Um grupo de brasileiros que realiza trabalho voluntário em Katmandu, no Nepal, se assustou com o novo tremor de magnitude 7,3 que atingiu o país nesta terça (12), que matou ao menos 37 pessoas e feriu mais de mil.
O sismo de grande intensidade atingiu o país menos de 20 dias depois que um outro terremoto de magnitude 7,8 causou a morte de mais de 8 mil e destruiu milhares de imóveis e monumentos. Ainda há buscas por desaparecidos.
“A gente achou que fosse mais um tremor pequeno, mas ele foi aumentando e cresceu tanto que corremos para fora da casa. Eu estava na varanda quando tudo aconteceu. Outro grupo que trabalha com a gente aqui também relatou o desmoronamento de vários edifícios que já tinham sido danificados pelo outro terremoto”, afirmou.
Junto a Felipe está Debora Ramos, de Ipatinga (MG), Nathalia Dal Moro, de Foz do Iguaçu (PR), Edgard Garcia, do Rio de Janeiro, Beatriz El-Bainy, de Cabo Frio (RJ), e Yuri Breder, de Campo Grande (MS).
“A primeira vez que aconteceu um tremor [em 25 de abril] ele foi muito forte. Eu não conseguia nem ficar em pé. Demorou um tempo para digerirmos o que havia acontecido e ver a gravidade da coisa. Esse [tremor desta terça] veio bem forte e a gente está com um pouco de medo porque não sabemos o que pode vir por aí. Mas, por enquanto, não queremos voltar para o Brasil”, complementou.
Em determinado momento da entrevista, Filipe interrompeu a ligação porque um tremor secundário atingia a capital nepalesa. “Eu estou no terceiro andar da casa, tenho que ir para fora”, disse ele, mantendo a calma.
“Com tudo o que está acontecendo, nós mudamos o foco do nosso trabalho. Nosso projeto passou agora a ajudar a população das montanhas, região mais atingida pelos terremotos”, explicou Filipe, que integra o projeto Missão Nepal, organizado pelo Centro de Treinamento Ministerial Diante do Trono.
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