Segundo Raul Henry, o Proupe foi um dos programas afetados pela crise.
O presidente da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape), Rinaldo Remígio, conversou nesta terça-feira (22) com o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry, sobre a suspensão e os atrasos do Programa Universidade para Todos em Pernambuco (Proupe). Também participaram do encontro, três lideranças do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da autarquia. Todos reforçaram a importância das bolsas para os alunos do interior do Estado, como forma de acesso e fortalecimento do Ensino Superior.
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Segundo dados da Associação das Instituições de Ensino Superior do Estado de Pernambuco (Assiespe), entidade da qual o professor Remígio é vice-presidente, dos 19 mil alunos das 13 autarquias pernambucanas, cerca de 8 mil são contemplados com o Proupe. Segundo ele, além dos atrasos no repasse das bolsas, as instituições estão perdendo estudantes que não têm condições financeiras de continuarem os estudos.
"O programa está acabando e estamos na luta. Em dezembro de 2015, as autarquias somavam 21 mil alunos, e agora são 19 mil. Já foram embora dois mil discentes, estudantes que deixam de dar início à realização de um sonho. Nosso objetivo aqui é pedir ao vice-governador que interceda junto a Paulo Câmara nesse pleito. Nós já fomos à Secretaria de Ciência e Tecnologia, responsável pelo programa, mas não obtivemos êxito", ressaltou.
Crise
Raul Henry garantiu que levará a pauta ao governador Paulo Câmara. No entanto, justificou que o Proupe foi um dos programas afetados com a crise econômica nacional.
"Quem paga a conta dessa crise é o povo brasileiro. Um milhão e meio de pessoas perderam o emprego no ano passado. Em Pernambuco, 80 mil pessoas ficaram desempregadas. A receita do Estado caiu R$ 3 bilhões. Estamos fazendo todo sacrifício para manter os serviços do Estado, mas nós precisamos identificar claramente de quem é responsabilidade nesse momento", completou Henry.
Para o discente Stallone Lima, do DCE da Facape, é preciso estabelecer o diálogo entre governo, autarquias e estudantes. "O universitário não pode ser penalizado por uma condição econômica do país. Solicitamos ao vice-governador que sente à mesa com os estudantes e gestores das autarquias para dialogar e encontrar uma solução. Queremos realizar nosso sonho de concluir a faculdade e contribuir com o desenvolvimento do Estado e do país", destacou.
Ascom Facape
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