sábado, 16 de maio de 2015

Crise da economia não desanima público do Feirão da Caixa no Rio

Feirão da Caixa (Foto: Lilian Quaino/ G1)

O ritmo lento da economia parece não assustar quem está empenhado em realizar o sonho da casa própria. Nesta sexta-feira, primeiro dia do 11º Feirão da Caixa, expositores tradicionais contabilizavam um movimento similar ao primeiro dia de feira de 2014.

O Feirão oferece principalmente financiamento de 80% para imóveis novos de até R$ 190 mil dentro do programa Minha Casa Minha Vida, em que o comprador tem que ter uma renda máxima de R$ 5 mil. Quem tem renda de até R$ 5.400 pode se habitar ao financiamento com recursos do FGTS.

Alex Mendonça conseguiu financiar casa própria (Foto: Lilian Quaino/ G1)Alex Mendonça conseguiu financiar casa própria
(Foto: Lilian Quaino/ G1)
Alex Mendonça, servidor público de 32 anos, ao lado de Marina Silva, sua namorada, festejava o financiamento obtido na construtora Tenda, uma das que tradicionalmente mais vende na feira. Com a compra do apartamento de dois quartos em Realengo, onde já mora, vai se casar com Marina.
"É o meu primeiro imóvel", comemorava.
O gerente de Vendas do Rio de Janeiro da Tenda, Pedro Costa, calculava fechar a sexta-feira com números próximos ao primeiro dia da feira de 2014: mais de 200 visitas ao estande e 30 vendas somente no primeiro dia.
Segundo disse, o perfil do comprador de seus imóveis não se deixa impactar pelas notícias de crise na economia, principalmente porque as regras de financiamento para imóveis dentro do programa Minha Casa Minha Vida em nada mudaram. A Caixa limitou o financiamento a 50% do valor do imóvel apenas para imóveis usados, que não são o foco da feira.
"Estamos vendo este primeiro dia com otimismo. O cliente de renda C ou D não muda de humor tão rápido como o de classe média ou alta. Ele já nasce com o sonho de ter sua casa. É um objetivo de vida", disse.

Esse mesmo objetivo vai fazer os noivos Silas Ribeiro, de 26 anos, gari da Comlurb, e Ingrid, de 24, técnica em saúde bucal, voltarem ao Riocentro, na Zona Oeste do Rio, onde acontece a feira, neste sábado (16) já com os documentos para pleitear o financiamento de um apartamento de dois quartos. Depois, vem o casamento.

"Nesta sexta já visitamos alguns estandes, fizemos simulações, e em um deles vimos que existem vários imóveis dentro do que podemos pagar. Queremos alguma coisa até R$ 100 mil", disse Ingrid.

No estande da Cury, outro que todos os anos atraiu muitos clientes, oferecendo imóveis na Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo, Carolina Peixoto, gerente de Marketing, explicava que de forma geral o primeiro dia de feira, sempre numa sexta-feira, não tem um movimento tão intenso como no fim de semana, mas atrai um cliente que vem com o objetivo de tentar fechar um negócio.

"Num dia como esses pode ser que mas negócios sejam fechados do que num fia de grande visitação", explicou.

José Domingos Correa Martins, superintendente regional da Caixa, confirmou a percepção dos expositores. Segundo disse, o sistema que registra a entrada de visitantes na feira marcou no primeiro dia um número bem próximo ao de outros anos.

"Isso nos anima. Nosso principal dia é sabado, na sexta as pessoas ainda estão trabalhando. No sábado tem o maior volume visitantes", disse.
O superintendente espera no fim dos três dias de feira um movimento semelhante ao de 2014: 58 mil visitantes e em torno de R$ 1,5 bilhões em negócios fechados.
Ele ressaltou que dos 22.300 imóveis oferecidos na feiro, 14 mil são novos, com cota de  financiamento de 80%, "maior que a de móveis usados, de 50%, justamente para fomentar a geração de emprego e renda que a construção civil fornece ao país.
Segundo o superintendente, para os mais de cinco mil imóveis oferecidos dentro dos valores do Minha Casa Minha Vida e do financiamento com recursos do FGTS, não houve qualquer alteração de taxa, prazo ou cota.

"As famílias frequentam muito a feira, costumam aproveitar as oportunidades e fechar negócios", disse.

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