O
promotor da Câmara de Cassação Penal argentina, Javier de Luca, rejeitou nesta
segunda-feira a denúncia do falecido Alberto Nisman contra a presidente do
país, Cristina Kirchner, por suposto encobrimento de
terroristas, informaram fontes jurídicas nesta segunda-feira (20).
Nisman
apresentou no dia 14 de janeiro, quatro dias antes de ser encontrado morto em
circunstâncias não esclarecidas. Em sua reivindicação, o promotor afirmava que
a presidente argentina, o chanceler Héctor Timerman e outros colaboradores do
governo fizeram uma manobra para encobrir os supostos autores iranianos do
atentado contra a associação judaica Amia ocorrido em Buenos Aires em 1994, do
qual Nisman estava encarregado de investigar.
"Desisto com fundamento do recurso interposto pelo colega que me antecedeu na etapa. Não é possível avançar nas propostas processuais de prova de alguns fatos da denúncia porque tais fatos não configuram delito", justificou De Luca, em linha com o que foi defendido pelo juiz Daniel Rafecas em primeira instância e com a maioria da Câmara Federal.
A sentença do promotor De Luca será levada em conta pela Cassação Penal quando for decidido se será aceita a apelação de Moldes e se será ordenada a continuação da investigação ou se, em linha com a opinião do promotor, será rejeitada a denúncia de Nisman.
Nisman colocava no centro da operação de encobrimento o memorando assinado entre Argentina e Irã em 2013, que supostamente serviria para suspender os alertas emitidos pela Interpol contra os suspeitos em troca da venda de petróleo iraniano à Argentina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário