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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Vietnã celebra 40 anos do fim da guerra com críticas aos EUA

Participantes de desfile agitam a bandeira do Vietnã durante celebração dos 40 anos do final da guerra nesta quinta-feira (30) em Ho Chi Minh (Foto: Dita Alangkara/AP)

O Vietnã celebrou nesta quinta-feira (30) o 40º aniversário da queda de Saigon, o último episódio da guerra, com duras críticas aos Estados Unidos e um desfile que recordou a entrada dos tanques das forças comunistas na cidade.
"Cometeram inúmeros crimes bárbaros, provocaram perdas incomensuráveis e muita dor à população de nosso país", disse o primeiro-ministro Nguyen Tan Dung para a multidão reunida diante do Palácio da Independência, tomado há 40 anos pelos tanques do Vietnã do Norte.
O "fervoroso patriotismo" permitiu a vitória final graças à "brilhante e criativa direção do Partido Comunista", acrescentou Dung, diante de milhares de soldados.
A guerra do Vietnã provocou a morte de milhões de vietnamitas, muitos deles civis vítimas dos bombardeios, e de 58.000 militares americanos.
Centenas de milhares de pessoas ficaram feridas, muitas delas intoxicadas pelo 'agente laranja', um herbicida que contém dioxina e que os americanos lançaram em várias regiões do país.
O conflito dividiu profundamente a opinião pública americana, abalada pela morte de milhares de jovens soldados, e foi a primeira grande derrota de uma superpotência que se considerava, até então, invencível.
O sofrimento dos civis vietnamitas e o massacre de centenas de habitantes do vilarejo de My Lai pelo exército americano, em março de 1968, provocaram a rejeição da opinião pública dos Estados Unidos, que começou a protestar contra a guerra.
Nenhum representante de Washington compareceu ao desfile, mas o embaixador americano deve participar em uma pequena cerimônia no consulado da Cidade de Ho Chi Minh com uma associação de veteranos.
Militares são vistos durante a celebração dos 40 anos do fim da Guerra do Vietnã nesta quinta-feira (30) em Ho Chi Minh City  (Foto: Dita Alangkara/AP)
Entender o passado
Cidade de Ho Chi Minh, o nome de Saigon depois da guerra, estava fechada nesta quinta-feira para permitir o desfile dos regimentos diante das principais autoridades do regime comunista, que viajaram de Hanói.

Muitos blindados passaram diante dos principais dirigentes do Vietnã, um deles com uma grande imagem de Ho Chi Minh, o pai da independência.
A cerimônia foi transmitida ao vivo pela televisão, com a participação de muitos veteranos, que relataram o orgulho do combate contra os americanos.
"Um acontecimento como este é necessário para ajudar os jovens a entender o passado glorioso de nosso país", disse à AFP Nguyen Van Hung, 72 anos, que assistiu ao desfile com o antigo uniforme militar do período da guerra.
O governo utiliza as vitórias militares para legitimar seu poder, mas a percepção que os vietnamitas têm da guerra evoluiu para além do relato histórico oficial, destaca Tuong Vu, professor de Ciências Políticas da Universidade de Oregon.
Antes, as pessoas consideravam que era uma guerra de "libertação nacional e de unificação", mas agora muitos consideram a guerra "um acontecimento trágico durante o qual vietnamitas mataram outros vietnamitas, uma guerra civil", disse.
Neste contexto, os vietnamitas são cada vez mais indiferentes aos espetáculos de patriotismo oficial.
"Não estou interessado no desfile, é ruim para os negócios", disse à AFP Nguyen Thi Dieu, dono de um restaurante no centro da Cidade de Ho Chi Minh, área fechada ao trânsito.
No fim dos anos 1980, o regime comunista vietnamita progrediu para uma economia capitalista, o que estimulou o crescimento econômico, a corrupção e a desigualdade.
Mas no plano político, o Partido Comunista continua exercendo o poder em um sistema de partido único, no qual a liberdade de imprensa e a liberdade de opinião não são toleradas.

Adolescente é encontrado com vida após 5 dias em escombros no Nepal

Hilton Guesthouse

As equipes de emergência retiraram nesta quinta-feira (30) um adolescente de 15 anos dos escombros de um edifício em Katmandu, cinco dias depois do terremoto no Nepal, anunciou a polícia. Ele passa bem.
"Um jovem de 15 anos foi retirado dos escombros de um albergue chamado Hilton Guesthouse", afirmou o porta-voz da polícia, Kamal Singh Bam.
O sobrevivente foi identificado como Pemba Lama. Ele é o último sobrevivente resgatado de um edifício que desabou durante a catástrofe. Na terça-feira (28), as equipes de emergência encontraram um jovem de 28 anos no mesmo local.
Lama estava consciente, segurou na mão de um dos resgatistas e olhou para um grande número de fotógrafos e equipes de televisão ao ser retirado dos escombros, de acordo com um fotógrafo da Reuters no local.
Jovem Pemba Lama é resgatado pelas equipes do Nepal e dos Estados Unidos após ficar soterrado por 5 dias sob os escombros de prédio que desabou durante terremoto na capital Katmandu (Foto: AP/Niranjan Shresta)
O autor do resgate, o policial nepalês L.B. Basnet, disse a repórteres que o garoto havia falado com ele em meio aos destroços e pediu água.
Ele foi levado a um hospital, e os médicos ficaram surpresos com sua boa condição de saúde.
Apesar dos esforços, as equipes de emergência ainda não conseguiram chegar às regiões mais isoladas do país.
O terremoto que abalou o Nepal no sábado (25) passado deixou 5.489 mortos, segundo o último boletim do Centro Nacional de Operações de Emergência, divulgado nesta quinta. O tremor, de 7,8 graus de magnitude, também matou mais de 100 pessoas na Índia e China.
De acordo com a ONU, oito dos 28 milhões de habitantes do país foram afetados direta ou indiretamente pela catástrofe.
As fotografias de Pemba Lama, resgatado no bairro de Gongabu de Katmandu, mostram um adolescente coberto de barro na maca, antes de ser levado para o hospital.
O resgate deu novo ânimo para que as equipes de emergência continuem procurando por sobreviventes, apesar das condições extremas e dos tremores secundários. Grande parte da população da capital do Nepal continua dormindo nas ruas.
"Não sei por quanto tempo vamos continuar nestas condições, quanto tempo poderemos viver nas ruas", afirmou Rajina Maharjan, que passou os últimos dias em uma barraca ao lado do marido, dos sogros e do filho de quatro anos.
Mas nesta quinta-feira foram registrados os primeiros sinais de um paulatino retorno à normalidade, com a abertura de algumas lojas e a volta dos vendedores de frutas e verduras na praça Durbar, uma área em ruínas.
Alpinistas
O governo do Nepal anunciou nesta quinta que os alpinistas poderão retornar ao monte Everest nos próximos dias. O terremoto de sábado provocou uma avalanche e matou 18 pessoas na área da maior montanha do mundo.

"As escadas serão reparadas dentro de dois ou três dias e as escaladas poderão continuar, não há razão para que ninguém abandone sua expedição", disse o diretor do departamento de Turismo, Tulsi Gautam.
Na madrugada desta quinta, um primeiro avião especial, com 206 pessoas retiradas do Nepal, principalmente franceses, pousou no aeroporto parisiense de Roissy, segundo o ministério das Relações Exteriores.
A ONU fez um apelo por US$ 415 milhões de dólares para ajudar as vítimas do terremoto. Na quarta (29), milhares de pessoas, desesperadas, protestaram na capital Katmandu pela falta de água e de alimentos.
Três meses de medidas de urgência

O governo reconheceu estar esgotado com a dimensão da catástrofe provocada pelo terremoto mais violento dos últimos 80 anos no Nepal.

"Temos fragilidades na gestão das operações de socorro", admitiu o ministro das Comunicações, Minendra Rijal.
"A catástrofe é tão grande e sem precedentes que não tivemos capacidade de responder às expectativas da população", disse.
O coordenador da ONU no Nepal, Jamie McGoldrick, afirmou que serão necessários três meses para responder às medidas de urgência antes do início das tarefas de reconstrução.
A ONU fornecerá rapidamente barracas para as 500.000 pessoas que ficaram sem casas, assim como água e equipamentos de saúde para 4,2 milhões de pessoas.
Até o momento, as operações de resgate ainda não foram muito além de Katmandu, segundo a ONU.
"Algumas localidades só podem ser alcançadas a pé, às vezes após quatro ou cinco dias de caminhada", disse o coordenador.
"Fazemos o possível para chegar ao maior número de lugares possível", declarou o porta-voz do exército, Jagdish Pokharel.
De acordo com a ONU, oito dos 28 milhões de habitantes do país foram afetados direta ou indiretamente pela catástrofe.
O Nepal e a cordilheira do Himalaia ficam no ponto de contato entre as placas tectônicas indiana e euroasiática, uma área de forte atividade sísmica.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Corpo do brasileiro Rodrigo Gularte é velado na Indonésia


O corpo do brasileiro Rodrigo Gularte, executado na Indonésia na madrugada desta quarta-feira (29) – tarde de terça-feira (28) no Brasil –, era velado nesta quarta em um hospital em Jacarta com a presença de sua prima, Angelita Muxfeldt, que acompanhou seus últimos momentos.

O corpo de Gularte foi levado para o Hospital Saint Carolus, na capital do país. Uma foto do brasileiro e uma cruz com seu nome e a data de seu nascimento e de sua morte estavam ao lado do caixão.
O corpo ainda será transportado para o Brasil, onde será enterrado, a pedido do próprio Gularte. Uma prima do paranaense, Lisiane Gularte, disse.
As execuções dos oito condenados reforçam a linha dura do governo da Indonésia contra as drogas – todos cometeram crimes relacionados ao tráfico de drogas. A posição do país é criticada pelas Nações Unidas e por organizações de direitos humanos.
Além do brasileiro, foram fuzilados dois australianos, quatro nigerianos e um indonésio.
Segundo testemunhas, eles encararam o pelotão de fuzilamento de cabeça erguida, recusaram vendas nos olhos e entoaram canções religiosas.
O governo brasileiro divulgou nota na tarde desta terça na qual diz ter recebido com "profunda consternação" a notícia da execução na Indonésia do brasileiro e transmite "solidariedade" à família. Ele é o segundo brasileiro fuzilado por tráfico de drogas na Indonésia – o primeiro foi Marco Archer, em janeiro. De acordo com a nota, as execuções dos dois brasileiros representam "fato grave" nas relações entre os dois países.
Segundo o texto, a morte de Gularte é "fato grave" nas relações entre Brasil e Indonésia. A nota diz que o Brasil trabalhará nos organismos internacionais de direitos humanos pela abolição da pena de morte.
A Austrália também se manifestou após as execuções, anunciando que convocou seu embaixador na Indonésia para consultas após a execução de dois de seus cidadãos serem executados por fuzilamento.
Os australianos Myuran Sukumaram e Andrew Chan, a exemplo do brasileiro Rodrigo Gularte, foram condenados à morte pelo crime de tráfico de drogas. O governo australiano tentou salvar a vida dos dois de diversas formas, por se opor à pena capital, mas não teve sucesso.
Angelita Muxfeldt, prima de Rodrigo Gularte, é vista em frente a caixão durante funeral em Jacarta nesta quarta-feira (29) (Foto: AP)Angelita Muxfeldt, prima de Rodrigo Gularte, é vista em frente a caixão durante funeral em Jacarta nesta quarta-feira (29)

'Força e dignidade' nos últimos instantes dos condenados à morte na Indonésia


Ao invés de baixar a cabeça em sinal de derrota e resignação, todos negaram-se a colocar uma venda nos olhos e entoaram cânticos religiosos.

Os oito condenados à morte por tráfico de drogas fuzilados nesta quarta-feira na Indonésia faleceram com "força e dignidade", encarando seus carrascos e entoando cânticos religiosos, entre eles "Amazing Grace", explicou uma testemunha da execução.

Os condenados - o brasileiro Rodrigo Gularte, dois australianos, quatro africanos e um indonésio - fizeram uma longa viagem desde sua prisão, situada na ilha de Nusakambangan, até um clarão em meio à selva onde à meia-noite de terça para quarta-feira eram esperados por um pelotão de fuzilamento.

Mas ao invés de baixar a cabeça em sinal de derrota e resignação, todos negaram-se a colocar uma venda nos olhos e entoaram cânticos religiosos, entre eles "Amazing Grace", até que o pelotão começou a disparar.

Christie Buckingham, a pastora que acompanhou um dos australianos em seus últimos momentos, explicou ao marido que os condenados se comportaram "com força e dignidade até o fim".

"Disse que os oito saíram ao campo de execução entoando cânticos de louvor", explicou Rob Buckingham à rádio australiana 3AW.



Indonésia executa brasileiro e mais sete; mulher é poupada Na cidade portuária de Cilacap, de onde se chega à ilha de Nusakambangan, um pequeno grupo de pessoas havia se reunido com velas pouco antes da execução, cantando também "Amazing Grace" e cobrindo os prantos dos que pensavam no que estava prestes a acontecer na selva.
"Não tenham medo, não há nada a temer", disse Owen Pomana, um ex-presidiário e amigo dos condenados australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaran, tentando levantar o ânimo dos presentes.

Pouco depois, na ilha, os oito condenados à morte foram atados a um poste e executados por um pelotão formado por 12 homens. Ao amanhecer seus corpos foram devolvidos a Cilacap dentro de caixões.

Os familiares seguiam chorando enquanto seus amigos e as pessoas que se dirigiram à cidade portuária para dar apoio ajudavam a iniciar a longa viagem de retorno para casa junto com seus entes queridos.

Angelita Muxfeldt, prima do brasileiro Rodrigo Gularte, chorava desolada enquanto um padre, Charlie Burrows, abria caminho entre a multidão.
A família e os amigos da filipina Mary Jane Veloso, por sua vez, choravam de alegria, depois que ela foi poupada na última hora.
Harold Toledano, um padre filipino que acompanhava a família de Veloso, explicou que estavam rezando quando o anúncio com a boa notícia foi dado.

"Isso é um milagre!", gritou enquanto os advogados comemoravam a boa nova.

"É como uma ressurreição, está viva", disse.

Para os familiares dos dois australianos não houve consolo e perderam seus filhos e irmãos depois de terem tentado de tudo para evitar a execução.

"Pedimos clemência, mas não a deram. Estamos muito agradecidos por todo o apoio que recebemos", disseram as famílias em um comunicado após as execuções.


Pouco depois chegava ao porto de Cilacap o corpo do indonésio Zainal Abidin, que foi enterrado em um cemitério próximo.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Brasileiro Rodrigo Gularte é executado na Indonésia

Segundo imprensa local, execução de Gularte poderia ocorrer ainda neste mês (Foto: AFP)
O brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, foi executado na Indonésia na madrugada desta quarta-feira (29) – horário local, tarde de terça-feira (28) no horário de Brasília, segundo a emissora local TV ONE e o diário "Jakarta Post". A informação foi confirmada à rede britânica BBC pelo advogado do paranaense. Ele havia sido condenado à morte por tráfico de drogas, e a pena foi executada por um pelotão de fuzilamento.
De acordo com a emissora 9news, da Austrália, outros sete condenados por tráfico de drogas foram executados. A única mulher condenada do grupo, a filipina Mary Jane Veloso, não teria sido executada por que a pessoa que a recrutou para transportar drogas se entregou às autoridades.
O paranaense Gularte foi preso em julho de 2004 depois de tentar ingressar na Indonésia com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Ele foi condenado à morte em 2005.
Ele é o segundo brasileiro executado no país este ano – em janeiro, Marco Archer Cardoso Moreira, foi fuzilado. Ele também cumpria pena por tráfico de drogas.
Gularte foi diagnosticado com esquizofrenia por dois relatórios médicos no ano passado. Em março, uma equipe médica reavaliou o brasileiro a pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado.
Familiares e conhecidos relataram que Gularte passava seus dias na prisão conversando com paredes e ouvindo vozes. Dizem que ele se recusava a tirar um boné, que usava virado para trás, alegando ser sua proteção.
Angelita Muxfeldt, prima de Gularte, passou os últimos meses na Indonésia tentando reverter a decisão. Ela esteve com ele pela última vez na tarde de terça, no horário local, horas antes da execução.
Angelita contou, antes da execução, que não disse ao primo claramente o iria ocorrer, e que ele não sabia o que iria acontecer, apesar de ter sido informado no sábado (25) da morte iminente. Segundo a brasileira, ele sofre de delírios e não entendeu que seria executado, acreditando que ainda seria solto.
Além do brasileiro, sete outros suspeitos foram executados. Todos foram condenados por tráfico de drogas e tiveram seus pedidos de clemência rejeitados.
Eles são os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan, os nigerianos Martin Anderson, Okwudili Oyatanze, Sylvester Obiekwe Nwolise e Jamiu Owolabi Abashin e o indonésio Zainal Abidin. A filipina Mary Jane Veloso foi poupada. A Austrália e as Filipinas também tentaram diversos recursos para adiar as execuções, além de realizarem pressão diplomática, mas sem sucesso.

Terremoto afeta 8 milhões de pessoas no Nepal, diz ONU

Oito milhões de pessoas foram afetadas pelo devastador terremoto no Nepal, um país de quase 28 milhões de habitantes, informa a Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (28).
De acordo com o organismo, mais de 1,4 milhão de pessoas necessitam de comida, água e abrigo.
O forte tremor que sacudiu o Nepal e a Índia no sábado (25) deixou mais de 5 mil mortos e pelo menos 10 mil feridos, segundo último balanço do Centro Nacional de Operações de Emergência do país.
Equipes de resgate tentam chegar às regiões mais remotas para ajudar vítimas e resgatar sobreviventes de escombros, enquanto milhares de pessoas deixam a capital Katmandu, isso porque novos tremores foram registrados e não está descartada a hipótese de um novo forte sismo.
Agências e governos internacionais correm para enviar equipes de busca e resgate, médicos e remédios ao país.
Quase um milhão de crianças precisam de ajuda urgente, segundo o Fundo para Crianças das Nações Unidas (Unicef).
Nenhum dos localizados sofreu ferimentos, segundo as informações mais recentes do governo federal. A Embaixada do Brasil em Katmandu "segue mobilizada para prestar o apoio necessário aos cidadãos brasileiros que se encontram no país", informou o ministério.
Equipes enviadas por Índia, Paquistão, Estados Unidos, China, Japão, Inglaterra e Israel estão no Nepal para ajudar, disseram as Nações Unidas, escavando toneladas de escombros em busca de milhares de pessoas ainda desaparecidas.
Grupos internacionais de busca chegaram ou devem chegar à capital Katmandu, com unidades do Japão, EUA e Inglaterra equipadas com cães farejadores e equipamentos pesados para retirada de escombros.
Os EUA ainda anunciaram que repassarão US$ 10 milhões em ajuda ao Nepal, segundo o secretário de Estado John Kerry.
As autoridades que coordenam as tarefas de socorro no Nepal se reuniram nesta segunda-feira (27) para tentar reabrir os mercados e distribuir pacotes de ajuda aos desabrigados pelo terremoto no país asiático, informou a imprensa local.
O Comitê de Coordenação de Resgate em Desastres Naturais, reunido na sede do governo nepalês em Katmandu, pediu aos chefes de distrito que trabalhem para abrir as lojas nas zonas afetadas. O objetivo é facilitar a provisão de produtos à população em geral.
Mapa: terremoto no Nepal (620px) (Foto: Arte/G1)
Ao menos 7,5 mil feridos
Pelo menos 8,5 mil pessoas ficaram feridas, segundo o governo nepalês, e o tratamento delas e de outros sobreviventes retirados dos escombros de edifícios destruídos continua sendo uma tarefa bastante desafiadora.

"A prioridade continua sendo salvar vidas e buscar e resgatar sobreviventes", afirma relatório da equipe local das Nações Unidas no Nepal.
Guia sherpa ferido em avalanche do monte Everest é levado em ônibus para Katmandu neste domingo para receber atendimento (Foto:  AP Photo/Bikram Rai)Guia sherpa ferido em avalanche do monte Everest é levado em ônibus para Katmandu neste domingo para receber atendimento 
O tremor destruiu edifícios, morumentos, estradas e outras infraestruturas. Mais de 60 terremotos secundários, incluindo um sismo de magnitude 6,7, já foram sentidos.
Pacotes com remédios e equipamentos sanitários foram entregues no domingo (26) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a hospitais no Nepal. Os artigos sanitários servirão para atender 40 mil pessoas durante três meses, indicou a organização de sua sede em Genebra.
Além disso, a OMS desembolsou US$ 175 mil como uma primeira doação de emergência para que se atendam as necessidades de saúde mais urgentes dos afetados pelo terremoto.
Fuga de pessoas
Muitos habitantes de Katmandu iniciaram nesta segunda um êxodo após o violento terremoto. Famílias inteiras se amontoavam em ônibus e algumas pessoas inclusive viajavam no teto dos veículos.

Diante do medo da falta de provisões, as pessoas também se amontoavam nas lojas e nos postos de combustível.
"Agora é importante prevenir outro desastre tomando as precauções adequadas contra as epidemias", disse à imprensa o porta-voz do Exército, Arun Neupane.
Um homem senta-se sobre os escombros de sua casa danificada após o terremoto de sábado, em Bhaktapur (Foto: REUTERS/Adnan Abidi)Um homem senta-se sobre os escombros de sua casa danificada após o terremoto de sábado, em Bhaktapur (Foto: REUTERS/Adnan Abidi)
Hospitais estão lotados
No vale de Katmandu, hospitais estão lotados e estão ficando sem espaço para corpos, afirmaram socorristas. Os centros médicos também estão ficando sem suprimentos de emergência. Alguns deles estão tendo que tratar os feridos nas ruas.

No domingo, doentes e feridos deitavam-se em uma empoeirada rodovia fora do Kathmandu Medical College, enquanto funcionários do hospital carregavam pacientes para fora do prédio em macas e sacos.
Os médicos montaram uma sala de operações dentro de uma tenda para onde levavam os mais críticos, após um tremor particularmente grande forçar as pessoas a correrem aterrorizadas para as ruas.
Feridos foram socorridos pela população no Nepal (Foto: Marcelo Gama / Acervo pessoal)Feridos foram socorridos pela população no Nepal neste sábado (25) (Foto: Marcelo Gama / Acervo pessoal)
No lado externo do Centro Nacional de Trauma em Katmandu, pacientes em cadeiras de rodas que estavam em tratamento antes do terremoto juntaram-se a centenas de feridos com membros fraturados e sujos de sangue, deitados dentro de barracas feitas com lençóis do hospital.
940 mil crianças atingidas
O Unicef estima que pelo menos 940 mil crianças foram gravemente atingidas na região que inclui os distritos de Dhading, Gorkha, Rasuwa, Sindhupalchowk e Katmandu.

Enquanto isso, campos de desabrigados deverão estar prontos nos próximos dias.
"Centenas de milhares de pessoas estão dormindo ao relento, pois estão muito assustadas para voltarem para suas casas por causa de todos os tremores secundários", disse Zubin Zaman, gerente da agência humanitária Oxfam, na Índia.

Veja história do primeiro condenado à morte no Brasil republicano

Hoje juiz aposentado, Theodomiro Romeiro dos Santos foi o primeiro brasileiro condenado à pena de morte durante o período republicano (Foto: BBC)
Com o pulso direito algemado ao de outro militante dentro de um jipe não identificado, o jovem potiguar Theodomiro Romeiro dos Santos sacou o revólver calibre 38 que estava escondido em sua pasta preta e, com a mão esquerda livre, disparou contra os agentes da ditadura militar que o haviam capturado momentos antes, matando um sargento da Aeronáutica.
Preso no dia 27 de outubro de 1970, o então militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, o PCBR, seria condenado meses depois à pena de morte, tornando-se o primeiro brasileiro a receber a sentença desde a Proclamação da República - outros dois militantes de esquerda também receberiam a pena e escapariam da execução.
O veredito apontava para um cenário inédito: a última execução do tipo havia sido registrada em 1876. Atualmente, a pena capital ainda é prevista na Constituição brasileira, mas somente para crimes militares cometidos em tempos de guerra.
"Nunca achei que seria executado. Nem eu nem meus companheiros de cela. Eu tinha todas as circunstâncias atenuantes: era menor de 21 anos, não tinha antecedentes criminais e estudava", diz Santos, hoje com 62 anos e juiz do trabalho aposentado, à BBC Brasil.
"Não fiquei aflito ou angustiado. Os próprios agentes da ditadura não acreditavam que a sentença seria cumprida. Tanto é que não me destinaram nenhum tratamento especial, apesar de o código de processo penal militar estabelecer um regime carcerário diferenciado a quem recebia esse tipo de condenação", acrescenta.
Seguiu-se à divulgação da sentença de Santos uma onda de protestos, envolvendo as principais entidades da época, o que acabou, em sua opinião, "desgastando politicamente a ditadura".
"Foi a primeira grande campanha contra a ditadura militar depois do Ato Institucional Nº 5 (AI-5). Todas as forças políticas e as entidades organizadas desse país, como a Igreja Católica, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Jornais (ABJ), a Confederação Brasileira dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e mesmo a imprensa conservadora fizeram campanha contra a pena de morte", lembra.
Fuga
Em poucos meses, a pena de morte acabou convertida em prisão perpétua e, posteriormente, a 16 anos de prisão, dos quais Santos cumpriu apenas nove ─ em 1979, ele fugiu da penitenciária e exilou-se na França, voltando para o Brasil apenas em 1985, após a expiração de sua condenação.

"Como a extrema-direita se recusava a conceder anistia ampla, geral e irrestrita, o expediente usado pela ditadura foi a readequação das penas para permitir libertar aqueles que não seriam soltos pela Lei da Anistia, como era o meu caso. Após nove anos preso, pedi liberdade condicional, o que foi negado pelo juiz auditor da Bahia, apesar de eu ter todos os pareceres favoráveis", explica Santos.
"O juiz alegou que não poderia assumir sozinho a liberdade de me devolver ao convívio social. Foi um ato covarde, torpe, da pior qualidade. Não fui solto e decidi fugir".
Na França, Santos diz ter trabalhado como pintor de paredes e, mais tarde, metalúrgico. De volta ao Brasil, fez concurso público para juiz de trabalho e tomou posse em 1993. Chegou a presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho e aposentou-se em 2012 – por decisão da Comissão da Anistia, os nove anos que passou preso foram contabilizados como tempo de serviço para fins previdenciários. Santos nunca pediu indenização pelo tempo em que passou na prisão e pela tortura que sofreu.
'Posição humanista'
Perguntado sobre os brasileiros Marco Archer, executado na Indonésia por tráfico de drogas, e Rodrigo Gularte, aguardando a iminente execução pelo mesmo crime, Santos diz ser contrário à pena de morte.

"Minha discordância fundamental contra a pena de morte em nada tem a ver com a minha condenação, mas decorre das minhas posições humanistas. Sou um defensor da vida e, em segundo lugar, tenho profunda preocupação com a irreversibilidade da punição. Se uma pessoa for executada por um crime que não cometeu, como haverá reparação?", questiona.
"Não há como corrigir um erro judiciário numa condenação à pena de morte consumada", acrescenta.
Santos diz ainda que vê com "tristeza" o forte apoio demostrado por muitos no país à pena capital.
"É errado pensar que o agravamento das sanções possa consertar o estado das coisas. Defender a pena de morte é uma demonstração da nossa incapacidade de fazer com que as pessoas compreendam que essas medidas não vão resolver os problemas de segurança, todos os problemas que elas gostariam de ver resolvidos", diz.
"Infelizmente, essa parcela da população não é só a favor da pena de morte, mas é a favor de que os marginais sejam torturados, espancados e mantidos em condições execráveis na prisão. Quando alguém, por exemplo, reclama que presos têm direito a assistir TV na cela, eu retruco imediatamente 'Mas eles estão condenados à privação de liberdade, e não de informação'. Não se trata de um privilégio", acrescenta.
Arrependimento?
Questionado se possui algum arrependimento por ter participado da luta armada contra a ditadura e matado um militar, Santos é certeiro. "Não tenho arrependimento de nada do que fiz".

"Todo povo tem direito à sua liberdade. Na época e ainda hoje, acho que não era somente uma escolha, mas um dever meu lutar contra a ditadura que havia se instalado no país. Não havia oposição legal; a única possibilidade de oposição era a clandestina, pacífica ou não", defende.
"Havia pessoas, partidos e organizações que achavam que a luta contra a ditadura deveria ser pacífica. Outros acreditavam que o regime só seria derrubado por meio da luta armada."
"E essa foi a alternativa que me pareceu mais correta, mais adequada, a que eu escolhi e da qual não tenho nenhum tipo de arrependimento. Pelo contrário, tenho grande orgulho de ter lutado contra a ditadura militar. Todas as formas de resistência foram legítimas, eficazes e instrumento da mudança que permitiu que hoje, apesar de todos os problemas que temos no país, possamos viver numa democracia".
Em entrevista concedida quando Santos voltou do exílio, Geralda Sandré Xavier, viúva do sargento morto por ele, Walder Xavier de Lima, afirmou que o ex-guerrilheiro era "um homem perigoso, um assassino frio". Ela protestou contra o que chamou de "recepção de herói" dada a Santos.
"Não sei como vou contar a meus netos, quando eles crescerem, que seu avô foi assassinado por um ladrão de banco, um bandido que não foi punido pelo crime covarde que cometeu. A derrota da minha família e a minha própria agradecemos a Theodomiro", disse ela.

Brasileiro preso na Indonésia não sabe que será executado, diz prima

Angelita Muxfeldt, prima de Rodrigo Gularte, fala à imprensa nesta terça-feira sobre execução de primo na Indonésia (Foto: AP Photo/Tatan Syuflana)


O brasileiro Rodrigo Gularte, condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, não sabe que poderá ser executado a qualquer momento, informou a prima dele, Angelita Muxfeldt, que o acompanha no país asiático, segundo o jornal “Hora 1”. A brasileira contou que seu primo está muito calmo e ainda acredita que será solto.
O governo local não informou a data e a hora das execuções, mas acredita-se que elas ocorrerão nas primeiras horas desta quarta-feira (29) – tarde desta terça-feira (28) no horário de Brasília.
A prisão de segurança máxima da ilha, situada ao largo da costa de Java, teve reforço na proteção nesta terça. Conselheiros religiosos, médicos e o pelotão de fuzilamento foram alertados para iniciar os preparativos finais para a execução, e uma dúzia de ambulâncias, algumas carregando caixões cobertos de cetim branco, chegaram ao local.
A brasileira saiu chorando da prisão e deu uma entrevista aos jornalistas indonésios, em uma tentativa de sensibilizar o governo, tentando dizer ao presidente do país que ele errou ao recusar o pedido de clemência de Gularte. Há uma equipe de 10 advogados trabalhando pelo brasileiro, além de uma ONG, que resolveu ajudar.
Angelita contou que não disse ao primo claramente o que deve ocorrer nas próximas horas e que ele não sabe o que vai acontecer, apesar de ter sido informado no sábado. Segundo a brasileira, ele tem delírios e não entendeu que será executado, nega que isso vá ocorrer e acredita que vai ser solto.

Rodrigo Gularte (Foto: Reprodução / RPC)Rodrigo Gularte. (Foto: Reprodução / RPC)



O brasileiro foi diagnosticado com esquizofrenia por dois relatórios no ano passado. Em março, uma equipe médica reavaliou o brasileiro a pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado.

Familiares e conhecidos relataram que Gularte passa seus dias na prisão conversando com paredes e ouvindo vozes. Dizem que ele se recusa a tirar um boné, que usa virado para trás, alegando ser sua proteção.

O brasileiro passou 11 anos em prisões da Indonésia. Ele foi preso em julho de 2004 após tentar entrar na Indonésia com 6 kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe e foi condenado à morte em 2005.
Gularte poderá ser o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas.

Aos prisioneiros será dada a opção de ficar de pé, ajoelhar-se ou sentar-se diante do pelotão de fuzilamento. Suas mãos e pés serão amarrados.

Doze atiradores vão mirar no coração de cada prisioneiro, mas apenas três armas terão munição de verdade. As autoridades dizem que isso é para que o carrasco não seja identificado.

Autoridades concederam na segunda-feira o último desejo do australiano Chan, que era se casar com sua namorada indonésia na prisão.

Outros condenados

Além do brasileiro Rodrigo Gularte, sete outros estrangeiros e um indonésio podem ser executados nas próximas horas na Indonésia. Todos foram condenados por tráfico de drogas e tiveram seus pedidos de clemência rejeitados. Dois australianos, quatro nigerianos e uma filipina estão na lista. Já o francês Serge Atlaoui teve sua execução adiada por recurso.

Os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan são considerados integrantes de uma quadrilha de traficantes conhecida como “Os Nove de Bali”. Chan, de 31 anos, foi preso no aeroporto de Bali em abril de 2005, acusado de tentar contrabandear 8 kg de heroína. Sukuraman, um cidadão australiano nascido em Londres, de 34 anos, é acusado de ser o líder dos "Nove de Bali" e foi condenado em 2006.
A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, afirmou ter recebido uma carta do chanceler indonésio na noite desta segunda avisando sobre a execução iminente dos dois traficantes, sem oferecer nenhuma esperança de indulto.

"Eles não deram nenhuma indicação de que o presidente [indonésio, Joko] Widodo mudaria de ideia e concederia a clemência que temos tentado", disse Bishop à "Nine Network" na terça-feira (horário local).
Bishop disse que não foi dada uma data ou hora para as execuções de Myuran Sukumaran e Andrew Chan. O governo australiano pediu à Indonésia para adiar as execuções até que as alegações de que o julgamento dos dois teria sido marcado por corrupção sejam investigadas. Uma apelação no Tribunal Constitucional também deve ser julgada até 12 de maio.

A única mulher do grupo tem 30 anos e foi presa no aeroporto de Jacarta em 2010 com 2,5 kg de heroína. Ela afirma que foi enganada por uma mulher que havia prometido um emprego como doméstica e escondeu drogas em sua bagagem. Seu mais recente pedido de revisão de julgamento foi rejeitado na segunda.

O nigeriano Martin Anderson, de 50 anos, foi inicialmente identificado como ganês porque usava um passaporte falso ao ser preso, em 2003, com cerca de 30 gramas de heroína. Acusado de ser integrante de uma quadrilha em Jacarta, foi sentenciado à morte em 2004.

Outro nigeriano do grupo é Okwudili Oyatanze, de 41 anos. Ele foi preso em 2001 quando tentava entrar no país, vindo do Paquistão, com 2,5 kg de heroína em cápsulas em seu estômago. Condenado à morte no ano seguinte, compôs mais de 70 músicas e gravou discos de música gospel dentro da prisão.

Sylvester Obiekwe Nwolise, de 47 anos, é outro nigeriano que foi preso ao tentar entrar no país com cápsulas de heroína em seu estômago, no caso pouco mais de 1 kg. Atraído ao Paquistão por uma promessa de emprego, diz que concordou em levar a droga por achar que se tratava de pó de chifre de cabra, contrabandeado apenas para evitar o pagamento de impostos. Ele foi preso e condenado em 2001.

O estrangeiro que há mais tempo aguarda execução é o nigeriano Jamiu Owolabi Abashin, de 50 anos. Sua versão é a de que um amigo, que o acolheu quando ele vivia nas ruas de Bangkok, na Tailândia, pediu para que ele levasse um pacote com roupas usadas para uma mulher que venderia as peças em Surabaya, na Indonésia. Abashin diz que só ao chegar ao aeroporto e ser preso, por usar um falso passaporte espanhol com o nome de Raheem Agbaje Salami, descobriu que carregava mais de 5 kg de heroína em sua bagagem. Ele foi condenado inicialmente à prisão perpétua, em 1999, e teve sua pena reduzida para 20 anos após uma apelação. Mas, em 2006, a Corte Suprema da Indonésia alterou novamente sua pena, condenando-o à morte.

Único não estrangeiro no grupo que deve ser executado esta semana, Zainal Abidin, de 50 anos, foi condenado depois que a polícia encontrou cerca de 60 kg de maconha em sua casa, em Palembang, em dezembro de 2000. Ele diz que a droga pertencia a dois amigos que estavam hospedados no local e que ele sequer sabia o conteúdo dos pacotes. Em 2001, ele foi condenado a 15 anos de prisão, mas no mesmo ano sua sentença foi convertida à pena de morte.

Montagem com fotos de oito dos condenados à morte por tráfico na Indonésia: acima, a partir da esquerda, os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan, a filipina Mary Jane Veloso e o nigeriano Martin Anderson. Abaixo, os nigerianos Jamiu Owolabi Abashi  (Foto: AFP Photo)
Montagem com fotos de oito dos condenados à morte por tráfico na Indonésia: acima, a partir da esquerda, os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan, a filipina Mary Jane Veloso e o nigeriano Martin Anderson. Abaixo, os nigerianos Jamiu Owolabi Abashi e Sylvester Obiekwe Nwolise e o brasileiro Rodrigo Gularte. À direita, o francês Serge Atlaoui