sexta-feira, 15 de junho de 2012

Dez países e sociedade civil ajudarão o Brasil a negociar acordo na Rio+20


Representantes de delegações de ao menos dez países devem ajudar o Brasil a coordenar as negociações do comitê preparatório para Cúpula de Chefes de Estado da Rio+20. O encontro deveria se encerrar nesta sexta-feira (15) com um rascunho da declaração final praticamente fechado, mas ainda há muitos pontos em debate e as negociações vão continuar informalmente.

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O porta-voz das negociações do Comitê de Preparação da Rio+20, Nikhil Seth, confirmou que a delegação do Brasil, como anfitriã da Conferência, assume a coordenação dos debates  entre as delegações de Estado a partir do sábado (15). “A meta de todos agora é estar com todo ou pelo menos quase todo o texto fechado até o dia 19, antes da chegada dos chefes de Estado”, disse Seth.
Segundo ele, foram destacados diplomatas de outras delegações para ajudar o Brasil na tarefa de coordenação das negociações. Os facilitadores vêm do Canadá, Argélia, Maláui, México, Austrália, Barbados, Guatemala, Japão, Polônia e Estados Unidos. “Quando assumem a função de facilitadores, os diplomatas perdem suas identidades nacionais e viram agentes neutros, dispostos a fazer as partes concordarem”, afirmou Seth.
Os facilitadores seriam pessoas com um conhecimento profundo das questões técnicas e das nuances em discussão, disse Seth à imprensa.
A ação dos facilitadores pode ser uma estratégia do Brasil para dividir a responsabilidade da coordenação. Na quinta-feira (14) o chefe do comitê brasileiro para a Rio+20, Luiz Alberto Figueiredo Machado, havia afirmado que o prolongamento dos debates poderia ser ruim para os interesses brasileiros, já que a delegação precisaria abrir mão de posições mais radicais para priorizar um entendimento rápido entre os países. O resultado final neste caso, ele afirmou, poderia ser uma declaração mais fraca.

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