Num dia
nublado, as areias de Copacabana praticamente vazias contrastam com as
pistas tomadas por manifestantes
O ato antigoverno do Rio de Janeiro
deste domingo (15) reuniu milhares de pessoas na orla de Copacabana. As
duas pistas da Avenida Atlântica tiveram que ser interditadas por causa
da quantidade de manifestantes.
Às 11h, segundo a última avaliação
da PM, o público era de 15 mil. Não houve qualquer registro de confusão
mais séria até o fim da manifestação, por volta das 13h: alguns pequenos
desentendimentos aconteceram com pessoas que mostraram apoio ao governo
e à Petrobras e foram vaiados.
Manifestante participa de ato em Copacabana
com o rosto pintado
O ato foi convocado pelas redes sociais, por grupos como o Vem Pra Rua. "Toda
mobilização foi pela internet, Facebook. A militância do PT tentou
invadir nossa página cinco vezes. Estou emocionado, surpreso. Esperava
mil pessoas. Já falaram dez mil, mas não sei. Prefiro acreditar no que a
polícia diz, cofio mais nela do que no IBGE, onde Lá tem muia gente do
PT", disse Dênis Abreu, do Vem Pra Rua.
O clima era pacífico: manifestantes
exibiam camisas e bandeiras brasileiras, pintavam o rosto, apitavam,
batiam panelas e cantavam. Pessoas de diferentes idades e famílias
inteiras participavam do protesto.
O público reunia manifestantes de diferentes idades e correntes
ideológicas. Entre as faixas e cartazes mais frequentes estavam críticas
a presidente Dilma Rousseff, pedidos para a saída do Partido dos
Trabalhadores (PT) e da presidente do poder e pedidos pelo fim da
corrupção.
Grupo fez cartazes para manifestação em
Copacabana
"Estamos indignados. Falamos com um
pouco de graça, mas sobre o que deixa todos os brasileiros estupefatos",
diz Emilia Grossman, que veio com a filha, o marido e mais uma amiga do
mesmo prédio onde mora em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Eles
exibiram cartazes com trocadilhos com críticas ao PT e ao governo.
A manifestação também reuniu pedidos isolados por intervenções militares, inclusive com cartazes e faixas.O
motoboy Alex Andrade exibia uma camisa com esse pedido. "Pelo o que a
minha mãe me contou, era bem melhor. Não estou dizendo que vai ser o
paraíso, o início vai ser difícil".
Questionado sobre as torturas, Alex
respondeu que isto se limitaria a uma parte da população. "Isto
aconteceria com os criminosos, eu acho. Não com as pessoas de bem",
disse.
Outros manifestantes, porém criticavam a suposta aproximação do governo com Cuba e pediam democracia.
Mulheres batem panela durante o protesto (Foto: Gabriel Barreira/ G1)
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