JC – Conhecidos mundialmente como os “Canibais de Garanhuns”, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva vão sentar novamente no banco dos réus. A Primeira Vara Criminal de Garanhuns decidiu que o trio irá a júri popular pelos assassinatos, esquartejamento e ocultação de cadáver de outras duas mulheres na cidade do Agreste pernambucano.
O trio, que já foi condenado em 2014 pelo homicídio quadru´lamente qualificado da adolescente Jéssica da Silva Pereira, de 17 anos, em Olinda, está preso desde 2012 – quando os crimes começaram a ser desvendados pela polícia. Além de atrair as vítimas e assassiná-las, Jorge, Isabel e Bruna confirmam à Justiça que praticavam canibalismo. Em depoimento à polícia, na época, Isabel também confirmou que recheava salgados com carne humana, que eram vendidos nas ruas, comércios e até na frente de hospitais em Garanhuns.
Desta vez, o trio irá ser julgado pelas mortes de Alexandra Falcão, 20 anos, e Giselly Helena, 31. Ambos os crimes aconteceram pouco antes da prisão deles. Segundo as investigações coordenadas pela Polícia Civil, os acusados criaram uma seita imaginária chamada Cartel, que tinha por objetivo diminuir a densidade demográfica. Para isso, deveriam exterminar mulheres que tivessem filhos, mas sem condições de criá-los. Jorge Beltrão seria o mentor da seita.
A Justiça ainda não definiu a data do júri popular, porque ainda cabe recurso da defesa dos réus.
História virou livro-reportagem
Os detalhes do caso, que mais parece roteiro de filme de terror, foram publicados em livro-reportagem pelo Chiado Editora. A obra, escrita por este jornalista e blogueiro, relata a história dos três acusados e de como as vidas deles se cruzaram, como os assassinatos eram planejados e qual o desfecho dessa história tão intrigante. O livro traz ainda bastidores da cobertura jornalística e revelações inéditas das investigações. A obra está à venda nas principais livrarias do País ou pelo e-mail canibaisdegaranhuns@gmail.com.
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