Avaliação com gabarito acertos e erros
Educação Popular e Educação de Jovens e Adultos são sinônimos?
Aponte a afirmação correta.
Alternativas:
Sim, a Educação Popular refere-se especificamente à EJA.
Sim, a Educação Popular e a Educação de Jovens e Adultos podem compartilhar concepções de aceitação da realidade e conformismo.
Não, a Educação Popular é uma concepção de educação empoderadora e emancipadora das classes populares, independentemente da idade.
Não, Educação Popular refere-se à educação não institucionalizada e Educação de Jovens e Adultos à educação institucionalizada.
Sim, a Educação Popular refere-se a uma concepção de educação de trabalhadores.
Resolução comentada:
Ainda hoje restam alguns equívocos quando falamos de Educação Popular. Normalmente ela é associada à Educação de Jovens e Adultos. Porém, como educação para todos, não é a faixa etária que a define e sim sua concepção de educação voltada para mobilização e organização das classes populares com o objetivo de sua emancipação e empoderamento.
Em muitos locais do Brasil existem cursos de alfabetização de adultos fora da rede institucional, mas após aprenderem “as primeiras letras” não encontram vagas, pois estados e municípios não oferecem a continuidade. O perigo é que estas pessoas recém alfabetizadas retornem à condição do analfabetismo.A partir da afirmação acima é correto afirmar que:
Quando uma pessoa jovem ou adulta é recém alfabetizada o problema já está resolvido.
Pesquisas mostram que sem a continuidade dos estudos na pós-alfabetização, pessoas regridem à condição de analfabetismo, mas a realidade é que nunca foram alfabetizadas.
A rede pública institucional não oferece alfabetização. Assim, as pessoas não têm como nelaingressar. E quando outras instituições oferecem a alfabetização, não ofertam a continuidade, pois a prioridade são as crianças.
Uma alfabetização bem sucedida pressupõe continuidade. É preponderante que os governos estaduais e municipais atendam pessoas recém alfabetizadas advindas de movimentos sociais e Organizações Não Governamentais (ONGs) para continuar os estudos.
Uma pessoa jovem ou adulta recém alfabetizada passou a vida sem fazer uso da leitura e da escrita, portanto, não incorporou em sua vida práticas letradas. A falta de continuidade dos estudos pode levá-la de volta ao analfabetismo por preguiça.
Uma alfabetização bem-sucedida não termina no curso de alfabetização, mas começa nele. Não é preguiça, é falta de uso. E a afirmação de que a prioridade são as crianças é absurda, pois a educação é direito de todos.
Durante a gestão de Paulo Freire à frente da Secretária da Educação do município de São Paulo, no governo de Luiza Erundina foi criado o Movimento de Alfabetização (MOVA), programa desenvolvido com o povo e para o povo.
Identifique se são (V) verdadeiras ou (F) falsas as afirmativas abaixo.( ) O programa MOVA pretendia criar um movimento de alfabetização independente de Paulo Freire.( ) O MOVA serviu como modelo de Educação de Jovens e Adultos para o Brasil inteiro.( ) O programa MOVA atendia as comunidades com menor número de escolas, mas era pago.( ) A participação popular promovida pelo MOVA era um processo educativo da população, porém Freire avaliou que o programa não deveria ter continuidade.( ) O programa representou um novo modelo de política pública na área da educação dos trabalhadores, implicando uma forma diferente de relacionamento entre Estado e sociedade civil e, isso incomodou autoridades internacionais.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, respectivamente.
V – F – F – F – V.
V – V – V – V – V.
F – F – V – F – V.
V – F – V – V – F.
F – V – F – F – F.
Após a experiência de Angicos e anos de exílio, ao assumir a Secretaria da Educação do município de São Paulo, Freire cria a primeira experiência do Movimento de Alfabetização (MOVA) juntamente com os movimentos sociais com os quais mantinha diálogo constante, de modo que a concepção pedagógica do programa foi se construindo no processo. O MOVA espalhou-se pelo território nacional e serviu como modelo de Educação de Jovens e Adultos para o Brasil inteiro.
No Brasil, encontramos muitos autores que defendem a alfabetização sob a perspectiva do letramento, criando uma oposição entre alfabetizar e letrar, sendo a primeira entendida apenas como a decodificação das letras e a segunda como o aperfeiçoamento da leitura e da escrita por meio do uso social.
Assinale a alternativa correta.
Emília Ferreiro não aprecia o uso social da leitura e da escrita na aprendizagem, por isso é contra o letramento.
Emília Ferreiro não faz distinção entre alfabetizar e letrar, pois para ela o processo de alfabetização é concebido por meio do uso social da leitura e da escrita.
Emília Ferreiro defende a distinção dos termos alfabetização e letramento.
Magda Becker Soares foi a responsável pela introdução do termo letramento no Brasil, mas Emília Ferreiro se contrapôs.
Emília Ferreiro foi a responsável pela introdução do termo letramento no Brasil.
Magda Becker Soares instaurou o uso do termo letramento no Brasil. A autora entende letramento como forma de alfabetizar por meio do uso social da leitura e da escrita, criando uma oposição entre alfabetizar e letrar. No entanto, para Emília Ferreiro, só se pode alfabetizar por meio do uso social da leitura e da escrita. Assim, Emília Ferreiro recusa-se a aceitar o termo letramento, pois entende que alfabetizar significa letrar.
Para que serve a avaliação na perspectiva progressista?( ) Para aplicar provas e exames para testar o conhecimento dos alunos.( ) Como instrumento amplo de acompanhamento do processo de aprendizagem.( ) Denota acompanhamento contínuo da aprendizagem.( ) Serve como instrumento de planejamento da prática pedagógica.Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
F – V – V – V.
F – V – F – V.
V – F – V – F.
V – V – F – F.
V – V – V – F.
Apenas a primeira afirmação refere-se à prática de uma educação tradicional. O trabalho com a EJA em uma concepção não bancária requer uma concepção de avaliação mais ampla, que ultrapasse a identificação de avaliação com instrumentos, tais como provas e exames. A avaliação numa concepção de educação libertadora pressupõe a avaliação como forma de acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem. Assim, a avaliação é concebida também como instrumento de diagnóstico das hipóteses dos alunos ao mesmo tempo que serve de instrumento de planejamento para os professores.
Para Emília Ferreiro, o papel do professor:
É mediar o conhecimento e ser responsável por intervenções problematizadoras que levem os alunos à desequilibração das hipóteses acomodadas.
É necessário para mediar conflitos.
É essencial, pois as crianças precisam de um figura autoritária que transmita os conteúdos.
É de observador, ele precisa fornecer livros e outros materiais escritos e deixar as crianças aprenderem sozinhas.
É desvalorizado, o aluno aprende sozinho.
Se o papel do professor fosse desnecessário não precisaria existir escolas, todos aprenderiam a ler e escrever sozinhos. No entanto, isso não acontece, pois o papel do professor é fundamental para conhecer as hipóteses dos alunos e intervir a fim de que elas avancem. Sob influência de Piaget, seu mestre, Emília Ferreiro define o conhecimento como etapas dentro de um processo, destaca que o ensino e a aprendizagem não são dissociados como se acreditava. Ela valoriza o papel do professor mediador e o do aluno como sujeito do processo de construção do conhecimento.
Para Paulo Freire, a neutralidade da educação é:
Uma verdade.
Uma falácia, pois falta de posicionamento é um posicionamento.
O princípio de sua teoria.
Uma condição para uma boa educação.
Uma necessidade.
Para o autor não existe neutralidade na educação, toda educação transmite valores e um concepção de mundo.
Paulo Freire propôs mudanças de paradigmas importantes para a educação. Do ponto de vista pedagógico, uma dessas mudanças refere-se à:
Transição de umaeducação progressista para uma educação bancária.
Deslocamento do foco daaprendizagem para o ensino.
Deslocamento do focodos conhecimentos prévios para os conteúdos.
Substituição da leiturado mundo pela leitura da palavra.
Proposição de uma educaçãocrítica e conscientizadora, baseada no diálogo, em lugar de uma educação tradicional e conservadora.
Freire criticou a educação bancária tradicional e recusou-se a aceitar avisão preconceituosa e marginalizada do analfabeto como indivíduo sem cultura,incapaz e ignorante. Ele propôs uma educação crítica conscientizadora, baseadano diálogo; uma educação problematizadora da realidade existencial dossujeitos.
Historicamente no Brasil as escolas públicas eram frequentadas pela elite. A maior parte da população foi excluída do direito à educação e, quando finalmente conseguiu acesso à escola, muitas práticas educacionais permaneceram voltadas para a elite. Este fenômeno foi chamado de:
Evasão escolar.
Falta de interesse.
Expulsão encoberta.
Abandono da escola.
Deserção escolar.
O despreparo da escola ao lidar com a entrada das crianças das classes populares causou uma expulsão destes alunos da instituição.
O passo seguinte após a Leitura do Mundo é a problematização do contexto apurado por meio da pedagogia da pergunta que pretende desestabilizar certezas construídas e criar novas possibilidades.Identifique a afirmação correta:
É correto contrapor-se à Leitura do Mundo, afinal a educação de adultos não precisa basear-se neste conceito.
O mundo é o que é, portanto temos que aceitá-lo ao invés de problematizá-lo.
A problematização da realidade só trará mais tristeza ao educando.
A Leitura do Mundo consiste apenas no primeiro passo do processo, é preciso problematizar os dados recolhidos e pensar a realidade criticamente.
A Leitura do Mundo não deve ser problematizada, ela deve ser respeitada e aceita.
A Leitura do Mundo aponta a leitura da realidade e a problematização faz parte do processo de desvelamento crítico desta realidade.
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