Em Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, um adolescente de 14 anos morreu na Unidade de Terrapia Intensiva (UTI) do Pronto Socorro São Francisco e os dois irmãos do rapaz, ambos de 19 anos, estão em observação no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, em Recife, até a conclusão de um diagnóstico. Existe uma suspeita de que eles tenham contraído Difteria, uma doença infecciosa, de transmissão respiratória, que pode ser prevenida pelo uso de vacinas. Há apenas casos esporádicos em todo país.
Segundo nota de esclarecimento divulgada pela médica Patrícia Belfort de Carvalho, da UTI do Pronto Socorro São Francisco em Salgueiro, o adolescente de 14 anos deu entrada no Hospital Regional da cidade no dia 30 de agosto em estado gravíssimo por infecção respiratória. Ele ficou internado por três dias, até que a doença evoluiu para uma insuficiência respiratória grave e teve que ser transferido para a UTI do Pronto Socorro São Francisco na última quinta-feira (3).
De acordo com a nota, o paciente foi submetido a uma traqueostomia de urgência e foi adaptado à ventilação mecânica. A partir de então, começou uma investigação sobre a causa da infecção. Contudo, os dois irmãos, de 19 anos, também apresentaram queixas semelhantes, porém sem tanta intensidade. Para um diagnóstico preciso, foram feitos exames nos três pacientes e coletadas culturas de sangue e secreção de traquéia que foram enviadas para laboratório.
Com a agravação do estado do adolescente, a UTI São Francisco solicitou uma vaga na UTI especializada em doenças infecciosas e parasitárias no Hospital Universitário Osvaldo Cruz, em Recife. A transferência aconteceria no sábado (5), em uma ambulância aérea, às 6h da manhã, mas o jovem teve falência múltipla e veio a óbito.
Os irmãos de 19 anos foram transferidos de ambulância para o Osvaldo Cruz e encontram-se ainda na área de Doenças Infecto Parasitárias (DIP) para a conclusão de um diagnóstico. Os exames estão em andamento no Laboratório Central do estado para investigação.
O médico que acompanha os dois irmãos é o infectologista Filipe Prohaska, do Hospital Oswaldo Cruz. Ele disse ao G1 que está sendo feita a parte de investigação e que a previsão é que o dignóstico dos adolescentes seja fechado nos próximos três a quatro dias. “Os sintomas são parecidos com o da Difteria, mas isso não é suficiente para fechar um diagnóstico. Mas nós agimos com uma muita cautela e tratamos como se fosse. Eles estão bem, em observação e devem ficar até ter a conclusão do diagnóstico”, explica.
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