sexta-feira, 4 de maio de 2012

O Dólar tem maior valor desde 2009, Petrobras e Vale, puxam queda da Bovespa.


O dólar comercial fechou em alta nesta sexta-feira (4), atingindo a maior cotação de fechamento desde julho de 2009 e acumulando ganhos de 2,08% sobre o real na semana, em meio a um cenário de maior aversão ao risco nos mercados externos. 

moeda norte-americana fechou com valorização de 0,72%, a R$ 1,926 na venda. É o maior valor de fechamento desde 17 de julho de 2009, quando fechou a R$ 1,928 na venda. Foi o quarto dia sem atuação do Banco Central. 

A Bovespa fechou o dia no vermelho, pressionada pelo desempenho negativo das gigantes Petrobras (PETR3 e PETR4) e Vale (VALE3 e VALE5), as ações de maior peso na Bolsa brasileira.

No pregão desta sexta-feira (4), a queda do Ibovespa (principal índice de ações da Bolsa) foi 2,07%, aos 60.820,93 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 9,87 bilhões.

O pessimismo externo se refletiu em queda da maioria das ações que compõem o Ibovespa. Apenas 12 dos 68 papeis que compõem o índice fecharam a sessão em alta. 

No acumulado da semana, a baixa foi de 1,41%.
Petrobras e Vale em baixa
A ação preferencial da Petrobras (PETR4) registrou queda de 4,30%, a R$ 20,48, e a ordinária (PETR3) teve baixa de 4,21%, a R$ 21,40. A desvalorização ocorreu após a empresa ter anunciado queda na produção de petróleo no Brasil em março e com o forte recuo das cotações da commodity no mercado internacional.
Já a ação preferencial da Vale (VALE5) fechou em baixa de 2,65%, a R$40,44, e a ordinária (VALE3) caiu 2,88%, a R$ 41,53. Ontem, a Justiça cancelou uma decisão que favorecia a mineradora em um processo de R$ 30 bilhões contra a Fazenda Nacional.

Outras ações de destaque na Bovespa
As maiores quedas do Ibovespa foram registradas por Vanguarda Agro (VAGR3) e Gerdau Metalúrgica (GOAU4), que caíram 7,69% e 6,05%, respectivamente.  
Em sentido oposto, a maior alta do índice foi registrada pelo Gol (GOLL4), que subiu 5,19%, a R$ 10,54, seguindo a divulgação dos resultados do primeiro trimestre na véspera e declarações nesta manhã de que a empresa não planeja uma nova redução na malha de voos. 
     
De olho no exterior

Os empregadores norte-americanos diminuíram o ritmo de contratações pelo terceiro mês consecutivo em abril. Foram adicionadas 115 mil vagas às folhas de pagamento no mês passado, ante-expectativa de 170 mil vagas. 
  
A expectativa com as eleições na França e na Grécia no fim de semana também contribuiu para as perdas nos mercados internacionais.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 fechou a sexta-feira em queda de 1,61% e teve o pior desempenho semanal desde dezembro de 2011. Na Europa, o principal índice da região caiu 1,65%.

Bolsas internacionais

As ações europeias tiveram forte queda, depois que os dados de emprego piores que o esperado nos Estados Unidos deram um novo golpe nas expectativas de recuperação da maior economia do mundo.

O principal índice da região, o FTSEurofirst 300, fechou em queda de 1,65%, a 1.027,15 pontos.


Os setores cíclicos foram os mais atingidos, com recursos básicos e automotivos caindo 3,9% e 3,6%, respectivamente.

As ações asiáticas caíram pelo segundo dia consecutivo, conforme dados fracos dos Estados Unidos alimentavam novas preocupações de que a recuperação da maior economia mundial pode estar cambaleando.

O dólar manteve-se estável em relação ao euro e ao iene, mas pode ficar sob pressão mais tarde no caso de uma fraca leitura de um importante relatório de empregos dos EUA, que pode gerar especulações de mais alívio monetário, chamado de "QE3" pelo Federal Reserve.

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