Entrevista cedida pela psicóloga Marisa de Abreu para o repórter Sérgio Teixeira - jornal Folha da Região
Traição digital
1) Existe diferença entre traição no mundo real do mundo virtual? Qual?
Psicóloga: Sim, a diferença é que as pessoas acreditam que enquanto não houver contato físico não existirá traição. Mas precisamos definir o que seria traição, na verdade a traição pode ser emocional ou física.
Um bom parâmetro para definir traição pode ser o sigilo, ou seja, a pessoa que está se relacionando com outra via internet mantém esta relacionamento em sigilo? Se seu (ou sua) parceiro souber ficará bravo? Se a reposta for sim estamos sim falando de traição.
2) O que pode levar o parceiro a usar a internet para se relacionar virtualmente ou encontrar outros parceiros para um relacionamento paralelo?
Psicóloga: O ser humano de forma geral é motivado pela adrenalina, e os relacionamentos via internet oferecem muita adrenalina. O suspense e a imaginação ficam a mil. Não significa que esta pessoa não tenha um relacionamento satisfatório em casa, mas ele pode passar a considerar insatisfatório pois começa a comparar seu relacionamento real, com todas as verdades do dia a dia, com algo que está repleto de “perfeição” – que não se manterá quando, e se, este relacionamento virtual passar para vida real.
3) A impressão de que o avanço da internet favorece um maior número de traições está correta? Por que?
Psicóloga: Quanto mais ocasiões mais ladrões. É mais fácil fazer regime quando não há um só doce em seu armário ou geladeira, da mesma forma é mais fácil não trair virtualmente quando não há computador, internet rápida, etc. Mas não seria justo perdermos todas as facilidades que a internet oferece apenas para evitar traições. O ideal é cada um pensar um pouco a respeito e antes mesmo de entrar nessa saber o quanto vale a pena, ou não, manter o relacionamento que já tem.
4) Há motivos mais comuns que levam uma pessoa a trair?
Psicóloga: Há as pessoas que traem para fugir de suas realidades chatas e sem graça em seus relacionamento, há as pessoas que não conseguem sair de relacionamentos falidos e apelam para a traição para terem coragem de tomar uma atitude, mas também há pessoas que traem simplesmente porque não conseguem gerenciar seus impulsos. Claro que um novo relacionamento é sempre muito emocionante e gostoso, mas será que é valido passar a vida em busca de novos e emocionantes relacionamentos?
5) Quais problemas psicológicos a pessoa traída num relacionamento afetivo está sujeita? Quem trai também pode sofrer danos emocionais?
Psicóloga: Quem trai sofre, mas vamos e venhamos, irá sofrer quando for descoberta. O que sofre enquanto não foi descoberto, normalmente, é o que tem um nível de consciência mais elevado, e trata-se de um sofrimento que o faz pensar, elaborar sua situação atual e chegar a uma decisão. O sofrimento vem desta postura “em cima do muro”, e o empurra para uma tomada de decisão muito mais saudável.
6) Como a psicoterapia pode ajudar quem traiu ou foi traído a superar a situação?
Psicóloga: A pessoa que foi traída precisa identificar qual a melhor atitude: perdoar ou partir pra frente. Cada caso é um caso. Se ela perdoar estará fazendo isso porque a outra pessoa merece ou porque “precisa” deste relacionamento. Vale a pena engolir este sapo ou este relacionamento sofreu apenas mais um obstáculo entre tantos que passou e que passará ainda? A psicoterapia ajuda a identificar seus valores, suas prioridades e quais as atitudes que fariam bem para sua saúde mental.
No que see refere a pessoa que traiu podemos indicar a psicoterapia para receber ajuda a entender o porque desta traição. Será que não seria melhor romper de vez o relacionamento atual? Ou será que não há soluções melhores para ter uma vida mais ativa e interessante com o parceiro atual? Entender qual a sua realidade, entender o que o levou a traição, será que ele tem medo de manter um bom relacionamento e está boicotando algo que pode ser muito bom? Estas respostas são fundamentais
Descubra se seu parceiro é infiel na rede
Por: Jornalismo Nós Mulheres. Fonte: Psicóloga Diana Huh – CRP: 06/103010
Entrevista cedida pela psicologa Marisa de Abreu para revista Capricho
Namoro e paquera virtual
Quais as principais diferenças entre o relacionamento pela internet e o da vida real?
Psicóloga: Pela internet há a possibilidade da mentira, ou da “verdade desejada”. Relacionamento pela internet não há convivência espontânea, mas sempre convivência com hora marcada e tempo limitado, há palavras que podem ser manipuladas. Na convivência há olhares, gestos, e posturas que dizem muito mais.
Como a garota pode perceber se o menino quer ou não levar o romance para a vida real?
Psicóloga: Simples, se ele propor uma vida real, ou seja um encontro. Caso ele fique muito tempo só na internet significa que ele está viciado num mundo de sonhos e fantasias e que não tem interesse em lidar com a espinha no rosto, o mal hálito e todas as adversidades de fortalecem ou definem o relacionamento.
E o que ela deve fazer para passar o namoro para o "cara a cara"?
Psicóloga: Dizer que é isso que pretende. Que a internet é excelente para o ponta pé inicial mas que é limitada. Gostaria de pode poder sentir a pessoa com todas suas características e trejeitos
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