O dólar comercial fechou em alta nesta sexta-feira
(4), atingindo a maior cotação de fechamento desde julho de 2009
e acumulando ganhos de 2,08% sobre o real na semana, em meio a um cenário
de maior aversão ao risco nos mercados externos.
A moeda norte-americana fechou com
valorização de 0,72%, a R$ 1,926 na venda. É o maior valor de fechamento desde
17 de julho de 2009, quando fechou a R$ 1,928 na venda. Foi o quarto dia sem
atuação do Banco Central.
A Bovespa fechou o dia no vermelho, pressionada
pelo desempenho negativo das gigantes Petrobras (PETR3 e PETR4) e Vale (VALE3 e VALE5), as ações de maior peso na Bolsa
brasileira.
No pregão desta sexta-feira (4), a queda do
Ibovespa (principal índice de ações da Bolsa) foi 2,07%, aos 60.820,93 pontos.
O giro financeiro do pregão foi de R$ 9,87 bilhões.
O pessimismo externo se refletiu em queda da
maioria das ações que compõem o Ibovespa. Apenas 12 dos 68 papeis que compõem o
índice fecharam a sessão em alta.
No acumulado da semana, a baixa foi de 1,41%.
Petrobras
e Vale em baixa
A ação preferencial da Petrobras (PETR4) registrou queda de 4,30%, a R$ 20,48,
e a ordinária (PETR3) teve baixa de 4,21%, a R$
21,40. A desvalorização ocorreu após a empresa ter anunciado queda na produção de petróleo no Brasil
em março e com o forte recuo das cotações da commodity no mercado
internacional.
Já a ação preferencial da Vale (VALE5) fechou em baixa de 2,65%, a R$40,44, e
a ordinária (VALE3) caiu 2,88%, a R$ 41,53. Ontem, a
Justiça cancelou uma decisão que favorecia a
mineradora em um processo de R$ 30 bilhões contra a Fazenda Nacional.
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Outras ações de destaque na Bovespa
As maiores quedas do Ibovespa foram registradas por
Vanguarda Agro (VAGR3) e Gerdau Metalúrgica (GOAU4), que caíram 7,69% e 6,05%,
respectivamente.
Em sentido oposto, a maior alta do índice foi
registrada pelo Gol (GOLL4), que subiu 5,19%, a R$ 10,54, seguindo
a divulgação dos resultados do primeiro trimestre na véspera e declarações
nesta manhã de que a empresa não planeja uma nova redução na malha de voos.
De olho no exterior
Os empregadores norte-americanos diminuíram o ritmo
de contratações pelo terceiro mês consecutivo em abril. Foram adicionadas 115
mil vagas às folhas de pagamento no mês passado, ante-expectativa de 170 mil
vagas.
A expectativa com as eleições na França e na Grécia
no fim de semana também contribuiu para as perdas nos mercados internacionais.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 fechou a
sexta-feira em queda de 1,61% e teve o pior desempenho semanal desde dezembro
de 2011. Na Europa, o principal índice da região caiu 1,65%.
Bolsas internacionais
As ações europeias tiveram forte queda, depois
que os dados de emprego piores que o esperado nos Estados Unidos deram um novo
golpe nas expectativas de recuperação da maior economia do mundo.
O principal índice da região, o FTSEurofirst 300, fechou em queda de 1,65%, a
1.027,15 pontos.
Os setores cíclicos foram os mais atingidos, com
recursos básicos e automotivos caindo 3,9% e 3,6%, respectivamente.
As ações asiáticas caíram pelo segundo dia
consecutivo, conforme dados fracos dos Estados Unidos alimentavam novas
preocupações de que a recuperação da maior economia mundial pode estar
cambaleando.
O dólar manteve-se estável em relação ao euro e ao
iene, mas pode ficar sob pressão mais tarde no caso de uma fraca leitura de um
importante relatório de empregos dos EUA, que pode gerar especulações de mais
alívio monetário, chamado de "QE3" pelo Federal Reserve.
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