Dois homens foram presos na noite desta terça-feira (14) no Distrito Federal suspeitos de aplicar golpe para revalidar diplomas de medicina de estudantes brasileiros graduados na Bolívia e na Rússia. A prisão ocorreu em um shopping no Guará . Segundo a polícia, os suspeitos cobravam R$ 50 mil para que o diploma fosse revalidado no Brasil.
De acordo com a polícia, Jurandir de Medeiros Júnior, de 37 anos, que se disse advogado em Caldas Novas (GO), e Jorge Martins Júnior, de 32, que se apresentou como estudante de medicina em São Paulo, usavam documentos falsos em que apareciam como tendo nacionalidade boliviana.
A dupla, que se apresentava como representante da Associação Médica do Mercosul, uma entidade inexistente, e ofereciam um curso falso para a legalização do documento. De acordo com a polícia, eles pediam uma entrada que variava de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil. Os dois ainda diziam ter um convênio com o governo do Distrito Federal, pelo qual ofereciam aos interessados a possibilidade de emprego com salários de até R$ 30 mil mensais, segundo a polícia.
Com os dois suspeitos do golpe foram encontrados 27 certificados de brasileiros que estudaram na Bolívia e um na Rússia, R$ 1,5 mil em dinheiro, US$ 1,5 mil e um carro com placa boliviana. Eles responderão por estelionato, uso de documentos falsos e associação criminosa. A soma das penas chega a 15 anos de prisão."Como existia esse diferencial da contratação aqui em Brasília, pela necessidade da contratação aqui em Brasília de médicos, acabavam mais pessoas procurando [pela revalidação] e de maneira rápida [a dupla] acabou aplicando o golpe em várias pessoas", disse o delegado Jefferson Lisboa.
Para revalidar um diploma estrangeiro, o Ministério da Educação (MEC) exije o cumprimento de sete requisitos, entre eles a formação de uma comissão para avaliar a equivalência da grade curricular, duração do curso e bibliografia exigida. A revalidação só pode ser feita por instituição pública de ensino. Todas as regras estão disponíveis no site do MEC.
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