domingo, 30 de setembro de 2012

ACOMPANHE A SITUAÇÃO DE SEU CANDIDATO A VEREADOR(A) OU PREFEITO

PARTICIPE DE NOSSA ENQUETE, QUASE ENCERRADA

DURVALINA COELHO
  16 (22%)
MARIA HELENA
  3 (4%)
TEREZINHA LIMA
  4 (5%)
ANATELIA
  1 (1%)
BRAULIO
  0 (0%)
IVAN MORAIS
  0 (0%)
LUCIANA DA FARMACIA
  2 (2%)
IBAMAR FERNANDES
  2 (2%)
IRACEMA CRUZ
  0 (0%)
CÉSAR DURANDO
  4 (5%)
NENHUM DESSES
  22 (31%)
OUTRA OPÇÃO
  16 (22%)

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Deputado explora em campanha obras contra a seca liberadas pelo pai ministro



Em Petrolina, no sertão de Pernambuco, grupo político liderado pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), usa a promessa de água e asfalto para angariar votos e eleger Fernando Coelho Filho (PSB) para a prefeitura da cidade.


PETROLINA - Castigado pela pior seca dos últimos 30 anos, o sertão de Pernambuco vive em pleno 2012 a reedição de um clássico enredo eleitoral do Nordeste. Para eleger o deputado federal Fernando Coelho Filho (PSB) prefeito de Petrolina, o grupo político liderado pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), pai do candidato, usa água para angariar votos.
Veja também:

Em campanha, o candidato explora amplamente obras para levar adutoras e reservatórios à vasta caatinga do município, executadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) a partir de emendas que ele próprio apresentou e a pasta comandada pelo pai, responsável pela estatal, liberou.
O projeto da família inclui a ascensão de Fernando Filho à prefeitura num primeiro passo e, em 2014, a candidatura do ministro Bezerra ao governo pernambucano.
Na Superintendência da Codevasf em Petrolina, responsável por todo o Estado, nada menos que 95% dos pagamentos gerados a partir de emendas em 2011 (R$ 3,3 milhões) foram para projetos apadrinhados pelo deputado. Em 2012, o porcentual alcança 70% do total (R$ 6,2 milhões). Os dados constam de relatório da própria companhia, obtido pelo Estado por meio da Lei de Acesso à Informação.
A verba bancou a manutenção e a ampliação dos canos que levam água às plantações da cidade, grande produtora de frutas, e às casas dos sertanejos, além de barragens e barreiros para o armazenamento da chuva. Também garantiu a recuperação de vias e a entrega de motores e máquinas agrícolas em eventos promovidos pela Codevasf, que badalaram o deputado na pré-campanha. Indicado pelo parlamentar, o superintendente da estatal em Petrolina, Luiz Manoel de Santana, chegou a levar, em junho, não só Fernando Filho, mas seu vice, Gennedy Patriota (PTB), para a distribuição de motoensiladeiras (máquinas para uso na agropecuária) em comunidades rurais.
O sucesso de Fernando Filho na liberação de dinheiro sob a gestão do pai é um dos principais trunfos do programa eleitoral. Graças a ele, segundo o locutor da TV, a água chega ao "homem do Sequeiro", como é chamada a extensa região ainda não alcançada por canais de irrigação.
"Junto ao Ministério da Integração, garantimos os recursos para a construção das barragens de Boa Sorte e Barreiros, que vão garantir a água. E, em Cruz de Salinas, com emenda nossa, foram investidos R$ 83 mil para limpeza e recuperação das barragens", diz o parlamentar na TV, elogiando a gestão do pai. "Petrolina se orgulha de ter um ministro filho da terra, que traz para cá os recursos necessários para o seu desenvolvimento. Os projetos irrigados nunca receberam tantos recursos. O Nilo Coelho (um desses projetos, que leva o nome do ex-senador tio de Bezerra) tinha um investimento anual inferior a R$ 6 milhões. Em dois anos de Fernando Bezerra na Integração Nacional, os investimentos já passam de R$ 65 milhões", diz o deputado na televisão.
O deputado também explora na campanha a pavimentação das vias, iniciada no período eleitoral e prevista para acabar dias antes do pleito. Segundo moradores da área, tratores contratados pela Codevasf chegaram ao mesmo tempo em que a tropa de campanha fincou bandeiras azuis do candidato em toda a área. A fina camada de piche recobre ruas sem rede de drenagem ou esgoto, cujos terrenos, não raro, são cortados por uma língua preta, de água suja.
O Ministério Público diz que a Lei Eleitoral não veda a prática, por se tratar de atendimento emergencial, mas critica a ênfase na ação. "Se sabem que há seca, por que não fizeram antes? Isso não ocorre só de quatro em quatro anos", diz a promotora de Justiça em Petrolina Ana Cláudia Carvalho.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Produtores de Sento-Sé (BA) participam de curso de apicultura.


Um grupo de 19 agricultores familiares do município de Sento Sé (BA) no norte do estado, concluiu este mês o módulo básico do Curso de Apicultura. A iniciativa faz parte do Projeto Lago de Sobradinho (BA), uma parceria entre a Embrapa Semiárido e a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), que visa a oferecer alternativas para melhorar a qualidade de vida dos produtores do entorno da Barragem.
A capacitação integra o Plano de Ação 9, com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva do mel na região, tornando-a uma atividade sustentável. Para isso, o projeto leva aos produtores conhecimentos e materiais que possam contribuir com o desenvolvimento da apicultura e meliponicultura em suas propriedades.
O curso foi dividido em duas etapas. Na primeira, foram ministradas aulas teóricas abordando questões como o histórico da apicultura, biologia da abelha (Apis), materiais de proteção, equipamentos utilizados, povoamento, instalação de apiário, manejo e produtos da colmeia (mel, pólem, própolis etc).
Já na segunda etapa, os produtores participaram, em uma fazenda do município, de uma aula prática de captura de enxame. Na ocasião, eles puderam observar todas as castas da colônia (operária, zangão e rainha), assim como a técnica de transferência do local de origem para a colmeia racional.
A capacitação teve como instrutores o engenheiro agrônomo José Fernandes Neto, da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), e a professora Eva Mônica, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). (Fonte/foto: Ascom Embrapa Semiárido)


“Os meninos e as frutas”, para os 117 anos de Petrolina


Roteiro de meninos vadios corria mundo e sempre acabava debaixo de uma árvore. Quando não era umbu cajá nas manhãs do quintal do Sr. Zé Nunes, ali onde um velho umbuzeiro virou estacionamento do JB Hotel, nos deliciávamos com os jatobás da casa dos Santana. Quem não gostava de castanhola era menino besta. As melhores e mais saborosas, a gente sempre encontrava na calçada de Augusto Amador ou na velha Apami, ali onde seu mais produtivo pé há muito já virou Banco do Brasil. Menino que era menino mesmo, corria mundo e, volta e meia, roubava cajus na capelinha do hospital Dom Malan.
As goiabas brancas ou vermelhas vinham fácil das mãos de Dona Luzinete, na casa de Dr. Ferraz. Tempo de goiaba era tempo doce. Era! O dia a dia da gente menino começava e invariavelmente terminava na copa de uma fruteira. Algumas vezes, metros acima do mundo, contemplávamos tudo do alto de uma mangueira. Escondidos daqueles que não sonhavam mundos perfeitos, imaginávamos sempre namorar a menina mais bonita da rua. Na manhã seguinte, já em grupos, a gente saía pra catar umbu na lagoa de Basílio. Essa era, na época, a tática mais acertada para arrumar namoro. Umbu fresquinho, carnudo como o primeiro beijo debaixo das quixabeiras.
Quando alguém ficava rouco de tanto chamar pelos apelos que a gente sequer ouvia, tinha sempre um quintal amigo com suculentas romãs. Mamãe obrigava gargarejar a casca, mas era o miolo que eu sempre comia. E as condessas do Sr. Dão? Só depois de anos a fio de intermináveis delícias é que vim descobrir que elas não são, na verdade, as frutas do conde. Muito mais nobres e pomposas que as velhas e saborosas pinhas de Atrás da Banca. Ali na Dom Vital tinha uma tia de um amigo meu que era bem velhinha. Da sua janela, a gente pegava com a mão e depois ia comer, debaixo do pé, o figo que ainda não conseguiram enlatar.
Menino que era menino corria rua acima, lua abaixo, mais não dormia sem antes chupar uma boa manga com sal. Epa! Gritava a mãe assombrada, manga de noite faz mal! Banana também! Atrás da casa de Geraldo Azevedo tinha cada banana que acabava com qualquer promessa de mãe. Sair de bicicleta sem rumo só pra descansar no velho juazeiro, que ficava do outro lado do rio, era coisa pra menino de coragem. A maioria dizia que não gostava do pequeno juá amarelinho. Pura desculpa. Seriguelas de vez tiravam o sossego de dona Albertina Guimarães.
Os jambos quase não ficavam maduros no quintal de Sr. Cândido Miranda. Tamarindos, melados, as azeitonas pretas da Casa Rural, que também vai virar prédio, residencial. Corre menino, que lá vem tiro de sal. Coco verde pra vara curta. Tudo era muito mais verde. Os meninos mais ecológicos. Aquele que não nadasse até a pedra não era homem. E as frutas? Menino, corra no supermercado e me traga mangas bonitas, tipo exportação, grita hoje a mãe atarefada. Lá no quintal, em todos quintais de Petrolina agora, amadurecem no pé, velhos sonhos, desejos dos meninos de outrora.

A partir de sábado (22) candidato só pode ser preso em flagrante.


A partir deste sábado (22), nenhum candidato, membro de mesa receptora e fiscal de partido poderão ser detidos ou presos, salvo em flagrante delito, segundo o calendário das Eleições 2012. As eleições municipais ocorrem no dia 7 de outubro.
Os partidos políticos e coligações têm até este sábado para indicar, perante os juízos eleitorais, os nomes dos fiscais que estarão habilitados a fiscalizar os trabalhos de votação durante as eleições de outubro.
Este sábado também é a data final para a Justiça Eleitoral requerer funcionários e instalações destinados aos serviços de transporte e alimentação de eleitores no primeiro e eventuais segundo turno das eleições municipais.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Greve dos bancos deve continuar ao menos até sexta, diz sindicato.


A greve dos bancários deve prosseguir pelo menos até sexta-feira (21), segundo a CONTRAF (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), entidade filiada à CUT (Central única dos Trabalhadores) que reúne sindicato dos bancários de vários Estados.
De acordo com o presidente da entidade, Carlos Cordeiro, a falta de uma nova proposta impede o fim da greve. "Pelo menos até sexta-feira a greve deve continuar. Hoje, não tem acordo nenhum. A Fenaban não deu sinal de vida até agora", diz. A Fenaban é a entidade que representa os bancos.
A paralisação inclui tanto bancos públicos quanto privados. No ano passado, a categoria ficou em greve por 21 dias.
Segundo Cordeiro, os líderes estaduais precisam se encontrar em São Paulo para negociar, o que impede um imediato retorno dos bancários ao trabalho.
"Se a Fenaban não nos chamar com uma nova proposta para negociação, a greve poderá se estender até a próxima semana", afirma.

5.132 agências fecham no 1º dia de greve

Os bancários fecharam nesta terça-feira (18) pelo menos 5.132 agências e centros administrativos dos bancos em 26 Estados e no Distrito Federal, primeiro dia da greve.
Segundo o sindicato, a paralisação começou mais forte que a do ano passado, quando 4.191 agências foram atingidas no primeiro dia. A greve durou 21 dias em 2011. 

Reivindicações


Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25%, com 5% de aumento real, além de plano de cargos, carreira e salários, maior participação nos lucros e resultados (PLR) e mais segurança nas agências. A proposta oferecida pela Fenaban foi 6% de reajuste salarial (0,58% de aumento real).
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) afirmou em nota que "lamenta a decisão dos sindicatos de bancários de recorrer à greve e confia no diálogo para a construção da convenção coletiva". A entidade alertou a população de que muitas das operações bancárias poderão ser realizadas por meio dos caixas eletrônicos, internet banking, telefone e correspondentes bancários, tais como casas lotéricas, agências dos Correios e outros estabelecimentos credenciados.
Há quase 500 mil bancários em todo o Brasil, sendo 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A expectativa do sindicato é que a greve desse ano possa mobilizar mais do que os 42 mil bancários que entraram em greve no ano passado em São Paulo e na região metropolitana.