Aumento de recompensa |
Onze testemunhas de acusação foram ouvidas nesta quarta (25), segundo dia da audiência de instrução sobre o assassinato do promotor de Itaíba, Thiago Faria Soares, morto em 2013, no Agreste do estado. O caso está sob responsabilidade da 36ª Vara Federal. As ouvidas foram feitas de forma presencial, no edifício-sede da Justiça Federal em Pernambuco, Zona Oeste do Recife, e através de videoconferência.
Ao todo, o juízo da 36ª Vara Federal ouviu 16 testemunhas de acusação. No primeiro dia da audiência de instrução, cinco pessoas já haviam prestado depoimento. Nesta quinta (26), começam a ser ouvidas as 32 testemunhas indicadas pela Defesa. A expectativa é que todos prestem depoimento até a próxima sexta.
Além das ouvidas, a Justiça também deve interrogar quatro dos cinco réus no processo, que se encontram presos no Centro de Triagem (Cotel), Abreu e Lima, Grande Recife. São eles: José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva. O quinto réu, Antônio Cavalcante Filho, está foragido e, por isso, o processo dele foi desmembrado para não prejudicar o andamento da investigação.
Entenda o caso
O crime ocorreu em 14 de outubro de 2013. O promotor foi morto quando seguia de Águas Belas para Itaíba, cidade onde trabalhava. A motivação, segundo a PF, envolveu uma disputa pelas terras da Fazenda Nova. O fazendeiro José Maria Barbosa perdeu a posse para a noiva do promotor, em um leilão da Justiça Federal, e teve que deixar o imóvel. Em entrevista exclusiva à TV Globo, na época do crime, o fazendeiro negou ter cometido o homicídio. A Polícia Civil, que iniciou as investigações, apontou que Barbosa teria contratado o cunhado, Edmacy Ubirajara, para matar Thiago Faria. Ubirajara chegou a ser preso, mas foi liberado.
A denúncia contra os cinco réus foi oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF). A Polícia Federal (PF) denunciou o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, 55, como o mandate do homicídio doloso, motivado por disputa de terras. Além dele, serão julgados, por participação no planejamento e execução do crime, José Maria Domingos Cavalcante, 55, Antônio Cavalcante Filho, 26, Adeíldo Ferreira dos Santos, 26, e José Marisvaldo Vitor da Silva, 42. Todos também vão responder pela tentativa de homicídio contra Misheva Freire Ferrão Martins, noiva do promotor na época, e Adautivo Martins, tio dela. Os dois estavam no mesmo veículo do promotor no dia do crime, mas não foram atingidos pelos disparos
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