quinta-feira, 25 de junho de 2015

Valdivia clareia, Isla acerta, Chile supera retranca do Uruguai e avança às semifinais

  • O Chile passou por mais um teste de fogo na Copa América e está a dois passos de ser aprovado no seleto grupo de campeões. Embalado de novo por mais de 40 mil torcedores no Estádio Nacional de Santiago, dominou o atual e maior campeão do torneio, o Uruguai, mostrou paciência contra a sólida defesa adversária e esbanjou opções ofensivas que já são características dos comandados de Jorge Sampaoli. Ganhou por 1 a 0 num gol que saiu numa jogada em que Valdivia mostrou como consegue limpar um lance, tocando para Isla desferir um chute indefensável para Muslera.
  • Até que ponto o acidente automobilístico em que seu pai, alcoolizado, matou um jovem, no Uruguai, na segunda-feira à noite passada, afetou Cavani em campo? Difícil resposta. O atacante teve movimentação, garra, doses de reclamação com a arbitragem e escassez de oportunidades semelhantes aos três jogos da primeira fase. A reclamação com o auxiliar no primeiro cartão amarelo foi normal, do jogo. Mas foi ingênuo ao cair na provocação de Jara. E saiu de campo com apenas uma finalização, num chutaço de primeira da intermediária que Muslera defendeu. E o lance ainda foi anulado pelo árbitro. Nem entrou na estatística, como o primeiro vermelho em 76 partidas pela Celeste.
  • O trio de arbitragem brasileiro teve trabalho. Sandro Meira Ricci precisou distribuir cartões para conter o excesso de força dos uruguaios e controlar os nervos dos chilenos. Na expulsão de Cavani, pode ter exagerado um pouco, é verdade. Mas melhor assim do que deixar um jogo como esse correr.
     

  • Arturo Vidal se mostrou totalmente recuperado do susto do acidente com sua Ferrari na semana passada. Mas faltou o gol do artilheiro da Copa América. Chegou perto, em três chutes de longe, um no primeiro tempo e dois no segundo, além de uma cabeçada em cima de Muslera. Melhor e mais participativo do que na goleada sobre a Bolívia, ainda deu um susto antes do intervalo, numa dividida, mas voltou sem qualquer problema.
  • Pela quarta vez, a torcida chilena deu um exemplo de civilidade durante o hino do adversário no Estádio Nacional de Santiago. E arrepiou com o seu. Permaneceu em silêncio enquanto os poucos uruguaios cantavam, jogou para o alto ao fim os cartões verdes levantados em sinal de respeito e entrou em campo. Com o bandeirão estendido acima da área que lembra os presos da ditadura, entoou a plenos pulmões o coro contra a opressão. Durante o jogo, pressionou a arbitragem, vaiando a cada marcação contrária, ditou o ritmo do olé nos minutos finais e saiu feliz da vida sabendo que o sonho do título em casa está cada vez mais perto.
     

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