terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Transferência de escola revolta moradores em Petrolina, no Sertão

Os moradores do Sítio Serrote pelado, na Zona Rural de Petrolina, Sertão de Pernambuco estão inconformados com a transferência da escola que funcionava na comunidade para o Projeto Irrigado Senador Nilo Coelho – Núcleo 11. A escola, que as crianças devem frequentar, fica há cerca de 8 km e não há veículo para transportar os alunos. O antigo colégio onde estudavam, foi desativado e os estudantes transferidos.
Segundo a agricultora Rosimere do Nascimento Telles, a informação que receberam é que a mudança ocorreu por causa do número de alunos que é exigido pela Secretaria de Educação.
“Nós temos um número de 55 alunos e eles disseram que a escola não ia fechar, que aqui ia continuar com alfabetização. E depois ninguém veio mais nos dar explicação. Porque tirar tudo o que a gente tem aqui e levar para o N11, se não foi o N11 que lutou por isso”.

Mas, por falta de transporte, os alunos estão há cerca de 15 dias sem frequentar o colégio. “Algumas mães aqui foram até a escola do N11 e disseram para elas que o transporte não estava vindo ainda porque não foi pago o dinheiro do motorista. As aulas começaram dia 5 de fevereiro e elas estão todas prejudicadas, por causa dessa falta de ônibus e nós temos a escola. Mas ela esta fechada e nossas crianças correndo risco”, ressalta a dona de casa Mariane Dias.
A vice presidente da Associação de Moradores, Maria Wilma de Souza, informou que um ofício já foi enviado à Secretaria de Educação de Petrolina, solicitando o retorno da escola. “A gente reivindica que a escola volte a funcionar no Serrote Pelado. Estamos vendo que aqui não tem nenhuma segurança para as crianças que estão indo para o N11”.
Em nota, a Secretaria de Educação de Petrolina informou que a solução do caso referente ao pagamento dos prestadores de serviço do transporte escolar está na fase de conclusão e que a assinatura do contrato com a empresa que venceu o processo de licitação será feita ainda neste mês de fevereiro. Enquanto isso, as crianças continuam sem ter como frequentar o colégio.

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