sexta-feira, 27 de março de 2015

Em PE, 11 testemunhas de acusação depõem sobre morte de promotor

Aumento de recompensa
Onze testemunhas de acusação foram ouvidas nesta quarta (25), segundo dia da audiência de instrução sobre o assassinato do promotor de Itaíba, Thiago Faria Soares, morto em 2013, no Agreste do estado. O caso está sob responsabilidade da 36ª Vara Federal. As ouvidas foram feitas de forma presencial, no edifício-sede da Justiça Federal em Pernambuco, Zona Oeste do Recife, e através de videoconferência.
Ao todo, o juízo da 36ª Vara Federal ouviu 16 testemunhas de acusação. No primeiro dia da audiência de instrução, cinco pessoas já haviam prestado depoimento. Nesta quinta (26), começam a ser ouvidas as 32 testemunhas indicadas pela Defesa. A expectativa é que todos prestem depoimento até a próxima sexta.

Além das ouvidas, a Justiça também deve interrogar quatro dos cinco réus no processo, que se encontram presos no Centro de Triagem (Cotel), Abreu e Lima, Grande Recife. São eles: José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva. O quinto réu, Antônio Cavalcante Filho, está foragido e, por isso, o processo dele foi desmembrado para não prejudicar o andamento da investigação.

Entenda o caso

O crime ocorreu em 14 de outubro de 2013. O promotor foi morto quando seguia de Águas Belas para Itaíba, cidade onde trabalhava. A motivação, segundo a PF, envolveu uma disputa pelas terras da Fazenda Nova. O fazendeiro José Maria Barbosa perdeu a posse para a noiva do promotor, em um leilão da Justiça Federal, e teve que deixar o imóvel. Em entrevista exclusiva à TV Globo, na época do crime, o fazendeiro negou ter cometido o homicídio. A Polícia Civil, que iniciou as investigações, apontou que Barbosa teria contratado o cunhado, Edmacy Ubirajara, para matar Thiago Faria. Ubirajara chegou a ser preso, mas foi liberado.

A denúncia contra os cinco réus foi oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF). A Polícia Federal (PF) denunciou o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, 55, como o mandate do homicídio doloso, motivado por disputa de terras. Além dele, serão julgados, por participação no planejamento e execução do crime, José Maria Domingos Cavalcante, 55, Antônio Cavalcante Filho, 26, Adeíldo Ferreira dos Santos, 26, e José Marisvaldo Vitor da Silva, 42. Todos também vão responder pela tentativa de homicídio contra Misheva Freire Ferrão Martins, noiva do promotor na época, e Adautivo Martins, tio dela. Os dois estavam no mesmo veículo do promotor no dia do crime, mas não foram atingidos pelos disparos
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