quarta-feira, 8 de abril de 2015

Índice de homicídios aumenta quase 60% em relação a 2014 em Petrolina

Delegado da Polícia Civil Magno Neves em Petrolina (Foto: Amanda Franco/ G1)
Delegado da Polícia Civil Magno Neves (Petrolina)
O primeiro trimestre de 2015 apresentou um aumento no número de homicídios de 59% em relação ao mesmo período do ano passado em Petrolina, no Sertão pernambucano. Dos crimes, metade está relacionada ao tráfico de drogas, segundo investigação da Polícia Civil.
Delegada Sara Machado da Polícia Civil em Petrolina (Foto: Amanda Franco/ G1)Delegada Sara Machado da Polícia Civil em
Petrolina (Foto: Amanda Franco/ G1)
Nos três meses, Petrolina teve 35 homicídios em 2015, enquanto em 2014 o número foi de 22. Em abril, até esta terça-feira (7), foram registrados mais dois casos de morte violenta que ocorreram no último final de semana, resultando em um total de 37 mortes no ano. Até a mesma data do ano passado, abril tinha registrado um homicídio, ficando no total de 23, 14 a menos que 2015.
De acordo com a responsável pela Delegacia de Homicídios em Petrolina, Sara Machado, as investigações indicam que os últimos crimes ocorridos são por disputa de territórios e conflitos entre os grupos de tráfico. “Existe muita disputa territorial entre os traficantes, pois quando você tem o combate desta criminalidade, a tendência é eles entrarem em atrito. A curto prazo a gente tem estes altos números, mas a longo prazo existe uma estabilização”, explicou Sara Machado.
Investigações da morte do PM
O delegado da 26ª Delegacia de Polícia Civil, Magno Neves, que também está responsável por investigações sobre as mortes na cidade, explica que em algumas delas o inquérito já foi concluído, como do policial militar assassinado na madrugada do dia 1º de março por usuários de drogas. Segundo o delegado, quatro pessoas estão envolvidas no crime. Uma delas foi morta dias após o homicídio e a polícia afirma que não há informações sobre a motivação. Os outros três estão foragidos e já estão com mandados de prisão preventiva decretados.
“Nós chegamos a estas pessoas após analisar as imagens das câmeras de segurança do local que indicavam as pessoas que estavam cercando o policial dentro do bar e dos veículos que foram captados. Depois disso, identificamos os donos, os veículos e quem estavam com eles no momento”, disse.
O suspeito de ter atirado e matado o policial já era foragido no estado da Bahia e contra ele havia um mandado de prisão em aberto pelo crime de homicídio.
Investigação do tiroteio à casa de shows
Segundo o delegado Magno Neves, o policial militar da Bahia suspeito de ter atirado em duas pessoas em uma casa de shows no Bodódromo, no bairro Areia Branca, no dia 28 de fevereiro, está em liberdade. O caso corre em segredo de justiça e, por isso, não foi possível dar mais informações.
O policial estava em uma festa e, durante uma briga, puxou a arma e atirou contra um homem, de 40 anos, que morreu dias depois no Hospital Universitário. A outra pessoa atingida foi uma segurança da casa de shows que teve ferimento na virilha. Ela foi medicada e liberada em seguida.

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