BRASÍLIA - O
Ministério das Relações Exteriores informou que a execução do brasileiro
Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, deverá ocorrer entre a
meia-noite de hoje e 1h de domingo (horário local), que corresponde,
pelo horário de Brasília, entre 15h e 16h deste sábado.
A
confirmação oficial da morte do brasileiro, condenado por tráfico de
drogas, ocorrerá algumas horas após o seu fuzilamento - hoje à noite,
pelo horário de Brasília - de acordo com o Itamaraty. Um briefing sobre a
execução foi repassado pelas autoridades indonésias a advogados e
parentes dos sentenciados. Além do brasileiro, outros cinco presos foram
condenados à morte.
Ainda de
acordo com o Itamaraty, "familiar, advogado e funcionários da embaixada
do Brasil em Jacarta", estiveram reunidos com Archer por cerca de uma
hora, neste sábado. Tia de Archer, a advogada Maria de Lourdes Archer,
única parente viva do brasileiro condenado, embarcou para Jacarta na
terça-feira, para tentar confortar o sobrinho. A mãe morreu em 2011.
Nessa
sexta, a presidente Dilma Rousseff fez, por telefone, um apelo pessoal,
"como chefe de Estado e mãe" ao presidente da Indonésia, Joko Widodo.
Dilma determinou ainda à sua assessoria que procurasse ajuda no
Vaticano, na tentativa de pedir ao Papa Francisco para interceder em
favor da clemência do brasileiro.
A
morte será por fuzilamento. Nessa sexta, o assessor especial da
Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse que só "um milagre" poderia
reverter o fuzilamento do brasileiro e informou que o governo continua
em busca de uma solução "até a última instância".
A
Indonésia negou todos os pedidos de clemência feitos pela defesa do
brasileiro para evitar a execução de Archer. No Brasil, não existe pena
de morte e as informações são de que nunca um brasileiro foi executado
para dar cumprimento a uma sentença deste tipo.
Marco
Archer Cardoso Moreira, preso há 11 anos em Jacarta, é carioca, tem 53
anos e trabalhava como instrutor de voo livre. Ele foi preso quando
tentava entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos dentro
dos tubos de uma asa delta em 2003 e teve a droga descoberta ao passar
pelo aparelho de raios-X, no Aeroporto Internacional de Jacarta. Ele
conseguiu fugir do aeroporto, mas acabou preso duas semanas depois.
Outro
brasileiro preso e condenado à morte em Jacarta, que teve o pedido de
clemência feito pela presidente Dilma Rousseff também rejeitado pelo
presidente da Indonésia foi o surfista Rodrigo Gularte. Ele foi detido
em 2004, também no aeroporto de Jacarta, com 12 pacotes de cocaína. A
droga estava escondida em oito pranchas. O surfista estava a caminho da
ilha de Bali, acompanhado de dois amigos, mas assumiu sozinho a autoria
do crime de tráfico internacional de drogas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário