (por exemplo, cirurgias), podendo manifestar-se inclusive após a alta. Atualmente, o termo infecção hospitalar tem sido substituído por Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). Essa mudança abrange não só a infecção adquirida no hospital, mas também aquela relacionada a procedimentos feitos em ambulatório, durante cuidados domiciliares e à infecção ocupacional adquirida por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros).

Quais são esses fatores e em quais condições esses riscos estão mais presentes?
Entre os fatores de risco para aquisição de uma infecção hospitalar está, obviamente, a necessidade de um indivíduo ser submetido a uma internação ou a um procedimento de saúde. A ocorrência de uma infecção dependerá principalmente da relação de desequilíbrio entre três fatores, os quais incluem a condição clínica do paciente, a virulência e inoculo dos micro-organismos e fatores relacionados à hospitalização (procedimentos invasivos, condições do ambiente e atuação do profissional de saúde).
Em relação ao paciente (ou hospedeiro), várias condições estão associadas a um maior risco de ocorrência de infecção. Entre elas estão condições como extremos de idade (recém-nascidos e idosos); duração da internação; diabetes mellitus, que compromete os processos de cicatrização tecidual; doenças vasculares, que comprometam a oxigenação adequada de tecidos; alterações da consciência, que interferem com os mecanismos fisiológicos da deglutição; estados de imunossupressão, sejam inatos ou adquiridos pelo uso de medicações (corticoide e quimioterapia); além de quaisquer condições que exijam procedimentos invasivos (sondagem urinária, inserção de cateter venoso central, utilização de ventilação mecânica) e ou cirurgias que comprometem a integridade da pele e mucosas.

Ações são desempenhadas pela CCIH/SCIH
Entre as ações que são desempenhadas pela CCIH/SCIH destacam-se as seguintes:

· Realização da vigilância epidemiológica para detecção de casos de infecção hospitalar, seguindo critérios de diagnósticos previamente estabelecidos, a fim de entender sua ocorrência e planejar ações de melhoria em conjunto com a direção hospitalar e equipe assistencial;
· Elaboração de diretrizes para a prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde, que devem sem incorporadas nas normas e rotinas de atendimento ao paciente e serviços de apoio, com o objetivo de diminuir os riscos de ocorrência de uma infecção relacionada à assistência à saúde.    
Colaboração no treinamento de todos os profissionais da saúde no que se refere à prevenção e controle das infecções hospitalares;
· Elaboração de orientações para prescrição adequada de antibióticos e implantação de ações que contribuam para o controle de seu uso, evitando que os mesmos sejam prescritos de maneira indevida;
· Estabelecimento de recomendações quanto às medidas de precaução e isolamento para pacientes com doenças transmissíveis ou portadores de bactérias resistentes a antibióticos, a fim de reduzir o risco de transmissão desses agentes entre pacientes ou profissionais de saúde;
· Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a aquisição correta de materiais e equipamentos e para o planejamento adequado da área física dos estabelecimentos de saúde.

Os profissionais que participam de uma CCIH
É necessário que os profissionais que participam de uma CCIH possuam treinamento para a atuação nessa área. Há exigência legal para manutenção de pelo menos um médico e um profissional enfermeiro na CCIH de cada hospital.
Isso está regulamentado em portaria do Ministério da Saúde. Outros profissionais do hospital também devem participar da CCIH. Eles contribuem para a padronização correta dos procedimentos a serem executados. Esses profissionais devem possuir formação de nível superior e são: farmacêuticos, microbiologistas, epidemiologistas, representantes médicos da área cirúrgica, clínica e obstétrica. Representantes da administração do hospital também devem atuar na CCIH para garantir a estrutura necessária para a implantação das recomendações.

O uso de solução alcoólica para a higienização das mãos (álcool em gel) substitui a instalação de lavatórios ou pias com água corrente.
Não, essas ações são complementares. Os equipamentos para a higiene das mãos devem ser instalados obedecendo às proporções e características determinadas pela Resolução RDC 50, de 2002, Condições Ambientais de Controle de Infecção - e pelo Manual de Higienização das Mãos, Segurança do Paciente em Serviços de Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.

Medida que os hospitais devem adotar para prevenir a ocorrência de infecções relacionadas à assistência à saúde
Tendo como objetivo a prevenção de complicações infecciosas referentes a procedimentos envolvidos com a internação hospitalar, a equipe assistencial (médico e enfermagem) devem adotar plano terapêutico otimizado e orientado para garantir a brevidade do período de internação na medida do que for possível somada à indicação e manutenção criteriosa da utilização de procedimentos invasivos (sondas, drenos, cateteres, cirurgias). Ainda, durante o processo de internação, vários fatores devem ser observados para reduzir o risco de uma complicação infecciosa para o paciente, entre as quais está incluída a adequada nutrição do paciente, controle da doença de base, redução das medicações imunossupressoras na medida do possível, atenção para técnicas adequadas de inserção e manutenção de dispositivos invasivos, além de adequada higienização das mãos e do ambiente hospitalar.
Uso Adequado das Precauções de Contato com pacientes sabidamente colonizados ou com infecção por patógenos potencialmente resistentes no ambiente de cuidados intensivos é parte do arsenal do combate à infecção. O uso de luvas e aventais pode minimizar o risco de transmissão cruzada (de um paciente para outro) nas UTIs. 
O quarto ponto é o Rastreio e Medidas de Isolamento dos Casos. Portanto, é importante a identificação dos pacientes colonizados ou infectados com patógenos potencialmente resistentes para o adequado manejo e emprego de medidas preventivas.
Vigilância Epidemiológica é importante para conhecer a triagem do risco de desenvolvimento da infecção e para auxiliar na escolha da melhor opção terapêutica. A escolha inadequada do tratamento antimicrobiano empírico aumenta o risco de mortes dos pacientes com infecções graves tratamentos nas UTIs. “O conhecimento da flora microbiológica associada com infecções nas unidades de terapia intensiva é o melhor preditor para o sucesso da terapia antimicrobiana”, diz Dr. Thiago Lisboa. 
Limpeza Adequada do Ambiente também é um fator importante para o combate à infecção. Isso porque alguns patógenos sobrevivem no ambiente por tempo prolongado, aumentando o risco de transmissão cruzada e dificultando o manejo de surtos dentro das unidades de terapia intensiva.
E para fechar os sete pontos chave a Educação Continuadas dos Profissionais de Saúde. O endereço do estande da AMIB é: O endereço é: Pavilhão Verde, Avenida L, entre as Ruas 8000 e 9000.
Risco Hospitalar
É a relação entre a probabilidade da ocorrência de um evento e a consequência que este evento traz para a organização caso venha a ocorrer.