Agricultores de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, contabilizam os prejuízos da safra de milho. Com escassez de chuva na região, a plantação de milho ficou prejudicada, restando espigas pequenas e a palha seca do milharal.
O agricultor João de Deus e Souza conta que em janeiro deste ano plantou milho nos 20 hectares de terra que ficam na zona rural de Petrolina. Mas chegou a chover apenas quatro vezes, por causa disso o cultivo não vingou. “Teve chuvas com percentual de água muito pouca para crescer. Mas quando foi para florar, para vingar o grão do milho e aí a chuva faltou. Com 50 milímetros de chuva, a gente tinha ficado com uma colheita boa”, relata.
A palha seca que sobrou da plantação está sendo destinada para a alimentação dos animais. As folhas são trituradas e colocadas nos cochos de carneiros e ovelhas e de bois e vacas. Uma alternativa encontrada para que o prejuízo não fosse ainda maior.
Em outra plantação também em Petrolina, as espigas até chegaram a brotar. Contudo, a produção ainda é muito baixa, e nem se compara ao colhido em anos anteriores. Há três anos, o agricultor Marciano de Souza Bonfim tirava mais de 50 sacas de milho dos três hectares plantados. Esse ano não vai conseguir nem dez. E que só vai servir para o consumo animal.
Marciano relata que terá que comprar o milho de outras localidades neste período junino. “Se quiser comer o milho assado, fazer uma pamonha vai ter que comprar fora. A gente fica triste de saber que a gente é agricultor e planta tudo e quando chega essa época não tem”.
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