Dinheiro em espécie apreendido na sede da empresa
Arxo, em Itajai (SC), durante a nona fase da Operação Lava Jato (Foto:
Divulgação/Polícia Federal)
Os objetos de valor foram encontrados pelos policiais federais no
fundo falso de um armário (assista ao vídeo ao lado). A Arxo fabrica
tanques para postos de combustíveis, além de caminhões tanques, vaso de
pressão, entre outros equipamentos, para a indústria de óleo e gás.
Em nota divulgada à imprensa, a Arxo afirma que o dinheiro encontrado no
cofre da empresa seria utilizado em "pagamentos da empresa”. O procurador
jurídico da companhia, Charles Zimmermann, disse no comunicado que todos os
valores foram “contabilizados”.
“Havendo indícios de fraude, o
que não é o caso da Arxo, que está tudo contabilizado, é apurado o tipo de
crime praticado”, destacou Zimmermann na nota.
O procurador jurídico ressaltou que a empresa tem intenção de contribuir
com as autoridades e prestar “qualquer esclarecimento necessário”.
No total, foram expedidos 40 mandados de
busca e apreensão, três de prisão temporária, um de prisão preventiva e 18 de
condução coercitiva (quando a pessoa é levada para prestar depoimento e depois
é liberada) em quatro estados (Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e
Bahia). Até o fim da tarde desta quinta, somente dois dos quatro mandados de
prisão haviam sido cumpridos.
Uma das pessoas que foram levadas para prestar depoimento aos delegados
federais foi o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Apontado como operador do
partido no esquema de corrupção instalado na Petrobras, Vaccari foi chamado para
esclarecer doações feitas à legenda. Ele foi liberado em seguida. A polícia
também realizou busca e apreensão na casa do petista, na capital paulista.
A nova fase da operação se destina a colher provas sobre a participação
de 11 operadores em um esquema ligado à diretoria de Serviços da Petrobras
envolvendo pagamento de propina e lavagem de dinheiro na estatal. O esquema
investigado teria atuado até 2014.
A operação foi batizada de "My Way" (meu jeito), em referência
ao ex-diretor da área de Serviços Renato Duque. Segundo Pedro Barusco,
ex-gerente da Petrobras e um dos delatores do esquema, Duque era conhecido
dessa forma.
Fonte: G1 Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário