Cerca de 700 imigrantes estão desaparecidos nas águas do Canal da Sicília após o naufrágio do pesqueiro no qual viajavam com destino à Itália, confirmou neste domingo (19) a porta-voz do agência da ONU para refugiados (Acnur) na Itália, Carlotta Sami.
Sami explicou que um dos 28 sobreviventes do naufrágio assegurou que na embarcação viajavam cerca de 700 pessoas. Se estes números forem confirmados, será "a pior tragédia jamais vista no Mediterrâneo", afirmou a porta-voz
Segundo um testemunho, relatado por Sami, a guarda costeira italiana recebeu um pedido de socorro durante a noite no qual lhes avisaram que o barco no qual viajavam estes imigrantes estava em perigo.
Perante a impossibilidade de chegar a tempo, a guarda costeira pediu ao navio português King Jacob, que navegava perto da região, para desviar até o local do acidente.
Quando o navio português se aproximava da embarcação na qual viajavam os imigrantes, estes "se colocaram todos no mesmo lado da embarcação e provocaram seu afundamento".
A embarcação portuguesa iniciou então os trabalhos de resgate, enquanto se deslocavam para o local naves da guarda costeira italiana, da guarda de finanças e da marinha militar, bem como da marinha de malta, pois a tragédia aconteceu em águas próximas à ilha.
Neste momento, as embarcações da Itália e de Malta trabalham na busca de sobreviventes. Nas últimas duas semanas, 2 acidentes semelhantes no Mediterrâneo deixaram cerca de 450 mortos, de acordo com a agência France Press.
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