O número de captações de órgãos em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, aumentou nos quatro primeiros meses de 2015. Enquanto de janeiro a abril de 2014 foram registrados seis captações, em 2015 o número dobrou, 12 órgãos foram doados.
Os dados são da Organização de Procura de Órgãos (OPO) no município. De acordo com a gerente da OPO, Samyra Moraes, atualmente já existe uma facilidade maior para lidar com a morte e um esclarecimento sobre os mitos que envolvem doação. “A nossa responsabilidade é encontrar um doador em potencial, manter o órgão em bom estado e conseguir autorização da família e percebemos que elas estão mais conscientes”, disse.
Mesmo com o aumento de órgãos captados, ainda há um índice elevado de negativa, que a rejeição das famílias em permitir a doação dos órgãos de parentes com morte encefálica. Segundo Samyra, enquanto no Brasil o percentual de negativa é de 40%, em Petrolina é de 67%.
Os órgãos captados em Petrolina são levados para Recife, local onde são feitos os transplantes. A fila para transplante é regional. Das doações realizadas, a maioria foi de fígado e rins, mas delas, quatro foram coração. “A central de Transplante conta muito com Petrolina para os transplantes de coração, pois a maioria que sai daqui é de jovens”, disse.
O procedimento entre a captação e o transplante precisa ser rápido, pois os órgãos têm uma duração curta de sobrevivência fora do corpo. Os rins aguentam por até 24h, o fígado por 12h, mas o coração suporta apenas quatro horas”, explicou.
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