São Paulo - O Orkut serviu de inspiração para uma rede social que já reúne mais de 150 mil usuários. Batizado de Orkuti, o site conta com mais de 7 mil comunidades. Algumas delas têm mais de 2 mil participantes.
O
brasileiro Alex Becher é o fundador do Orkuti. "Não tem nada que seja
100% idêntico, mas tentei manter layout e funcionalidades parecidas",
afirmou ele sobre o site em entrevista a EXAME.com.
Jogos
como Fazenda Feliz e as opções de temas de fundo para os perfis são
algumas das semelhanças da nova rede social com o velho Orkut. Porém,
essas semelhanças ainda não foram motivo de dor de cabeça, destaca
Becher.
Ele diz que tentou
contato com o Google no fim de dezembro para tentar migrar comunidades
do Orkut para o Orkuti. Não conseguiu. Entretanto, destaca que não teve
nenhum tipo de problema com a empresa para criar o site.
"Os
usuários entram em contato comigo tentando migrar conteúdo, mas é
impossível: o Google não libera", Becher diz. Ou seja, quem tinha conta
no Orkut tem que criar um novo perfil no Orkuti se quiser reviver o
passado.
Diferenças
Apesar das semelhanças, o Orkuti também tem diferenças em relação ao Orkut.
Recursos
como a página de notificações (que exibe interações de amigos com o
usuário) e a página de scraps (repensada para exibir apenas recados
deixados por outras pessoas no perfil do usuário) são algumas das
novidades.
Por enquanto, o
Orkuti não tem publicidade. Mas, no futuro, Becher pretende obter
dinheiro com o site por meio de uma lojinha online e de temas de fundo
para perfis de usuário patrocinados por grandes empresas.
Outros
planos para o futuro são a incorporação de recursos como sorte do dia e
playlists com músicas do YouTube (previstos para entrar no ar até
junho) e o lançamento do site móvel e dos apps para Android e iOS do
Orkuti (previstos para o segundo semestre de 2015).
Orkut
Fora do ar desde 30 de setembro de 2014 (dia de lançamento do Orkuti), o Orkut foi a primeira rede social de muitos brasileiros.
Criado em 2004, o site tinha 4 milhões de usuários em junho do ano passado - segundo dados levantados pela empresa ComScore.
Dono
da rede social, o Google decidiu fechá-la em função do crescimento de
outros serviços que lhe pertencem - como Blogger, YouTube e Google+.