terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Com medo de cheia, empresário de Rondônia aumenta estoque de cerveja

Mauro Melocra já aumentou em 20% estoque do produto (Foto: Dayanne Saldanha/G1)






  
Os comerciantes de Guijará-Mirim (RO), a cerca de 330 km de Porto Velho, começaram a se preparar para enfrentar um possível isolamento do município. Com medo de nova enchente, como a ocorrida em 2014, quando o Rio Mamoré atingiu as rodovias BR-425 e BR-364 e isolou a cidade por cerca de 60 dias, o empresário Mauro Melocra começou a estocar cerveja em sua distribuidora de bebidas e em um galpão alugado. A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) prevê que a cheia este ano deve ocorrer em menor proporção do que em 2014.
Empresário alugpu um novo ponto no município (Foto: Dayanne Saldanha/G1)Empresário alugou um novo ponto no município
(Foto: Dayanne Saldanha/G1)

Para fugir de um possível alagamento, o empresário também alugou um galpão para armazenar a mercadoria, caso a água chegue perto. "Este ano já aumentei em 20% o estoque. Não posso aumentar muito por ser um produto perecível, mas quero evitar as dificuldades enfrentadas no ano passado", comenta Mauro.

Ele alega que a cerveja, apesar de não ser um item de primeira necessidade, tem grande clientela e é o produto mais vendido na distribuidora. Em 2014, mesmo no período de cheia, as vendas da bebida não diminuíram, apesar da dificuldade da mercadoria para chegar até Guajará. "A enchente foi muito intensa no ano passado. Precisei trazer a mercadoria de balsa pelo Rio Mamoré a partir de Costa Marques", afirma Melocra.

Conforme Mauro, foi necessário aumentar o valor de venda da bebida para arcar com os valores adicionais. "Usamos muito o rio para trazer mercadoria e isso acabava aumentando o custo. Precisei impor um pequeno acréscimo para arcar com o transporte. Os consumidores entenderam e as vendas permaneceram normais", diz o empresário.

Prejuízos

Ano passado, empresas do município chegaram a registrar prejuízo de até R$ 400 mil em reformas da estrutura pós-cheia. Grandes distribuidoras varejistas de produtos estimam que deixaram de vender cerca de R$ 5 milhões na época do isolamento e alagação. "Alugamos um novo ponto e guardamos grande parte do nosso estoque. Ano passado vivemos um período muito ruim", conta o gerente Anderson Bentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário