Mostrando postagens com marcador GEOGRAFIA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador GEOGRAFIA. Mostrar todas as postagens

domingo, 8 de setembro de 2019

Atividades e Projetos sobre o Ambiente Escolar

  ===============================================================================
  ===============================================================================
  ===============================================================================
  ===============================================================================
  ===============================================================================
  ===============================================================================
  ===============================================================================
  ===============================================================================
  ===============================================================================
 ===============================================================================

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Democracia Representativa

Quando falamos em democracia logo vêm diversos conceitos ligados ao direito de votar, o direito de ir e vir, de escolher os nossos governantes, enfim, são os mais variados conceitos que deixam uma ambiguidade em relação ao seu real significado.
            Em seu termo etimológico democracia significa governo do povo, governo da maioria:

por democracia entende-se uma das várias formas de governo, em particular aquelas em que o poder não está nas mãos de um só ou de poucos, mais de todos, ou melhor, da maior parte, como tal se contrapondo às formas autocráticas, como a monarquia e oligarquia (BOBBIO, 2000, p. 07).

            Na Grécia antiga o conceito de democracia estava muito ligado a participação popular, o povo ia para ágora (praça pública) e deliberava o que era importante ou não para sua cidade e principalmente deliberavam o que era melhor para seus compatriotas.
               Hoje vivemos em um modelo de democracia representativa, onde a sociedade delega a um representante o direito de representá-lo, e de tomar as decisões que melhor favoreça os interesses de toda a população. 
            Para Bonavides tal modelo tem, hoje, como principais bases:

A soberania popular, o sufrágio universal, a observância constitucional, o princípio da separação dos poderes, a igualdade de todos perante a lei, a manifesta adesão ao princípio da fraternidade social, a representação como base das instituições políticas, limitação de prerrogativas dos governantes, Estado de Direito, temporariedade dos mandatos eletivos, direitos e possibilidades de representação, bem como das minorias nacionais, onde estas porventura existirem (2006, p. 294).

            Em uma democracia representativa ou indireta, os cidadãos elegem representantes, que deverão compor um conjunto de instituições políticas (Poder Executivo e Poder Legislativo) encarregadas de gerir a coisa pública, estabelecer leis e/ou executá-las, representantes que devem visar os interesses daqueles que os elegem: a população.
            O mecanismo pelo qual os representantes são eleitos é o sufrágio universal: o voto. Durante muitos anos o direito ao voto foi negado a muitas pessoas, seja por cor, condição social, gênero. Mas aos poucos este direito foi se estendendo a uma grande parcela populacional, por lutas deles mesmos. Hoje, muito se vê a desvalorização do voto, seja por parte do eleitor, que vende, troca, deixa-se manipular, ou mesmo pelos candidatos, que usam de mecanismos ilegais para chegarem ao poder.
            De acordo com Lima Júnior:

O sufrágio universal e a igualdade perante a lei são os princípios estruturantes do sistema eleitoral democrático: um homem, um voto, um valor, constitui assim a expressão síntese e, simultaneamente, o teste efetivo da soberania popular (apud SELL, 2006,p: 87)

            No Brasil o sufrágio universal garante à população a escolha de seus representantes, que melhor possibilite a manutenção dos interesses popular com justiça e igualdade para todos. Para muitos o voto é uma poderosa arma contra a corrupção e os regimes totalitários que possam vir a oprimir a população.
            Além disso, revela uma doutrina de duplicidade entre o eleitor que legitima através do voto seu representante, e o próprio eleito que tem a confiança do povo para governa em favor do mesmo, “duas vontades legítimas e distintas [...], sendo a vontade menor do eleitor, restrita à operação eleitoral, e a vontade autônoma do eleito, oriunda daquela operação” (BONAVIDES, 2006, p. 223).
            Nessa transmissão de poderes de um para o outro, o voto significa a vontade do povo em decidir o que ele julga ser melhor para sua cidade. No entanto, esse mesmo voto que deveria representar a vontade popular, muitas vezes esbarra em um sistema majoritário que ao invés de conceber a vontade da maioria, limita-se a concentrar-se nas coligações partidárias e não no voto majoritário deixando muitos candidatos fora do sistema eleitoral.
            No Brasil existem dois sistemas eleitorais, o majoritário e o proporcional. Na eleição proporcional são eleitos os vereadores e os deputados estaduais e federais. É comum acontecer de candidatos serem eleitos com menos votos que outros que não são eleitos. Nesse sistema, o total de votos válidos é dividido pelo número de vagas em disputa.
             O resultado é o quociente eleitoral, ou o número de votos correspondentes a cada cadeira. Ao dividir o total de votos de um partido pelo quociente eleitoral, chega-se ao quociente partidário, que é o número de vagas que ele teve. Uma nova conta é feita das frações de cada partido até que todas as cadeiras sejam distribuídas.
            O sistema eleitoral majoritário é usado para eleger os chefes do executivo, o presidente, os governadores e prefeitos, e também para as eleições ao Senado. Nas eleições presidenciais o sistema empregado é de maioria absoluta, onde o eleito precisa obter mais de 50% dos votos válidos para ser eleito. O segundo turno acontece caso nenhum candidato atinja a maioria absoluta no primeiro turno da eleição. Este sistema é utilizado também nas eleições para governadores dos Estados e prefeitos das cidades com mais de 200.000 habitantes.
 
Crise do modelo representativo

            O sistema representativo vem ao longo dos anos recebendo diversas críticas. Isto se deve as inúmeras denúncias a respeito da administração do poder público, que ao invés de administrar em favor do povo acabam agindo em benéfico próprio.
            De acordo com MANFREDINI:

o que tem se vivenciado no Brasil é a crise desse modelo. Os representantes já não representam o povo; este, por sua vez, já não se interessa pelos assuntos políticos. O número de partidos cresce, mas as ideologias continuam as mesmas, e, o poder legislativo ainda não logrou sua independência, continua a operar com preponderância do executivo (2008, p. 25).

            Antonio Lambertucci – então secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República na época do governo Lula –, concorda com Manfredini ao afirmar que embora a forma representativa das instituições democráticas seja uma necessidade das sociedades complexas, ela carrega “[...] as limitações à expressão democrática direta dos cidadãos, o que é uma característica própria dos sistemas políticos por representação” (2009, p. 83).
            A democracia representativa é alvo de críticas pois o que mais se vê constantemente é a questão da corrupção, do descaso político, e o descaso da própria população. Dando um grande espaço para que aqueles que se elegem façam o que bem entenderem, deixando de lado os interesses da população para se auto beneficiar com seu cargo. Além disso,

A dinâmica atual da democracia representativa em nosso país revela uma triste realidade, a parcela da população que se posiciona e questiona ativamente as irregularidades praticadas e a não representatividade dos partidos políticos e governantes do país é bastante reduzida (FONSECA, 2009, p. 15).

            Deste modo a democracia representativa é uma forma de governo que visa atender as necessidades de uma grande maioria, mas que infelizmente é corrompida, aqueles que deveriam defender o povo em busca de um bem comum, desde o momento em que se elegem já usa de instrumentos que não demonstram qualquer interesse no bem do povo e sim em seus próprios interesses.
            De qualquer forma, o modelo representativo é aquele cujo poder é delegado a um representante e este tem o papel de trabalhar em benéfico de toda a população. Neste contexto, o voto mostra-se como uma importante ferramenta da participação popular, mas que pela falta de comprometimento de muitos governantes tem sido desacreditado por boa parte da população, mas que ainda assim é capaz de mudar a realidade social e política do país.
 


Referências Bibliográficas

BOBBIO, Norberto. Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos. Trad. Daniela Beccaccia Versiani. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. São Paulo: Malheiros Editores, 2006.
FONSECA, Jumária Fernandes Ribeiro. O Orçamento Participativo e a Gestão Democrática de Goiânia. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Planejamento Territorial). Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Planejamento Territorial da Universidade Católica de Goiás. Goiânia, 2009.
LAMBERTUCCI, Antonio Roberto. A participação social no governo Lula. In: AVRITZER, Leonardo (org.). Experiências nacionais de participação social. São Paulo: Cortez, 2009. (Coleção Democracia Participativa)
MANFREDINI,KARLA M. Democracia Representativa Brasileira: O Voto Distrital Puro Em Questão. Florianópolis, 2008.
SELL, Carlos Eduardo. Introdução á sociologia politica: politica e sociedade na modernidade tardia. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

_______________
[1] Mas mesmo em Atenas, onde a democracia se consolidou como uma forma de organização política das cidades-Estados gregas (as polis), não havia uma democracia no sentido literal do termo, pois, de fato, a grande maioria da população ateniense não era formada de cidadãos e sim, de escravos, mulheres, crianças, além de estrangeiros que representavam em média 90% da população e, por não serem cidadãos, não poderiam participar das discussões realizadas na praça pública.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Geografia do Brasil (relevo, clima, hidrografia e vegetação)

RELEVO

O relevo brasileiro pode ser classificado da seguinte forma:
Planalto: formado a partir de erosões eólicas (pelo vento) ou pela água
Planície: como o próprio nome já diz são áreas planas e baixas. As principais planícies brasileiras são as planícies Amazônica, do Pantanal e Litorânea
Depressões: resultado de erosões

CLIMA

São todas as variações do tempo de um lugar.
Através do conceito de massas de ar, podemos entender todas as mudanças no comportamento dos fenômenos atmosféricos, pois elas atuam sobre as temperaturas e índices pluviométricos nas várias regiões do Brasil. Existem massas de ar polaresequatoriaisoceânicas e continentais.
Existe uma certa movimentação de massas onde cada uma vai empurrando a outra, passando a ocupar o seu lugar. Toda essa dinâmica é responsável pelas alterações do tempo de uma determinada região.
Quando duas massas de ar se encontram temos o que chamamos de frente.
No território brasileiro ocorrem as seguintes massas de ar:
MASSA EQUATORIAL ATLÂNTICA (mEa): quente e úmida
MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL (mEc): quente e muito úmida
MASSA TROPICAL ATLÂNTICA (mTa): quente e úmida
MASSA TROPICAL CONTINENTAL (mTc): quente e seca
MASSA POLAR ATLÂNTICA (mPa): fria e úmida



Clima Equatorial (úmido e semi-úmido): quente e úmido
- pouca variação de temperatura durante o ano
- compreende a Amazônia brasileira
- é um clima dominado pela mEc em quase toda sua extensão e durante todo o ano. Na parte litorânea da Amazônia existe um pouco de influência da mEa, e algumas vezes, durante o inverno a frente fria atinge o sul e o sudoeste dessa região, ocasionando uma queda da temperatura chamada friagem

Clima Litorâneo Úmido

- influenciado pela mTa
- compreende as proximidades do litoral desde o Rio Grande do Norte até a parte setentrional do estado de São Paulo.
Clima Tropical (alternadamente úmido e seco)
- é o clima predominante na maior parte do Brasil
- é um clima quente e semi-úmido com uma estação chuvosa (verão) e outra seca ( inverno)
Clima Semiárido
- sertão do nordeste
- clima quente mais próximo do árido
- as chuvas não são regulares e são mal distribuídas
Clima Subtropical
- abrange a porção do território brasileiro ao sul do Trópico de Capricórnio.
- Predomina a mTa, provocando chuvas abundantes, principalmente no verão. No inverno há o predomínio das chuvas frontais
- Apesar de chover o ano todo, há uma maior concentração no verão

HIDROGRAFIA

Características da Rede Hidrografia Brasileira
- Rica em rios e pobre em lagos
- Os rios brasileiros dependem das chuvas para se “alimentarem”. O Rio Amazonas embora precise das chuvas ele também se alimenta do derretimento da neve da Cordilheira dos Andes, onde nasce
- A maior parte dos rios é perene (nunca seca totalmente)
- As águas fluviais deságuam no mar, porém podem desaguar também em depressões no interior do continente ou se infiltrarem no subsolo
- A hidrografia brasileira é utilizada como fonte de energia (hidrelétricas) e muito pouco para navegação.

BACIAS HIDROGRÁFICAS

É a área compreendida por um rio principal, seus afluentes e subafluentes.
Principais Bacias Hidrográficas do Brasil:
Bacia Amazônica: considerada a maior do planeta, ela abrange na América do Sul, uma área de 6 milhões de km.
Bacia do Tocantins: ocupa quase 10% do território nacional. É a maior bacia localizada inteiramente dentro do território brasileiro.
Bacia do São Francisco: também é totalmente brasileira, juntamente com a Bacia do Tocantins.
Bacia do Paraná: essa bacia é usada na construção de usinas hidrelétricas, dentre elas, FurnasMarimbondo e a maior hidrelétrica do mundo – Itaipu – (entre o Brasil e Paraguai).
Bacia do Uruguai: apesar de não ser muito usada para a fabricação de usinas hidrelétricas podemos destacar as usinas GaribaldiSocorroIraiPinheiro e Machadinho.
Bacias secundárias: formada por rios que não pertencem a nenhuma bacia principal, porém foram reunidas em 3 grupos de bacias isoladas devido a sua localização:
- Bacia do Norte-Nordeste
- Bacia do Leste
- Bacia do Sudeste-Sul

VEGETAÇÃO

Vários fatores como luzcalor e tipo de solo contribuem para o desenvolvimento da vegetação de um dado local.


- milhares de espécies vegetais
- não perde suas folhas no outono, ou seja, está sempre verde
- é dividida em 3 tipos de matas: IgapóVárzea, Terra Firme
- vive do seu próprio material orgânico
- a fauna é rica e variada
- espécies ameaçadas: mogno (tipo de madeira) e a onça-pintada
Desmatamento da Amazônia


- é menos densa que a Floresta Amazônica
- quase 100% dela já foi destruída, porém, antes podíamos encontrar o pau-brasilcedro, peroba e o jacarandá (leia mais sobre o desmatamento da Mata Atlântica).

- os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, o tatu-canastra e a arara-azul-pintada são originários da Mata Atlântica, porém estão ameaçados de extinção
vivem ainda na mata, os gambástamanduáspreguiça, mas estão fora do perigo das extinção.
- Em razão da Mata Atlântica tenha sido muito utilizada no passado para a fabricação de móveis, hoje calcula-se que apenas 5% de sua área ainda permaneça.


- vegetação típica do clima semi-árido do sertão nordestino
- vegetação pobre, com plantas que são adaptadas à aridez, são as chamadas plantas xerófilas (mandacaru, xiquexique, faveiro), elas possuem folhas atrofiadas, caules grossos e raízes profundas para suportar o longo período de estiagem
- arbustos e pequenas árvores (juazeiro, aroeira e braúna) também fazem parte da paisagem


- corresponde às áreas de clima subtropical, é uma mata homogênea, pois há o predomínio de pinheiros, erva-mate, imbuia, canela, cedros e ipês
- Quanto a fauna, destacam-se a cutia e o garimpeiro (espécie de ave)

Cerrado

Típica da região centro-oeste do Brasil é formada por plantas tropófilas, ou seja, plantas adaptadas a uma estação seca e outra úmida. Há também o predomínio de arbustos com galhos retorcidos, cascas grossas e raízes profundas, para ajudar a suportar o período de seca.

Quase 50% da vegetação dos cerrados foi destruída devido o crescimento da agropecuária no Brasil. O cerrado é cortado por 3 grandes bacias hidrográficas (Tocantins, São Francisco e Prata) contribuindo muito para a biodiversidade da região que é realmente surpreendente, por exemplo, existem mais de 700 espécies de aves, quase 200 espécies de répteis e mais de 190 mamíferos.

Pantanal

Vegetação heterogênea: plantas higrófilas (em áreas alagadas pelo rio) e plantas xerófilas (em áreas altas e secas), palmeiras, gramíneas.
O Pantanal sofre a influência de vários ecossistemas (cerrado, Amazônia, chaco e Mata Atlântica), ou seja, o Pantanal é a união de diferentes formações vegetais.
Por causa da sua localização e também às temporadas de seca e cheia com altas temperaturas, o Pantanal é o local com a maior reunião de fauna do continente americano, encontramos jacarés, araraunas, papagaiostucanos e tuiuiú.

Quase todas as espécies de plantas e animais dependem do fluxo das águas. Durante um período de 6 meses (de outubro a abril) as chuvas aumentam o volume dos rios que inundam a planície, por esta razão muitos animais buscam abrigo nas terra “firmes” ocupando todas as áreas que não foram inundadas, assim vários peixes se reproduzem e as plantas aquáticas entram em processo de floração.
Quando as chuvas começam a parar (entre junho e setembro), as águas voltam ao seu curso natural, deixando no solo todos os nutrientes necessários que fertilizarão o solo.

Os Campos

- é uma vegetação rasteira e está localizada em diversas áreas do Brasil
- a paisagem é marcada pelos banhados (ecossistemas alagados)
- predomínio da vegetação de juncos, gravatas e aguapés que propiciam um habitat ideal para as várias espécies de animais (garças, marrecos, veados, onças-pintadas, lontras e capivaras)

De todos os banhados, o banhado do Taim, considerado ótimo para a pastagem rural, é o mais importante, devido a riqueza do seu solo.

Vegetações Litorâneas

São características das terras baixas e planícies do litoral.
Formam vários tipos de vegetação: mangues ou manguezais, a vegetação de praias, a vegetação das dunas e a vegetação das restingas.