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sábado, 16 de maio de 2015

Crise da economia não desanima público do Feirão da Caixa no Rio

Feirão da Caixa (Foto: Lilian Quaino/ G1)

O ritmo lento da economia parece não assustar quem está empenhado em realizar o sonho da casa própria. Nesta sexta-feira, primeiro dia do 11º Feirão da Caixa, expositores tradicionais contabilizavam um movimento similar ao primeiro dia de feira de 2014.

O Feirão oferece principalmente financiamento de 80% para imóveis novos de até R$ 190 mil dentro do programa Minha Casa Minha Vida, em que o comprador tem que ter uma renda máxima de R$ 5 mil. Quem tem renda de até R$ 5.400 pode se habitar ao financiamento com recursos do FGTS.

Alex Mendonça conseguiu financiar casa própria (Foto: Lilian Quaino/ G1)Alex Mendonça conseguiu financiar casa própria
(Foto: Lilian Quaino/ G1)
Alex Mendonça, servidor público de 32 anos, ao lado de Marina Silva, sua namorada, festejava o financiamento obtido na construtora Tenda, uma das que tradicionalmente mais vende na feira. Com a compra do apartamento de dois quartos em Realengo, onde já mora, vai se casar com Marina.
"É o meu primeiro imóvel", comemorava.
O gerente de Vendas do Rio de Janeiro da Tenda, Pedro Costa, calculava fechar a sexta-feira com números próximos ao primeiro dia da feira de 2014: mais de 200 visitas ao estande e 30 vendas somente no primeiro dia.
Segundo disse, o perfil do comprador de seus imóveis não se deixa impactar pelas notícias de crise na economia, principalmente porque as regras de financiamento para imóveis dentro do programa Minha Casa Minha Vida em nada mudaram. A Caixa limitou o financiamento a 50% do valor do imóvel apenas para imóveis usados, que não são o foco da feira.
"Estamos vendo este primeiro dia com otimismo. O cliente de renda C ou D não muda de humor tão rápido como o de classe média ou alta. Ele já nasce com o sonho de ter sua casa. É um objetivo de vida", disse.

Esse mesmo objetivo vai fazer os noivos Silas Ribeiro, de 26 anos, gari da Comlurb, e Ingrid, de 24, técnica em saúde bucal, voltarem ao Riocentro, na Zona Oeste do Rio, onde acontece a feira, neste sábado (16) já com os documentos para pleitear o financiamento de um apartamento de dois quartos. Depois, vem o casamento.

"Nesta sexta já visitamos alguns estandes, fizemos simulações, e em um deles vimos que existem vários imóveis dentro do que podemos pagar. Queremos alguma coisa até R$ 100 mil", disse Ingrid.

No estande da Cury, outro que todos os anos atraiu muitos clientes, oferecendo imóveis na Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo, Carolina Peixoto, gerente de Marketing, explicava que de forma geral o primeiro dia de feira, sempre numa sexta-feira, não tem um movimento tão intenso como no fim de semana, mas atrai um cliente que vem com o objetivo de tentar fechar um negócio.

"Num dia como esses pode ser que mas negócios sejam fechados do que num fia de grande visitação", explicou.

José Domingos Correa Martins, superintendente regional da Caixa, confirmou a percepção dos expositores. Segundo disse, o sistema que registra a entrada de visitantes na feira marcou no primeiro dia um número bem próximo ao de outros anos.

"Isso nos anima. Nosso principal dia é sabado, na sexta as pessoas ainda estão trabalhando. No sábado tem o maior volume visitantes", disse.
O superintendente espera no fim dos três dias de feira um movimento semelhante ao de 2014: 58 mil visitantes e em torno de R$ 1,5 bilhões em negócios fechados.
Ele ressaltou que dos 22.300 imóveis oferecidos na feiro, 14 mil são novos, com cota de  financiamento de 80%, "maior que a de móveis usados, de 50%, justamente para fomentar a geração de emprego e renda que a construção civil fornece ao país.
Segundo o superintendente, para os mais de cinco mil imóveis oferecidos dentro dos valores do Minha Casa Minha Vida e do financiamento com recursos do FGTS, não houve qualquer alteração de taxa, prazo ou cota.

"As famílias frequentam muito a feira, costumam aproveitar as oportunidades e fechar negócios", disse.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Brasil deve cair para 8ª posição em ranking de maiores PIBs, mostra FMI

O Brasil deve perder mais uma posição no ranking das maiores economias do mundo este ano, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), e cair para o 8ª lugar. Depois de ser ultrapassado pelo Reino Unido em 2011, o país deve ser superado também pela Índia em 2015.
Ranking Brasil (Foto: Editoria de Arte/G1)
O ranking leva em conta o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país – que mede a riqueza que foi produzida em determinado período. Esse valor é convertido em dólares, a partir das moedas locais.
A queda é resultado da contração esperada pelo fundo de 1% no PIB brasileiro em 2015, para US$ 1,9 trilhão – em 2014, esse valor foi estimado em US$ 2,3 trilhões. Enquanto isso, o crescimento esperado para a Índia este ano é de 7,5%, chegando a US$ 2,3 trilhões.
E o país não deve voltar a subir no ranking tão cedo: as previsões do FMI vão até 2020 e, até essa data, o Brasil deve seguir na 8ª posição.
Nas primeiras posições em 2015, aparecem os Estados Unidos – que pelo menos até 2020 não devem perder a liderança para a China–, com US$ 18,1 trilhões; China (US$ 11,2 trilhões); Japão (US$ 4,2 trilhões); Alemanha (US$ 2,8 trilhões); Reino Unido (US$ 2,8 trilhões); e França (US$ 2,4 trilhões).
Se confirmada a queda, o Brasil volta à posição que ocupava em 2009. Naquele ano, no entanto, era a Itália, e não a Índia, quem fazia companhia aos outros seis países à frente do Brasil.
Brasil já foi 6º da lista
De 2008 a 2011, o Brasil subiu uma posição por ano no ranking. A melhor posição no ranking do FMI obtida pelo Brasil foi em 2011, quando o país chegou a ser a sexta maior economia mundial, ultrapassando o Reino Unido. À época, o Brasil superou o PIB inglês em cerca de US$ 37 bilhões – atrás apenas dos EUA, China, Japão, Alemanha e França.

Mas os ingleses voltaram a superar o Brasil no ano seguinte. O país voltou à 7ª posição, mais por causa do câmbio do que pelo crescimento econômico. O PIB brasileiro cresceu 0,9%, mas o britânico avançou ainda menos: 0,2%. A diferença veio na conversão das moedas dos países para o dólar – que subiu mais de 9% frente ao real naquele ano.
O FMI chegou a prever que o Brasil voltaria à 6ª posição do ranking em 2013 – após ter caído para o 7º lugar em 2012, perdendo para o Reino Unido. Mas a previsão não se concretizou, e o país voltou ficou naquele patamar, onde está até o momento.
No ano passado, a Fundo estimava que o Brasil só chegaria à 8a posição em 2018, superado pela Índia, em franca expansão. Antecipou para 2015, portanto, o cenário que previa para apenas quatro anos depois.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Liminar suspende contratos entre Sete Brasil e Petrobras

Uma decisão liminar da 13ª Vara da Justiça Federal em São Paulo determinou a suspensão temporária dos contratos de aquisição de navios sondas formalizados entre a Petrobras e a Sete Brasil. A medida tambem suspende a liberação de qualquer financiamento, crédito ou investimento do BNDES à Sete Brasil é até o julgamento final da ação.

A decisão foi publicada nesta segunda-feira (4) e cabe recurso.
A ação popular foi proposta pelo advogado Paulo Henrique Fantoni. No processo, o autor afirma que a licitação vencida pela Sete Brasil para fornecimento de navios sondas para a Petrobrás é "lesiva ao patrimônio público", pois estaria marcada pelo "episódio de corrupção detectado pela Justiça Federal Criminal do Paraná", investigado no âmbito da operação Lava Jato.
Em nota, a Petrobras informou que ainda não foi intimada da decisão judicial. "Tão logo seja formalmente notificada, a Petrobras avaliará as medidas jurídicas cabíveis", diz a empresa.
O G1 procurou também a Sete Brasil, mas a empresa ainda não se posicionou.

A Justiça concedeu prazo de 20 dias para a apresentação da defesa das partes.
Histórico
A Sete Brasil tem contratos de mais de R$ 20 bilhões com a Petrobras para a contratação de sondas de perfuração e é investigada por pagamento de propina ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque. A empresa foi citada nas delações premiadas do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco.

A empresa enfrenta forte escassez de fluxo de caixa e credores relutantes em rolar a dívida da companhia.
A Sete tem rolado empréstimos-ponte com um grupo de bancos até negociar condições finais sobre o pacote de financiamento de longo prazo. As negociações ficaram mais difíceis após as investigações sobre corrupção na Petrobras.
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que uma solução financeira para a continuidade do projeto da Sete Brasil pode ser encontrada até 30 de junho. Coutinho disse que o banco de fomento seria o principal financiador do projeto inicial da Sete Brasil, mas que não houve contrato nem desembolso de recursos até o momento.
A empresa, impactada pelo desenvolvimento da operação Lava Jato, que investiga um escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras, deverá ter capacidade para atender entre 13 e 17 sondas de um total de encomendas de ao menos 28 equipamentos, avaliou na semana passada um representante de uma das sócias da companhia. Cada contrato para construção de sondas gira em torno de 1 bilhão de dólares.

Mercado aumenta previsão de inflação, baixa de PIB e vê mais juros

As previsões para a economia brasileira voltaram a piorar na semana passada: os economistas do mercado financeiro aumentaram sua estimativa para o comportamento da inflação neste ano, ao mesmo tempo que vêem um "encolhimento" ainda maior da economia brasileira em 2015 e estimaram uma alta maior da taxa básica de juros – fixada pelo Banco Central.
PREVISÕES PARA O IPCA 2015
Em %
7,337,477,777,938,128,138,28,138,238,258,26em %20/227/26/316/320/327/32/410/417/0424/0430/0487,257,57,758,258,5
Fonte: BC
As previsões foram feitas na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (4) pela autoridade monetária, que realizou pesquisa com mais de 100 bancos.
A expectativa dos economistas dos é que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 8,26% neste ano – na semana anterior, a taxa esperada era de 8,25% para 2015. Para 2016, a previsão dos economistas para o IPCA ficou estável em 5,6%.
Se confirmada, a previsão do mercado para a inflação de 2015 (de 8,26%) atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. A expectativa oficial do governo para a inflação deste ano, divulgada recentemente por meio do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, está em 8,2%. A equipe econômica informou, na ocasião, que está utilizando as previsões do mercado financeiro em seus documentos.
Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.
Produto Interno Bruto
Para o comportamento do PIB neste ano, os economistas do mercado financeiro baixaram sua previsão, na semana passada, para uma retração de 1,18%, contra a estimativa anterior de uma queda de 1,10% em 2015. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Para 2016, o mercado manteve sua previsão de alta do PIB em 1%.
No fim de março, o IBGE informou que a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014. Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 5,52 trilhões, e o PIB per capita (por pessoa) caiu a R$ 27.229. Esse é o pior resultado desde 2009, ano da crise internacional, quando a economia recuou 0,2%.
PREVISÕES PARA O PIB
Em %
-0,5-0,58-0,66-0,78-0,83-1-1,01-1,01-1,03-1,1-1,18em %20/227/26/313/320/327/32/410/417/0424/0430/04-1,2-1-0,8-0,6-0,4-1,4
Fonte: BC
Taxa de juros
Após o Banco Central ter subido os juros para 13,25% ao ano na semana passada, o maior patamar em seis anos, o mercado passou a prever um aumento maior dos juros em 2015. A expectativa passou a ser de uma taxa de 13,50% ao ano no fim deste ano – o que pressupõe um novo aumento de 0,25 ponto percentual na taxa Selic em 2015.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.
Câmbio, balança e investimentos
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 permaneceu em R$ 3,20 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 3,30 por dólar.

A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 recuou de US$ 4,17 bilhões para US$ 4,02 bilhões de resultado positivo. Para 2016, a previsão de superávit comercial permaneceu em US$ 9,95 bilhões.
Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil subiu de US$ 57 bilhões para US$ 57,5 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte permaneceu estável em US$ 60 bilhões.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

IR 2015 termina à meia-noite; evite multa

Através do link a seguir você poderá entregar a sua declaração de 2015, clicando http://idg.receita.fazenda.gov.br/

Declaração Download de Programas

Resultado de imagem para imposto de renda 2015
Faltam poucas horas para o fim do prazo de declaração do Imposto de Renda: o contribuinte que ainda não enviou o documento tem até as 23h59 desta quinta-feira (30) para fazê-lo sem receber multa. A multa mínima por atraso é de R$ 165,74, mas pode atingir até 20% do imposto devido.
Até as 17h de quarta-feira (29), a receita ainda esperava receber cerca de 4,2 milhões de declarações. Com o excesso de contribuintes enviando a declaração num período curto, o sistema da Receita pode enfrentar instabilidade, como ocorreu em anos anteriores, e exigir paciência.
Incompleta
Mesmo aqueles que não conseguiram reunir todas as informações para o preenchimento ou tem dúvida sobre algum valor devem enviar a declaração incompleta para evitar a multa. Os especialistas recomendam que os contribuintes mandem a declaração do jeito que conseguir. Isso porque, mesmo fora do prazo, existe a opção de fazer uma declaração retificadora para evitar cair na malha fina da Receita.
Dessa forma, o contribuinte evita a multa e pode então se dedicar a recolher as informações que faltaram para fazer "com mais cuidado" a declaração retificadora. É preciso estar atento, no entanto, ao modelo da declaração: depois do fim do prazo, não é possível alterar o modelo da declaração original (simples ou completa).
Vale lembrar que a declaração retificadora também é válida em caso de problemas ou erros na declaração já entregue pelo contribuinte. O prazo para retificar a declaração é de 5 anos, mas a recomendação é que o contribuinte realize o processo rapidamente, para não correr o risco de ficar na malha fina.
O contribuinte deve ter o número do recibo de entrega da declaração anterior para fazer a retificadora, que deve ser entregue no mesmo modelo (completo ou simplificado) adotado na declaração original. Somente se a entrega da retificadora for antes de 30 de abril será possível alterar o modelo.
Quem precisa declarar
Estão obrigadas a apresentar a declaração as pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 26.816,55 em 2014 (ano-base para a declaração do IR deste ano).
Também devem declarar os contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado.
"Também deve declarar quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência de imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias e futuros, assim como quem auferiu ganhos ou tem bens ou propriedade rurais de acordo com os valores estabelecidos pela Receita", lembra Aristeu Tolentino, especialista em IR da Prolink Contábil.

Governo planeja reduzir custo da energia a partir de 2016, diz Braga

De acordo com ele, esse barateamento viria com o desligamento, a partir de 2016, de usinas termelétricas mais caras, movidas a óleo, cujo custo para produzir 1 megawatt-hora de energia chega a superar R$ 1 mil. Para se ter uma ideia, hidrelétricas geram esse mesmo megawatt-hora por pouco mais de R$ 100.

O objetivo é substituir as térmicas a óleo por novas unidades, que usam gás natural ou biomassa como combustível e, por isso, têm custo de produção mais baixo. Entretanto, se a crise no setor elétrico persistir no ano que vem, as mais caras continuariam a ser usadas para garantir o atendimento da demanda.

Desde o final de 2012, o governo vem mantendo funcionando todas as térmicas disponíveis, devido à falta de chuvas que reduziu o armazenamento de águas nas represas de nossas principais hidrelétricas. Hoje, as térmicas produzem cerca de 20% de toda a eletricidade consumida no país e ajudam a poupar água dos reservatórios. Entretanto, como essa energia é mais cara, vem contribuindo para o aumento das contas de luz.

Patamar internacional
Com a substituição das térmicas, o governo quer forçar o “declínio no custo médio de geração” de energia no país para iniciar o processo de barateamento da tarifa. O tarifaço de 2015 prejudica consumidores, comércio e indústria e causa desgaste ao governo Dilma Rousseff.

“A nossa estratégia é, até janeiro de 2019, trazer o custo de geração [de energia] no país para uma média que seja internacional”, disse o ministro, sem fixar um valor.

Para contribuir na contratação dessas novas termelétricas mais baratas, o ministro conta com o leilão de energia de reserva marcado para 29 de maio. Ele prevê o início da entrega de energia pelos empreendimentos em 1º de janeiro de 2016.

Na semana passada, quando discutiam a abertura de audiência pública para debater o edital do leilão, diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) demonstraram preocupação com o prazo, considerado curto, para que as usinas sejam construídas e entrem em operação. E informaram que proporiam ao Ministério de Minas e Energia a postergação de datas.

De acordo com Braga, porém, a data de 1º de janeiro de 2016 para início da operação das novas térmicas é “inegociável.”

“É inegociável o 1º de janeiro, não temos como atrasar a entrada dessa energia sob pena de corrermos riscos desnecessários durante o período úmido de 2016”, disse o ministro. Para ele, não há risco de desinteresse de investidores por conta dos prazos apertados.

A proposta do edital prevê que poderão participar do leilão apenas projetos para usinas a gás natural com custo de produção máximo de R$ 330 por megawatt-hora.

Racionamento
Braga avaliou que o risco de o Brasil enfrentar um racionamento em 2015 “tende a zero.” O otimismo se deve à melhora registrada nos últimos meses no armazenamento de água dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste. Essas usinas respondem por cerca de 70% da capacidade de geração elétrica do país e sofrem com a estiagem desde o final de 2012.

“Eu diria que no ano de 2015 a probabilidade de racionamento tende a zero. Nós estamos a cada dia mais distante [do racionamento], mas tem sido uma administração diária porque, como sabemos, a crise hídrica foi muito profunda e tem sido muito profunda”, disse Braga.
Após enfrentarem em 2015 o janeiro mais seco dos últimos 85 anos, essas hidrelétricas voltaram a receber chuva com mais intensidade em fevereiro, março e abril. O nível médio de suas represas, que era de apenas 16,84% em 31 de janeiro, chega ao fim de abril, que marca o encerramento do período úmido no Sudeste e Centro-Oeste, em 33,3%.
Esse índice é o pior para essa época do ano desde os 32,18% registrados ao final de abril de 2001, ano do último racionamento de energia no Brasil. No mesmo mês de 2014, era de 38,77% e, em 2013, de 62,45%.
Segundo o ministro, porém, a água armazenada é suficiente para garantir o abastecimento no país pelo restante do ano, principalmente se confirmada a previsão de institutos de meteorologia de que as chuvas continuarão intensas no mês de maio, na transição do período úmido para o seco.
Outro fator que já colabora para a melhora da situação nos reservatórios é a queda no consumo de energia no país que, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, foi de 0,6% no primeiro trimestre do ano, resultado puxado pela desaceleração da economia.
Braga afirmou que a tendência agora é que os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste cheguem ao início de 2016 em uma situação melhor que a do começo deste ano.
“Tudo indica que chegaremos a 2016 com uma reservação de água variando entre 18% a 25%”, afirmou.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Desemprego fica em 6,2% em março, diz IBGE

EVOLUÇÃO DO DESEMPREGO
em %
54,94,94,84,954,94,74,84,35,35,96,2em %mar/14abr/14mai/14jun/14jul/14ago/14set/14out/14nov/14dez/14jan/15fev/15mar/1544,555,566,5
Fonte: IBGE
Em março, a taxa de desemprego no país subiu e os salários tiveram redução, conforme apontam os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE nesta terça-feira (28). 
A desocupação aumentou para 6,2% no terceiro mês do ano. O índice é o mesmo registrado em março de 2012 e o maior desde maio de 2011, quando chegou a 6,4%.
No mês anterior, o indicador havia chegado a 5,9%. Taxa foi considerada a maior para fevereiro desde 2011.
“A gente vê de janeiro até março uma tendência de elevação da taxa de desocupação. A gente vê que é a tendência de início de ano para todos os anos. Esse primeiro trimestre sempre tem essa tendência”, analisou Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad do IBGE.
A população desocupada somou 1,5 milhão de pessoas, mostrando estabilidade na comparação com o mês anterior. Frente a 2014, houve aumento de 23,1%. A população ocupada foi estimada em 22,8 milhões. O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado ficou estável em 11,5 milhões.
“A população desocupada, embora crescendo, está crescendo num ritmo menor. E a população ocupada, embora diminuindo cada vez mais, a gente espera que esses indicadores obedeçam a tendência, que começa a apresentar queda de desocupação a partir do mês de abril.”
O nível da ocupação, que é a proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa, foi estimado em 52,1% em março.
"Em relação a março de 2014, ao mesmo tempo a gente vê aumento da população desocupada e da população não economicamente ativa", afirmou.
Salário

O rendimento médio dos trabalhadores chegou a R$ 2.134,60 - 2,8% abaixo do valor de fevereiro R$ 2.196,76. Essa queda é a maior desde janeiro de 2003, quando o indicador recuou 4,3%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a retração foi de 3%.

“Não é só inflação, tem queda no rendimento nominal também. As pessoas estão recebendo menor rendimento de trabalho. Os trabalhadores estão recebendo menos.”
Na análise dos tipos de atividade, a maior queda no rendimento médio em relação a fevereiro foi em construção (-5,6%). Frente a março de 2014, a maior redução ocorreu em comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (-5,2%).
Regiões

O desemprego cresceu Rio de Janeiro (de 4,2% para 4,8%), mas não teve alteração nas outras regiões analisadas. Na comparação com março de 2014, em Salvador a taxa foi de 9,2% para 12,0%; no Recife, de 5,5% para 8,1%; em Porto Alegre, de 3,2% para 5,1%; no Rio de Janeiro, de 3,5% para 4,8% e em Belo Horizonte, de 3,6% para 4,7%. Em São Paulo, o desemprego ficou estável.