Em uma sessão sem votação de projetos, os vereadores da Câmara Municipal de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, aproveitaram esta quinta-feira (23), para discutir a implantação do piso nacional de salário, para os agentes comunitários de saúde. Quem também aproveitou a ocasião para fazer reivindicações, foram os moradores do Residencial Monsenhor Bernardino.
O espaço da plenária foi cedido para uma reunião entre os agentes comunitários e a prefeitura de Petrolina. Na Casa Plínio Amorim estavam presentes todos os membros da Associação dos Agentes Comunitários de Saúde de Petrolina (Acosap) que pediam a implantação do piso salarial nacional. “É um piso garantido na lei, é uma lei nacional e estamos apenas pedindo ao senhor gestor que implante o nosso piso aqui na cidade de Petrolina, que é de R$1.014. Hoje recebemos um salário mínimo”, explica a secretária da Acosap, Dilma de Souza.
A secretária de saúde de Petrolina, Lúcia Giesta, escutou as reivindicações da classe, no intuito de chegar a uma solução. “Existe uma lei que ainda não foi regulamentada e previsão de recurso do governo federal que nós ainda não recebemos”, disse a secretária.
Os moradores do Residencial Monsenhor Bernardino também aproveitaram a sessão para protestar. “Queremos nossa casa. A gente participa do programa 'Minha Casa, Minha Vida', e a gente tem direito. Foram entregues as casas, mas ficaram 243 desocupadas e ai reuniu uma equipe, que foi lá e ocupou e agora querem despejar a gente”, disse a dona de casa Thayara Rannyella Barros.
Em nota, a Prefeitura de Petrolina informou que o novo piso, no valor de R$ 1.014 só entra em vigor depois que o projeto de lei for criado, aprovado e sancionado pelo prefeito. A previsão é de que isso aconteça até o mês de maio. Devem ser beneficiados 122 agentes comunitários de saúde e 467 agentes de endemias. Já sobre a situação das famílias que ocuparam as casas no residencial Monsenhor Bernardino, a prefeitura não se pronunciou.
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