Empreendedora: em
muitos países, as mulheres ainda se deparam com mais obstáculos para abrir sua
própria empresa
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São Paulo - Burocracia simplificada, um sistema jurídico eficiente e com
legislação clara, acesso a capital e fontes de investimento...Tudo isso ajuda
homens e mulheres a transformar ideias em novos negócios.
Mas será que todos têm facilidade em
encontrar um ambiente propício para empreender? Infelizmente, não. Em muitos
países, as mulheres ainda se deparam com mais obstáculos no caminho para abrir
sua própria empresa.
A constatação é de uma pesquisa feita
pela Dell, que analisou o ambiente de negócios de 30 países desenvolvidos e em
desenvolvimento. O Brasil ficou em 20º na lista, com 35 pontos.
De acordo com o estudo, há cinco
fatores que impactam significativamente a forma como um país é mais ou menos
acolhedor para as empreendedoras.
Acesso ao capital
Segundo a Dell, em muitos países, é
comum associar o acesso ao capital à capacidade de se obter empréstimos. Mas o
estudo mostra que em 14 dos 30 países avaliados, 50% ou mais da população
feminina não tem acesso sequer a contas bancárias. Ter conta aberta é o
mínimo para tentar obter empréstimos bancários ou linhas de crédito e iniciar
um negócio.
Setores dominados
por homens
Outro fator que atrapalha não só o
desenvolvimento de negócios chefiados por mulheres, mas também a própria
capacidade de inovação de um país, é o estereótipo de empregos
"masculinos" e "femininos". Empreendedorismo ainda é visto,
em muitos lugares, como uma atividade para homens.
Direitos
Os direitos das mulheres devem estar
em primeiro plano. Em 22 dos 30 países avaliados no Índice, as mulheres casadas
têm menos direitos do que os homens casados, por exemplo. Outros países limitam
o acesso das mulheres aos espaços públicos através de restrições legais e
práticas discriminatórias.
"A fim de fomentar o
empreendedorismo feminino, esses países devem primeiro resolver esses problemas
fundamentais e tomar medidas no sentido de assegurar a igualdade de direitos
das mulheres", diz o estudo. Segundo o estudo, isso contribui tanto para
diferença de salário quanto para a asfixia do potencial empreendedor das
mulheres.
Educação
Preencher a lacuna da educação
feminina também é fundamental. O ensino superior não só fornece as habilidades
necessárias para crescer, mas também amplia as redes de contato empreendedoras.
Senso de
oportunidade
A capacidade de identificar
potenciais oportunidades de negócios é outro fator importante. A percepção de
oportunidade é bastante baixa, por exemplo, nos Estados Unidos e na Europa -
apenas um terço da população feminina avaliada disse identificar chances de
empreender.
Contudo, na África, esse número chega
a 69 por cento. Mesmo com os desafios em torno do acesso à educação e capital,
Gana tem mais mulheres do que homens abrindo startups, a uma taxa de 121 para
100.
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