Rio Amazonas
Floresta Amazônica
A Floresta Amazônica é considerada a maior bacia hidrográfica do planeta, já que 80% de água doce se encontra na região amazônica. Assim, o Rio Amazonas, possuindo mais de mil afluentes, é o maior e o principal rio da Amazônia.
Os rios se diferem pela coloração de acordo com determinadas substâncias e nutrientes que se encontram neles:
- água preta por causa de ácidos húmicos e fúlvicos, resultados da decomposição do húmus no solo. Nascem em terrenos de planície e carregam areia e húmus. Ex.: Rio Negro.
- águas claras como são pouco ácidos, nascem dos escudos cristalinos. Ex.: Rio Tapajós.
- águas barrentas provém de regiões montanhosas proporcionando esta coloração. Ex.: Rio Amazonas.
Principais Rios Amazônicos
Rio Negro
O rio negro possui essa cor por causa do húmus que é carregado para dentro do rio com as inundações. O grau de acidez de suas águas é elevado, com um pH de 3,8 a 4,9 (devido a grande quantidade de ácidos em seu interior proveniente da decomposição dos vegetais), por isso muitos insetos e mosquitos não sobrevivem na região. Este rio recebe o nome de “rio da fome” porque é pobre e possui poucos nutrientes para os peixes. Sendo o maior afluente e mais extenso rio de água negra do mundo é o segundo maior em volume d'água, perdendo somente para o rio Amazonas.
A cidade de Manaus é banhada pelo rio que percorre 1.700 km e banha a Venezuela, a Colômbia e o Brasil. Quando o rio Negro se encontra com o rio Solimões que possui uma cor clara, ele fica bicolor e na junção são nomeados rio Amazonas.
Rio Solimões
Banha o estado do Amazonas. Sua nascente encontra-se no Peru e quando entra em solo brasileiro já recebe este nome. Ao chegar em Manaus e passar por todos os seus afluentes ele atinge o comprimento de aproximadamente 1.700 km. Ele é um rio de muita influência para o Norte por que é nele que as principais atividades são realizadas, como a pesca, o transporte, o comércio, lazer e pesquisas.
Rio Amazonas
Nasce no norte da Cordilheira dos Andes e atravessa todo o norte da América do Sul. Ele faz uma trajetória de mais de 3.000 km, depois de descer no município de Benjamin Constant. Localizado no coração da Floresta amazônica, possui um volume de água enorme, capaz de arrastar por quilômetros a água do mar. É o centro da maior bacia hidrográfica do mundo e portanto o maior rio, com 6992,06km de extensão (de acordo com as medições feitas por satélite, comparando-se o Amazonas e o Nilo, pelo Instituto de Pesquisas Espaciais). Suas margens são ricas em vegetação e responsável pela alimentação da população local.
Rio Araguaia
Nasce em Goiás, nas formações do Parque Nacional das Emas, na divisa dos estados de Mato Grosso e Goiás. No período que vai de maio a outubro, ele apresenta praias de areias límpidas e ele chega a fazer um longo percurso de 2.000 km até chegar desaguar no Rio Tocantins. Devido a sua beleza, tanto na fauna, quanto na flora, atrai a atenção de muitos turistas, que procuram a pesca amadora que deve ser feita de forma consciente para não altera o ecossistema existente no rio.
Rio Nhamundá
O rio é responsável por dividir os estados do Amazonas e Pará. Possui um leito arenoso e águas azuis escuras. Com sua nascente na serra do Jatapu, ele percorre mais de 300 km até chegar ao Amazonas. Sendo bastante utilizado para atividades esportivas como a prática da pesca, é nele que se encontra um dos peixes mais famosos que atrai o pescador por causa do seu estilo de briga (eles atacam qualquer objeto que veem) – o Tucunaré.
Rio Tapajós
Percorre a extensão de 795 km, inicialmente, sendo formado pelo rio Arinos e Jurena. Ao chegar ao seu afluente Capitão Teles Pires, recebe o nome de Tapajós. É um dos principais afluentes do Amazonas, e quando deságua no rio Amazonas não se mistura com as águas claras do rio por causa de sua composição. As águas desse rio possuem uma característica importante: são cristalinas e assim como outros rios, o Tapajós também tem sido alvo da pesca esportiva com peixes como o jáu, a piranha, o tucunaré, etc. Há empresas que até disponibilizam barcos com rádios, TV, vídeo, cozinheiros e guias para os turistas e visitantes do local. O rio banha os estados de Mato Grosso, Pará e o Amazonas.
Rio Tocantins
Esse rio nasce com o nome de Maranhão, na serra do Paraná e após chegar ao rio Paraná recebe o nome de Tocantins. Ele percorre aproximadamente 2,6 mil km até desaguar no Oceano Atlântico, perto de Belém. É bastante utilizado no deslocamento e abastecimento de populações ribeirinhas e nele também são transportados por ano cerca de 15.000 toneladas de castanha do Pará para Belém.
Rio Xingu
Com 1.979 km de extensão, o rio Xingu atravessa o Mato Grosso até chegar na Amazônia. Tendo uma bacia que cobre uma área de 531.000 km², fazendo parte dela 35 municípios, cerca de 25.000 índios vivem ao longo desse rio. Destacado por cachoeiras que possuem mais de 50 m de altura, ele é constantemente ameaçado pelo desmatamento no Brasil.
Clima Amazônico
O seu clima é o equatorial úmido com temperaturas que variam entre 22 e 28 ºC ao ano. Em um ano chove aproximadamente de 1400 a 3500 mm por ano e o clima é dividido de acordo com duas fases: a seca e a chuvosa. Com a intensidade das chuvas o nível dos rios aumentam e observamos que a vegetação, fauna e flora de algumas áreas são bastante afetadas por esse clima.
Solo Amazônico
Apesar da fartura de vegetais, o solo amazônico é pobre e arenoso, uma casquinha fina, escura com vegetais em processo de decomposição e abaixo dele um solo amarelo, composto de areia e argila.
A camada de nutrientes existentes vem das árvores que se renovam através do processo de reciclagem. Com a serapilheira (material de origem vegetal e em decomposição no solo), milhares de micro organismos, fungos, bactérias liberam nutrientes que são reabsorvidos pelas raízes de plantas ou por novas plantas que se desenvolvem com o cair de sementes.
Com o desmatamento, quando as águas das chuvas escoam pelo solo para formar os rios, elas arrastam uma infinidade de nutrientes deixando o solo ainda mais pobre. Esse processo se chama lixiviação. Somente 14% do solo amazônico é próprio para a agricultura.
Tipo de Vegetação na Amazônia
As condições climáticas e o solo de um local são um fator chave para definirmos as quantidades de espécies animais e vegetais encontradas em um região. O clima pode definir a morfologia das plantas, das árvores, dos seres vivos e a paisagem local. Por isso, a vegetação da Floresta Amazônica é bem diversa e pode ser dividida em:
- Matas de terra firme – encontradas em regiões mais altas e não são inundadas pelos rios. É afetada pelas queimadas e desmatamento e são onde encontramos as árvores de grande e médio porte, que variam entre 30 e 60 metros.
- Matas de várzea – são inundadas em curto período de tempo durante o ano, mas em regiões planas a vegetação fica coberta por água.
- Matas de igapó – encontradas em terrenos baixos, passam a maior parte do tempo inundadas e nela localizamos arbustos, cipós, musgos e a conhecida vitória-régia, um grande símbolo da Floresta.
Relevo da Amazônia
O relevo é variado e formado por planícies (terreno com pouca variação de altitude), depressões (relevo aplainado) e planaltos (terrenos elevados).
A estreita área de planície possui uma altitude de até 100 m, acompanhando os rios Amazonas, Javari, Solimões, Purus, Juruá e Madeira. Neste tipo de planície há sedimentos provenientes da deposição de aluvião (um depósito sedimentar formado nas margens dos rios e de cursos d'água). As depressões (inclinações suaves geradas pelas erosões em rochas de origem cristalinas) da Amazônia possuem uma superfície com altitude de 100 a 300 m.
Os planaltos possuem uma formação irregular, com altitude acima de 300 m e são decorrentes de processos erosivos sobre rochas sedimentares, assim temos:
- Planalto da Amazônia Oriental (com altitudes entre 400 a 500 m coberto por mata densa que percorre Manaus e vão até o Oceano Atlântico);
- Planaltos residuais Norte Amazônicos (variam entre 800 a 1.200 m de altitude), como exemplo o Pico da Neblina e o Pico 31 de março, encontrados na Serra Imerí, fronteira da Venezuela e Amazonas.
Serra de Carajás: a maior reserva de mineral da terra
Um dos maiores tesouros da Amazônia foi descoberto na serra de Carajás: a maior reserva de mineral da Terra. Lá encontramos uma grande concentração de ferro, ouro, prata, manganês, níquel, entre outros elementos, sendo considerada uma Província Mineral de Carajás por conter uma infinidade de recursos minerais e jazidas. Ela está entre os rios Xingu e Tocantins e essas riquezas atualmente são extraídas pela Companhia Vale do Rio Doce, que chega a produzir 240 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano.
A leste do estado brasileiro, no litoral, localiza-se formações recortadas pelo encobrimento das águas de vales costeiros e falésias (formação geográficas que ocorrem no litoral e são resultados do encontro violento entre o mar e a terra). Encontramos a Depressão da Amazônia Ocidental com altitudes de 100 a 200 m que abrange a maior parte da região, e também, a Depressão Marginal Norte Amazônia e a Depressão Marginal Sul Amazônica. Na área próxima ao litoral encontram-se as Depressões da Amazonia Central, uma área plana com relevos que tem por característica os vales fluviais e pequenas colinas. Ao leste, vemos um trecho com a Depressão do Araguaia-Tocantins, com superfície rebaixada. As Planícies Costeiras se encontram no litoral.
Transporte na Amazônia
Os barcos são os principais meios de transporte da Floresta Amazônica, graças a imensa quantidade de rios da região. Como as regiões são distantes e poucos habitantes possuem recursos para realizarem sua primeira viagem de avião ou comprar barcos, muitas vezes o transporte representa um problema para quem vive no local. Assim outros meios foram criados para suprir algumas dificuldades que as pessoas encontravam ao habitarem ou irem para lá. Um exemplo disso é a transamazônica, uma rodovia federal e o aeroporto de Manaus.
A Rodovia Transamazônica
A Rodovia Transamazônica foi planejada para interligar a região Norte com o resto do Brasil, durante o governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), um militar e presidente que transformou a obra num sonho faraônico, por ser gigantesca. Milhares de brasileiros atrás do sonho de obter um pedaço de terra se embrenharam na construção de uma das maiores rodovias do Brasil. Esse projeto fracassou porque a mata era muito densa e difícil de derrubar, além disso na época de chuva é impossível transitar em alguns trechos.
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