domingo, 15 de fevereiro de 2015

Estrangeiros dizem o que agradou e o que não agradou no carnaval de SP

Eles ficaram surpresos com o tamanho dos carros alegoricos e encantados com o colorido das fantasias e a beleza das rainhas de bateria. Mas acharam o desfile longo demais e não curtiram o lixo no chão e as longas filas para usar os banheiros do sambódromo.
O G1 perguntou a estrangeiros que assistiam ao desfile das escolas do grupo especial no Anhembi o que agradou e o que não agradou no carnaval paulistano. Veja as respostas de alguns deles.
Bethany Dickson, canadense
A canadense Bethany Dickson (Foto: Flávia Mantovani/G1)A canadense Bethany Dickson (Foto: Flávia Mantovani/G1)
O QUE AGRADOU: "As cores das fantasias, os carros alegóricos. Achei tudo muito lindo."
O QUE NÃO AGRADOU: "Achei o desfile um pouco longo. Estou cansada, mas por outro lado não quero ir embora!"
Jorge Rivera, boliviano
O boliviano Jorge Rivera com a sobrinha, Ximena Sandoval (Foto: Flávia Mantovani/G1)O boliviano Jorge Rivera com a sobrinha, Ximena Sandoval (Foto: Flávia Mantovani/G1)
O QUE AGRADOU: "As dançarinas que ficam na frente da bateria. São lindas."

O QUE NÃO AGRADOU: "Quando está acabando o tempo, o pessoal que desfila começa a correr. Como estamos na arquibancada perto da dispersão, eles acabam passando rápido. E a gente quer ver mais."
Kimberly Schreiner e Tino Gunther, alemães
Os alemães Kimberly Schreiner e Tino Gunther (Foto: Flávia Mantovani/G1)Os alemães Kimberly Schreiner e Tino Gunther (Foto: Flávia Mantovani/G1)
O QUE AGRADOU: “Os carros alegóricos são grandiosos, muito maiores do que eu imaginava.” (Kimberly)
“A música e as fantasias coloridas.” (Tino)
O QUE NÃO AGRADOU: “A fila do banheiro feminino. Esperei um tempão.” (Kimberly)
“O desfile começa tarde demais e é muito longo.” (Tino)
Jo Uchiyama, japonês
O japonês Jo Uchiyama (Foto: Flávia Mantovani/G1)O japonês Jo Uchiyama (de camisa xadrez) com amigos (Foto: Flávia Mantovani/G1)
O QUE AGRADOU: "O desfile, principalmente o da escola que falou sobre o Japão [Águia de Ouro]"
O QUE NÃO AGRADOU: "As pessoas jogarem muito lixo no chão."
Lina e Gregory Petuzi, belgas
Os belgas Lina e Gregory Petuzi (Foto: Flávia Mantovani/G1)Os belgas Lina e Gregory Petuzi (Foto: Flávia Mantovani/G1)
O QUE AGRADOU:
“Gostei por causa da oportunidade de ver um espetáculo que não existe na Bélgica, ao menos não desse jeito. Já estive nos carnavais de Salvador e de Pernambuco e achei o daqui mais confortável e profissional.” (Lina)

“Achei o desfile incrível. Nunca vi nada assim. Também achei os brasileiros muito amigáveis.” (Gregory)
O QUE NÃO AGRADOU:
“O preço do ingresso. Pagamos R$ 400 cada um para ficar aqui [nas cadeiras da pista].” (Lina)
“Chegamos muito cedo porque achamos que começaria antes. É longo demais.” (Gregory)
Mike Schreiner, alemão
O alemão Mike Schreiner com a esposa (Foto: Flávia Mantovani/G1)O alemão Mike Schreiner com a esposa (Foto: Flávia Mantovani/G1)
O QUE AGRADOU: "Achei as fantasias muito bonitas. Fui uma vez ao carnaval do Rio e achei as daqui ainda mais espetaculares."
O QUE NÃO AGRADOU: "Se eu fosse da organização, colocaria mais bebidas à venda. Achei o serviço lento. No Rio tinha mais pontos de venda."
Marcela Arnez e Daniel Rivera, bolivianos
Os bolivianos Marcela e Daniel comemoravam aniversário de casamento no carnaval (Foto: Flávia Mantovani/G1)Os bolivianos Marcela e Daniel comemoravam aniversário de casamento no carnaval (Foto: Flávia Mantovani/G1)
O QUE AGRADOU: “A organização, as cores, a segurança.” (Marcela)
“Achei muito mais organizado do que o carnaval da Bolívia.” (Daniel)
O QUE NÃO AGRADOU: “Nada. Estamos aqui comemorando aniversário de casamento e a verdade é que gostamos de tudo.”
Corentin Farcy, francês
Corentin Farcy, francês (Foto: Flávia Mantovani/G1)Corentin Farcy, francês (Foto: Flávia Mantovani/G1)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Novo promotor abre acusação contra Cristina Kirchner


A presidente Cristina Fernandez de Kirchner mostra documento durante pronunciamento à nação em Buenos Aires nesta segunda-feira (26) (Foto: REUTERS/Argentine Presidency/Handout via Reuters )A presidente argentina Cristina Fernandez de
Kirchner (Foto: Argentine Presidency/Reuters )
O promotor argentino Gerardo Pollicita, novo responsável pela investigação do atentado contra a associação mutual judaica AMIA em 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos, deu entrada em uma acusação contra a presidente Cristina Kirchner nesta sexta-feira (13).
Ela é acusada de possível encobrimento de iranianos envolvidos no atentado. Também foram acusados o ministro das relações exteriores, Héctor Timerman, o militante Luis D'Elia e o deputado Andrés Larroque. O texto da acusação, divulgado pela promotoria, fala em "delitos de acobertamento por favorecimento pessoal agravado, impedimento do ato funcional e descumprimento dos deveres de funcionário público".
Em sua resolução, Pollicita afirma, segundo o jornal "Clarín", que deve ser iniciada uma investigação para verificar se houve de fato o encobrimento dos iranianos e se isso pode ser atribuído penalmente aos acusados.
Cristina Kirchner, de 61 anos, poderá ser intimada a prestar depoimento, presencial ou por escrito, se o juiz que conduz o caso, Daniel Rafecas, assim decidir.
Pollicita assumiu o caso – que será julgado pelo juiz Daniel Rafecas – após a morte do promotor Alberto Nisman, que investigava o atentado. Nisman foi encontrado morto em seu apartamento na véspera de seu testemunho no Congresso sobre as denúncias feitas contra o governo Kirchner.
Ele havia denunciado Timerman e Cristina, entre outros funcionários de alto escalão do governo, de tentar atrapalhar as investigações sobre o atentado.
O procurador argentino Alberto Nisman, que denunciou a presidente Cristina Kirchner de acobertar o envolvimento de terroristas iranianos em atentado a centro judaico em 1994. (Foto: Reuters/Marcos Brindicci/File)O procurador argentino Alberto Nisman, que
denunciou a presidente Cristina Kirchner e morreu
em janeiro  (Foto: Reuters/Marcos Brindicci/File)
Segundo o promotor, em troca de acordos comerciais, o governo teria buscado um acordo com o Irã para que os suspeitos pelo atentado escapassem da Justiça.
De acordo com o “Clarín”, a decisão do novo promotor responsável pelo caso oficializa o fato de ele está convencido de que a exposição de Nisman foi feita com base em informações e provas sólidas – por isso acredita que a presidente e os outros suspeitos devem ser investigados.
Na noite de quinta-feira (12), o governo adiantou que apresentará nesta sexta uma queixa por escrito contra a denúncia de Nisman. “Não existe prova alguma, nem sequer de caráter ‘circunstancial’, que demonstra a existência de condutas atribuíveis à presidente da Nação oua funcionários do governo nacional que podem se enquadrar em ‘atos criminosos’”, diz o texto, adiantado pelo “Clarín”.
Pollicita não pensa o mesmo – por isso decidiu investigar a presidente. De acordo com o jornal, ele vai solicitar ao juiz Rafecas que sejam tomadas ações para recolher documentos em órgãos públicos que poderiam estar ligados ao suposto pacto entre Argentina e Irã firmado no caso AMIA.

Dólar fecha semana em alta, com incertezas sobre economia

O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (13), retomando a pressão vista durante a maior parte deste mês, após dar um respiro na sessão passada, com investidores minimizando o bom humor nos mercados externos e focando na deterioração dos fundamentos macroeconômicos brasileiros.

A moeda norte-americana subiu 0,36% em relação ao real, cotada a R$ 2,8313 na vendo. Na máxima desta sessão, o câmbio alcançou R$ 2,8590, alta de 1,35%, segundo a Reuters. Na semana, a moeda subiu 1,91%, e no ano, 6,49%.
Analistas ressaltam que, no Brasil, as movimentações da moeda eram acentuadas pelo baixo volume de negócios, com alguns operadores afastados das mesas na véspera do feriado prolongado de Carnaval.
Dólar nos últimos dias
Em reais
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Alguns investidores temiam que a perspectiva de contração econômica e inflação acima do teto da meta neste ano, somada à crise na Petrobras e ao possível racionamento de energia e água, possa provocar a perda do grau de investimento brasileiro, o que diminuía o apetite por ativos domésticos.
"Se não tivermos nenhuma marola, sobreviveremos a 2015. Mas se houver qualquer marolinha, o cenário se complica muito", disse à Reuters o estrategista da corretora Coinvalores Paulo Celso Nepomuceno.
Por isso, o mercado doméstico se descolava do quadro externo, onde o acordo de cessar-fogo na Ucrânia e esperanças de um compromisso que resolva o impasse em torno da dívida da Grécia traziam alívio aos mercados financeiros, bem como dados melhores do que o esperado sobre a economia da zona do euro, destacadamente a Alemanha.
Intervenção do Banco Central
Investidores também seguiam atentos à política de intervenções do Banco Central brasileiro, que voltou a atrair atenções com a pressão cambial recente. A dúvida é se o BC estenderá o programa de intervenções diárias, marcado para durar "pelo menos" até 31 de março.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 2 mil swaps cambiais pelas rações diárias, com volume correspondente a US$ 97,8 milhões. Foram vendidos 600 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.400 contratos para 1º de fevereiro de 2016.
O BC também vendeu a oferta integral de até 13 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, já rolou cerca de 60% do lote total.
A moeda fechou em queda na véspera (12), revertendo os ganhos de quarta-feira, quando a moeda atingiu o maior valor em mais de dez anos. O dólar caiu 1,82%, a R$ 2,8209.

Desfiles do carnaval em SP começam nesta sexta; conheça os enredos

Os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial paulistano começam nesta sexta-feira (13) no Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo. Os portões serão abertos às 17h e a programação terá início às 23h15, com o desfile da escola de samba Mancha Verde.
Cada uma das 14 agremiações terá entre 55 e 65 minutos para percorrer toda a extensão da avenida. Além da Mancha, irão desfilar nesta sexta Acadêmicos do Tucuruvi, Tom Maior, Dragões da Real, Rosas de Ouro, Águia de Ouro e Nenê de Vila Matilde.
No sábado (14), será a vez de entrar na avenida Unidos de Vila Maria, Gaviões da Fiel, Mocidade Alegre, Império de Casa Verde, Acadêmicos do Tatuapé, Vai-Vai e X-9 Paulistana.
O Grupo de Acesso desfila no domingo (15), com mais oito apresentações: Tricolor Independente, Colorado do Brás, Unidos do Peruche, Camisa Verde, Imperador do Ipiranga, Morro da Casa Verde, Leandro de Itaquera e Pérola Negra. Diferente das agremiações do Grupo Especial, nesta categoria o tempo de desfile varia de 50 a 60 minutos.
Neste ano, os critérios de avaliação de escolas de samba de SP estão mais flexíveis; veja no vídeo acima.
Confira a seguir os enredos e a ficha técnica das sete primeiras agremiações que vão se apresentar nesta sexta:
Mancha Verde
Ficha Mancha Verde (Foto: Editoria de Arte/G1)
A escola levará para a avenida, a partir das 23h15 de sexta, o centenário do Palmeiras. Grandes ídolos do time alviverde serão homenageados. “Tem uma parte do samba enredo que fala de mim. Você parar de jogar e ter o carinho que eu tenho da torcida é uma coisa que me deixa sempre muito emocionado”, disse o goleiro Marcos, pentacampeão do mundo pela seleção.
A história do clube começou em 1914, quando imigrantes italianos radicados em São Paulo criaram o Palestra Itália. As conquistas, em pouco tempo, se tornam marca do clube. Com o início da Segunda Guerra Mundial, em 1942, porém, o time foi obrigado a mudar de nome. Como a Itália fazia parte do Eixo (com a Alemanha e o Japão), o Palestra tornou-se Palmeiras.
A mudança de nome não afetou o respeito que os torcedores e os adversários tinham pelo clube. Em 1965, o time inteiro do Palmeiras representou a seleção brasileira num jogo contra o Uruguai. Resultado da partida: 3 a 0 para o Brasil.
Esse episódio histórico estará presente no Anhembi. “A fantasia de canarinho representa o Palmeiras vestido de Brasil. Foi quando Palmeiras estava no seu auge e era considerado o melhor time do Brasil”, disse Troy Oliveri, carnavalesco da Mancha Verde.
Acadêmicos do Tucuruvi (Foto: Editoria de Arte/G1)
A escola da Zona Norte levará à avenida, a partir da 0h25 de sábado, as marchinhas que animavam (e ainda agitam) os bailes e blocos de rua carnavalescos. “É um enredo que a gente vai contar a história do carnaval, um resumo da história do carnaval em cinco caros alegóricos. E as marchinhas vão ser o ritmo que vai embalar todo este espetáculo”, disse o carnavalesco Wagner Santos.

(ouça reportagem da CBN sobre a Tucuruvi)
Máscaras irão lembrar os bailes de salão. “É uma coisa glamourosa, faz parte do carnaval, sempre fez e acho que sempre vai fazer”, disse a atriz Maysa Magalhães, musa da Tucuruvi.
As alegorias vão relembrar a gênese das músicas carnavalescas, ocorrida no Rio, passando pelos salões, os blocos de rua e, finalmente, as atuais agremiações.
Compositores que criaram algumas das mais famosas marchinhas, como Chiquinha Gonzaga, também vão ser homenageadas. “Marchinha é o tempero do carnaval, né?”, disse o mestre-sala Renato Trindade.
Tom Maior (Foto: Editoria de Arte/G1)
No ano passado, a escola passou por um sufoco sem precedentes: um problema no carro abre-alas fez com que o desfile começasse 15 minutos atrasado. A correria e o estresse serviram de inspiração para o tema que a escola irá abordar neste ano, a partir da 1h35: a adrenalina.

(ouça reportagem da CBN sobre a Tom Maior)
“Nós abrimos com o próprio corpo humano recebendo essa descarga de adrenalina. É um carro todo colorido, com expressões faciais bem fortes”, disse o carnavalesco da Tom Maior, Mauro Quintaes. “Teremos cores bem fortes, como se fosse uma grande explosão.”
A escola depois irá focar na maneira como esse hormônio atua no amor, como as palpitações durante o primeiro beijo. A descarga de adrenalina em momentos de terror e de pânico será lembrada em um carro que, segundo a agremiação, contará com a maior escultura do carnaval deste ano.
A adrenalina está presente não só no desfile, mas principalmente na apuração das notas. “Quando aquele rapaz começa a abrir os envelopes e diz: ‘Tom Maior, nota 10’, aí eu explodo de adrenalina”, lembra o coordenador de alas da agremiação, Dielson Ferreira.
Dragões da Real (Foto: Editoria de Arte/G1)
A alegria do universo infantil vai invadir a avenida, a partir das 2h45 com a Dragões da Real. “Teremos fadas, teremos duendes, teremos bruxas, teremos bruxos, teremos o grande continente perdido, a Atlântida. Teremos várias coisas que as pessoas duvidam da sua existência”, disse o carnavalesco Flávio Campelo.
Com o enredo sobre o “acredite se quiser”, a agremiação tricolor vai incentivar a imaginação. “Nós traremos à tona e mostramos para as pessoas que tudo é possível. O imaginário é possível”, acrescentou o também carnavalesco Dione Leite.
Um dragão, símbolo da escola, ganha vida no enredo e convida um menino chamado Tomé a embarcar numa viagem. Parte dessa história se passa numa floresta encantada.
Crianças e adultos vão dividir o espaço na avenida. “Se você tiver imaginação, você vai onde quiser”, disse Paloma Barbosa, harmonia da escola. “Não importa se é criança ou se é adulto, imaginando você vai para onde quiser.”
Rosas de Ouro
Rosas de Ouro (Foto: Editoria de Arte/G1)
O mundo dos contos de fadas servirá de tema neste ano para a Rosas de Ouro. A agremiação será a quinta a entrar no Anhembi, às 3h44 de sábado.

(ouça reportagem da Rosas de Ouro na CBN)
“Vamos pegar as mensagens desses contos e usaremos de forma motivacional e, assim, fazer um grande espetáculo”, disse o carnavalesco Jorge Freitas. O tabuleiro da vida estará representado na comissão de frente.
Os demais carros vão representar um grande reino encantado, no qual cada componente é um personagem. “Eu me identifico muito com o Leão do Mágico de Oz”, disse Leandro Marciano da Silva, integrante da comissão de frente. “Ele não tem a coragem e, depois, descobre que a coragem está dentro dele. Então é mais ou menos o que acontece comigo: eu vou sair na comissão de frente e estou precisando de bastante coragem.”
A presidente da escola, Angelina Basílio, também incorporou o espírito do enredo e decidiu ir para a avenida vestida de fada-madrinha. “Vou cheia de coragem, sem medo, perseverante, para chegar à consagração.”
Águia de Ouro (Foto: Editoria de Arte/G1)
No fim da madrugada de sábado, a escola de samba vai entrar na avenida homenageando os japoneses e sua relação com o Brasil. “A Águia vem fazendo uma grande celebração de dois povos amigos, Brasil e Japão, 120 anos de união”, afirmou o carnavalesco Claudio Cebola.
A escola vai ressaltar o taiko, um tambor oriental típico. “É um instrumento de marcação, então tem tudo a ver com o samba”, afirmou o mestre Juca. Os integrantes da bateria irão fantasiados de tocadores de taiko. Além disso, ele vai ser homenageado em alegorias e até numa ala. “Vou tocar e sambar”, disse Mitsue, um dos músicos que irão desfilar.
A madrinha de bateria, a bela Miku Oguchi, por sinal, é japonesa. A jovem aprendeu a sambar no Japão. É lá que tem o maior carnaval fora do Brasil, o Asakusa. Que, é claro, vai ser homenageado pela Águia de Ouro. “Hoje o Japão tem escola de samba, tem sambista, passista, bateria, porta-bandeira, tocam cavaquinho, baixam música brasileira”, disse o carnavalesco Amarildo.
Em um carro a escola vai falar do fenômeno mundial dos mangás, que são histórias em quadrinhos feitas no país. Também vai abordar os robôs e a tecnologia de ponta, a fé e a superstição.
Nenê de Vila Matilde (Foto: Editoria de Arte/G1)
Última escola do primeiro dia do carnaval, a Nenê de Vila Matilde vai entrar na avenida já na manhã de sábado. A escola contará a história de Moçambique, país africano que, assim como o Brasil, foi colônia portuguesa.

(ouça reportagem da CBN sobre a Nenê)
Árvore-símbolo da África, o baobá será lembrado na avenida. “Para os africanos, não se faz nada se você não for ao pé do baobá”, disse Márcio Telles, diretor de harmonia. “A criança nasceu, você tem que leva-la ao pé do baobá. Vai casar? Vai ao pé do baobá. O pessoal joga moeda ao pé do baobá.”
A planta chegou ao Brasil com os escravos na época da colonização. Recife, capital de Pernambuco, é conhecida como coração da espécie no país. O gigante é considerado patrimônio histórico e cultural, e é impossível ficar indiferente diante dele.
O povo matildense se identificou muito com essa história”, disse o carnavalesco Pedro Alexandre. “Se você fizer um paralelo, Nenê de Vila Matilde e Moçambique têm tudo a ver. Aquela coisa de lutar pelos seus direitos, de enfrentar dificuldades, mas sempre com alegria no rosto, sempre passando mensagens positivas.”

Idosos vão comemorar carnaval com novidades em Petrolina, PE

Idosos festejam carnaval (Foto: (Foto Reprodução TV Grande Rio))Idosos festejam Carnaval
(Foto: Reprodução TV Grande Rio)
Frevo e marchinhas vão animar o carnaval da Casa Geriátrica de Petrolina, no Sertão pernambucano, nesta sexta-feira (13), às 14h. O bloco 'A Rebarba' vai fazer a folia para os 56 idosos que vivem na instituição. São esperadas cerca de 120 pessoas na área de eventos da Casa.
Esta é a quarta edição da ação que tem o intuito de comemorar com aqueles que não podem participar dos blocos tradicionais nas avenidas. Este ano, a novidade é que a folia vai poder ser realizada na área de eventos, inaugurada recentemente, além dos aniversariantes do mês que vão poder comemorar a data especial com bolo, refrigerantes e salgados doados por uma empresa da cidade. Também foi organizada na estrutura uma ornamentação carnavalesca para receber instituições convidadas, familiares e amigos que participarão dos festejos.
Segundo a coordenadora da Casa, Quitéria Almeida, esse momento é um retorno ao passado. "Eles relembram a juventude, quando iam para festas com os amigos, que inclusive, recebem a visita de muitos deles. A música também é fundamental para eles, que lembram a letra de muitas e cantam" conta. A iniciativa surgiu do grupo de músicos para contribuir com a festa de carnaval da Casa, que antes acontecia apenas com som mecânico.

Acidente entre moto e ônibus deixa um jovem morto em Petrolina, PE

Acidente no Santa Luzia em Petrolina (Foto: Giomara Damasceno/ TV Grande Rio)Acidente no Santa Luzia em Petrolina (Foto: Giomara Damasceno/ TV Grande Rio)
Um acidente de trânsito envolvendo um ônibus e uma moto deixou uma pessoa morta nesta sexta-feira (13) no bairro Santa Luzia, na Zona Norte de Petrolina, no Sertão pernambucano. A vítima foi um jovem de 20 anos.
Segundo informações de testemunhas, o jovem vinha em alta velocidade na Rua do Petróleo, quando colidiu com um ônibus na Avenida 12, do Bairro Santa Luzia. A mãe Maria Aparecida dos Anjos, disse que a vítima saiu sem autorização e estava alcoolizado.
Já os comerciantes, que estavam no local do acidente, explicam que o socorro do Corpo de Bombeiros não demorou e que a vítima ainda estava com vida. “Era 7h10, quando eu escutei o barulho e vi o rapaz deitado ao lado da moto e ainda vivo”, conta o comerciante Francisco dos Anjos.
A empresa Joalina que teve o ônibus envolvido no acidente informou em nota que o veículo trafegava na preferencial da Avenida 12, quando o motociclista saiu da Rua do Petróleo e bateu de frente com o coletivo. O motorista prestou assistência a vítima e acionou o Corpo de Bombeiros para o socorro, a vítima chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu e morreu.

TRE-PE oferece estágio para alunos de escolas públicas em Petrolina, PE

Começa a partir do dia 2 de fevereiro a inscrição dos alunos do Ensino Médio de escola pública de Pernambuco que têm interesse em fazer estágio no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em Petrolina são oferecidas 70 vagas e o prazo de inscrição é até o dia 13 do mesmo mês. Os estudantes irão trabalhar no cadastro da biometria dos eleitores.
Os interessados precisam estar cursando o 1º ou 2º anos do Ensino Médio, idade mínima de 16 anos e ter cursado em escola pública do estado em 2014. Na seleção será considerada a média das notas do aluno no ano passado.
A inscrição é gratuita e deverá ser feita pelo site da Secretaria de Educação de Pernambuco.Para isso, o estudante precisa ter login e senha do Sistema de Gestão Escola da Secretaria de Educação (SIEPE). O valor da bolsa é de R$ 550 mais auxílio-transporte. O resultado dos selecionados está marcado para ser divulgado no dia 5 de março no mesmo site, assim como na página do TRE-PE.
O estágio tem uma carga horária de 20 horas semanais. Em todo o estado estão sendo oferecidas 411 vagas para quatro municípios. Outras informações no edital.

Produção audiovisual no Sertão é tema do 'Queimando a Língua'


Matheus Natchtergaele no longa 'Na Quadrada das Águas Perdidas' (Foto: Divulgação)Cena de Na Quadrada das Águas Perdidas
(Foto: Divulgação)
Será realizado em Petrolina, no Sertão pernambucano, a segunda edição do projeto 'Queimando a Língua'. O evento reúne especialistas em áreas diversas da região para debater sobre uma temática. Para o encontro da sexta-feira (13) foi escolhido o tema 'A Cena da Produção Audiovisual do Vale do São Francisco'. O debate começa a partir das 19h e a entrada é gratuita.
Os convidados desta edição são Wagner Miranda, Robério Brasileiro e Moésio Belfort. O primeiro é um dos diretores do longa-metragem 'Na Quadrada das Águas Perdidas', Robério participou da produção de curtas-metragens e séries para a Internet e Moésio tem entre seus trabalhos curtas-metragens de animação premiados. Os participantes vão falar sobre seus trabalhos e responder perguntas do público.
A novidade do próximo encontro é a transmissão ao vivo do debate por uma rádio online da região. Segundo o organizador, Cristiano Borges, desde a primeira edição, já havia o desejo de gravar as discussões. “O objetivo é possibilitar que todos possam ter acesso ao que é discutido no 'Queimando a Língua', até mesmo como fonte de pesquisa. Esperamos no futuro gravar também em vídeo os encontros”, contou.
Serviço:
Queimando a Língua: A Cena da Produção Audiovisual do Vale do São Francisco
Data: 13 de fevereiro
Horário: 19h
Local: Avenida da Integração, nº 1214
Entrada gratuita