A onda de calor que afeta a Índia desde a semana passada, com temperaturas próximas dos 50 graus em várias cidades, provocou a morte de mais de 800 pessoas, anunciaram as autoridades.
No estado de Andhra Pradesh (sul), o mais afetado, 551 pessoas morreram na última semana. Os hospitais foram mobilizados para receber as vítimas do calor.
As autoridades recomendam à população que permaneça em ambientes fechados e que as pessoas não saiam às ruas sem chapéu ou sem beber água, anunciou Tulsi Rani, funcionário da unidade de gestão de catástrofes do estado.
"Também pedimos às ONGs e às agências do estado que abram locais para o fornecimento de água, para que toda a população tenha acesso", disse.
Grande parte do país está sob os efeitos da onda de calor, incluindo a capital Nova Délhi.
De acordo com o jornal 'The Hindustan Times', a temperatura máxima em Délhi chegou a 45,5°C na segunda-feira, cinco graus acima da média prevista para a época.
"Estamos assando, esta visita virou um pesadelo", afirmou Meena Sheshadri, uma turista de 37 anos que mora em Pune (oeste) e visitava o 'India Gate' ao lado dos filhos.
"Bebo água o tempo todo, mas continuo com a garganta seca", disse.
No estado de Telanga, vizinho de Andhra Pradesh, 231 pessoas morreram nos últimos sete dias. As temperaturas chegaram a 48°C durante o fim de semana.
Em Orissa (leste), 11 pessoas morreram vítimas da onda de calor. A meteorologia emitiu um "alerta vermelho" para terça-feira e quarta-feira no estado, onde as temperaturas devem chegar a 45 graus.
Em Bengala Ocidental, 13 pessoas morreram e os sindicatos de taxistas recomendaram aos motoristas que reduzam o ritmo de trabalho.
Centenas de pessoas, essencialmente as mais pobres, morrem a cada verão na Índia. Dezenas de milhares sofrem com os cortes de energia elétrica, resultado de uma rede sobrecarregada.
Segundo o Hindustan Times, as condições meteorológicas provocam o risco de seca nos estados mais afetados pela onda de calor, antes do início da temporada de chuvas de monção.
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