Primeiro Reinado
D. Pedro I: a consolidação do Estado e a oposição ao mando do governo imperial.
O surgimento do
Primeiro Reinado marca definitivamente o abandono da condição de colônia e a
transformação do Brasil em uma nação politicamente soberana. Apesar do
significado histórico dessa mudança, percebemos que nosso processo
emancipatório não permitiu a conquista de outras modificações mais amplas e
significativas. Afinal de contas, os privilégios das classes dominantes e a
condição de miséria dos subalternos foram tacitamente preservados.
Apesar da manutenção dos privilégios, vemos que nessa época foram necessárias grandes ações que organizassem o Estado brasileiro. Internamente, uma primeira medida foi a discussão da primeira carta constitucional, que deveria afixar as diretrizes legais do país formado. No âmbito internacional, o governo imperial deveria buscar o reconhecimento de sua independência e o estabelecimento de relações diplomáticas que promovessem o desenvolvimento da economia.
No período que esteve à frente do governo, D. Pedro I mostrou uma liderança bastante questionável. A opção por uma constituição por ele mesmo elaborada e o pagamento de uma pesada indenização aos cofres portugueses colocavam em dúvida o seu compromisso com os interesses da população. Já em 1823, a Confederação do Equador, revolta ocorrida na região nordeste, enfrentou os desmandos da estrutura política autoritária do imperador.
Apesar da manutenção dos privilégios, vemos que nessa época foram necessárias grandes ações que organizassem o Estado brasileiro. Internamente, uma primeira medida foi a discussão da primeira carta constitucional, que deveria afixar as diretrizes legais do país formado. No âmbito internacional, o governo imperial deveria buscar o reconhecimento de sua independência e o estabelecimento de relações diplomáticas que promovessem o desenvolvimento da economia.
No período que esteve à frente do governo, D. Pedro I mostrou uma liderança bastante questionável. A opção por uma constituição por ele mesmo elaborada e o pagamento de uma pesada indenização aos cofres portugueses colocavam em dúvida o seu compromisso com os interesses da população. Já em 1823, a Confederação do Equador, revolta ocorrida na região nordeste, enfrentou os desmandos da estrutura política autoritária do imperador.
O episódio acabou não promovendo nenhuma transformação nos ditames políticos empregados pelo governo de Dom Pedro I. Valendo-se da autonomia concedida pelo Poder Moderador, o monarca ainda autorizou os enormes gastos com a Guerra da Cisplatina. Neste conflito, a população local visava dar fim ao mando do governo brasileiro. No fim do conflito, a derrota das tropas nacionais acabou fortalecendo os críticos do governo imperial.
Logo em seguida, Dom Pedro I se envolveu nas disputas que rondavam a sucessão do trono português. A preocupação do imperador com assuntos de origem lusitana também instigou a reação negativa daqueles que duvidavam do compromisso do imperador para com as questões nacionais. Em 1830, as circunstâncias obscuras que marcam o assassinato do jornalista Líbero Badaró, franco opositor do Império, contribuíram para o esfacelamento da imagem do poder imperial.
No ano seguinte, a Noite das Garrafadas, embate ocorrido entre os defensores e opositores de D. Pedro I, acabou deixando a sustentação política do imperador precária. Para contornar a situação, criou-se um ministério somente formado por brasileiros. Quinze dias depois, sem dar justificativa aparente, o imperador decidiu acabar com o ministério e reintegrar seus antigos aliados. Essa foi a gota d’água para que vários protestos forçassem a saída de D. Pedro I, que abdicou o trono em 7 de abril de 1831.
Segundo Reinado
A História do Segundo Reinado, resumo, principais acontecimentos, crise
do império, economia, política
D.Pedro II: imperador do Brasil durante o Segundo Reinado
Introdução
O Segundo Reinado é a fase da História do Brasil
que corresponde ao governo de D. Pedro II. Teve início em 23 de julho de 1840,
com a mudança na Constituição que declarou Pedro de Alcântara maior de idade
com 14 anos e, portanto, apto para assumir o governo. O 2º Reinado terminou em
15 de novembro de 1889, com a Proclamação da República.
O governo de D. Pedro II, que durou 49 anos, foi
marcado por muitas mudanças sociais, política e econômicas no Brasil.
Política no Segundo Reinado
A política no Segundo Reinado foi marcada pela
disputa entre o Partido Liberal e o Conservador. Estes dois partidos defendiam
quase os mesmos interesses, pois eram elitistas. Neste período o imperador
escolhia o presidente do Conselho de Ministros entre os integrantes do partido
que possuía maioria na Assembleia Geral. Nas eleições eram comuns as fraudes,
compras de votos e até atos violentos para garantir a eleição.
Término da Guerra dos Farrapos
Quando assumiu o império a Revolução Farroupilha
estava em pleno desenvolvimento. Havia uma grande possibilidade da região sul
conseguir a independência do restante do país. Para evitar o sucesso da
revolução, D.Pedro II nomeou o barão de Caxias como chefe do exército. Caxias
utilizou a diplomacia para negociar o fim da revolta com os líderes. Em 1845,
obteve sucesso através do Tratado de Poncho Verde e conseguiu colocar um fim na
Revolução Farroupilha.
Revolução Praieira
A Revolução Praieira foi uma revolta liberal e
federalista que ocorreu na província de Pernambuco, entre os anos de 1848 e
1850. Dentre as várias revoltas ocorridas durante o Brasil Império, esta foi a
última. Ganhou o nome de praieira, pois a sede do jornal dirigido pelos
liberais revoltosos (chamados de praieiros) situava-se na rua da Praia.
Guerra do Paraguai
Conflito armado em que o Paraguai enfrentou a
Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) com apoio da Inglaterra. Durou
entre os anos de 1864 e 1879 e levou o Paraguai a derrota e a ruína.
Ciclo do café
Na segunda metade do século XIX, o café tornou-se o
principal produto de exportação brasileiro, sendo também muito consumido no
mercado interno.
Os fazendeiros (barões do café), principalmente
paulistas, fizeram fortuna com o comércio do produto. As mansões da Avenida
Paulista refletiam bem este sucesso. Boa parte dos lucros do café foi investida
na indústria, principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro,
favorecendo o processo de industrialização do Brasil.
Imigração
Muitos imigrantes europeus, principalmente
italianos, chegaram para aumentar a mão-de-obra nos cafezais de São Paulo, a
partir de 1850. Vieram para, aos poucos, substituírem a mão-de-obra escrava
que, devido as pressões da Inglaterra, começava a entrar em crise. Além de
buscarem trabalho nos cafezais do interior paulista, também foram para as
grandes cidades do Sudeste que começavam a abrir muitas indústrias.
Questão abolicionista
- Lei Eusébio de Queiróz (1850): extinguiu
oficialmente o tráfico de escravos no Brasil
- Lei do Ventre Livre (1871): tornou livres os
filhos de escravos nascidos após a promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade aos
escravos ao completarem 65 anos de idade.
- Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa Isabel,
aboliu a escravidão no Brasil.
Bandeira do Brasil durante o Segundo Reinado
Crise do Império
A crise do 2º Reinado teve início já no começo da
década de 1880. Esta crise pode ser entendida através de algumas questões:
- Interferência de D.Pedro II em questões
religiosas, gerando um descontentamento nas lideranças da Igreja Católica no
país;
- Críticas e oposição feitas por integrantes do
Exército Brasileiro, que mostravam-se descontentes com a corrupção existente na
corte. Além disso, os militares estavam insatisfeitos com a proibição, imposta
pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam dar declarações na
imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;
- A classe média brasileira (funcionário públicos,
profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes)
desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país.
Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar a
implantação da República no país;
- Falta de apoio dos proprietários rurais,
principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior
poder político, já que tinham grande poder econômico. Fazendeiros de regiões
mais pobres do país também estavam insatisfeitos, pois a abolição da
escravatura, encontraram dificuldades em contratar mão-de-obra remunerada.
Fim da Monarquia e a Proclamação da República
Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da
Fonseca, com o apoio dos republicanos, destituiu o Conselho de Ministros e seu
presidente. No final do dia, Deodoro da Fonseca assinou o manifesto proclamando
a República no Brasil e instalando um governo provisório.
No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família
imperial brasileira viajaram para a Europa. Era o começo da República
Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo, de forma provisória, o
cargo de presidente do Brasil.
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