terça-feira, 28 de abril de 2015

Terremoto afeta 8 milhões de pessoas no Nepal, diz ONU

Oito milhões de pessoas foram afetadas pelo devastador terremoto no Nepal, um país de quase 28 milhões de habitantes, informa a Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (28).
De acordo com o organismo, mais de 1,4 milhão de pessoas necessitam de comida, água e abrigo.
O forte tremor que sacudiu o Nepal e a Índia no sábado (25) deixou mais de 5 mil mortos e pelo menos 10 mil feridos, segundo último balanço do Centro Nacional de Operações de Emergência do país.
Equipes de resgate tentam chegar às regiões mais remotas para ajudar vítimas e resgatar sobreviventes de escombros, enquanto milhares de pessoas deixam a capital Katmandu, isso porque novos tremores foram registrados e não está descartada a hipótese de um novo forte sismo.
Agências e governos internacionais correm para enviar equipes de busca e resgate, médicos e remédios ao país.
Quase um milhão de crianças precisam de ajuda urgente, segundo o Fundo para Crianças das Nações Unidas (Unicef).
Nenhum dos localizados sofreu ferimentos, segundo as informações mais recentes do governo federal. A Embaixada do Brasil em Katmandu "segue mobilizada para prestar o apoio necessário aos cidadãos brasileiros que se encontram no país", informou o ministério.
Equipes enviadas por Índia, Paquistão, Estados Unidos, China, Japão, Inglaterra e Israel estão no Nepal para ajudar, disseram as Nações Unidas, escavando toneladas de escombros em busca de milhares de pessoas ainda desaparecidas.
Grupos internacionais de busca chegaram ou devem chegar à capital Katmandu, com unidades do Japão, EUA e Inglaterra equipadas com cães farejadores e equipamentos pesados para retirada de escombros.
Os EUA ainda anunciaram que repassarão US$ 10 milhões em ajuda ao Nepal, segundo o secretário de Estado John Kerry.
As autoridades que coordenam as tarefas de socorro no Nepal se reuniram nesta segunda-feira (27) para tentar reabrir os mercados e distribuir pacotes de ajuda aos desabrigados pelo terremoto no país asiático, informou a imprensa local.
O Comitê de Coordenação de Resgate em Desastres Naturais, reunido na sede do governo nepalês em Katmandu, pediu aos chefes de distrito que trabalhem para abrir as lojas nas zonas afetadas. O objetivo é facilitar a provisão de produtos à população em geral.
Mapa: terremoto no Nepal (620px) (Foto: Arte/G1)
Ao menos 7,5 mil feridos
Pelo menos 8,5 mil pessoas ficaram feridas, segundo o governo nepalês, e o tratamento delas e de outros sobreviventes retirados dos escombros de edifícios destruídos continua sendo uma tarefa bastante desafiadora.

"A prioridade continua sendo salvar vidas e buscar e resgatar sobreviventes", afirma relatório da equipe local das Nações Unidas no Nepal.
Guia sherpa ferido em avalanche do monte Everest é levado em ônibus para Katmandu neste domingo para receber atendimento (Foto:  AP Photo/Bikram Rai)Guia sherpa ferido em avalanche do monte Everest é levado em ônibus para Katmandu neste domingo para receber atendimento 
O tremor destruiu edifícios, morumentos, estradas e outras infraestruturas. Mais de 60 terremotos secundários, incluindo um sismo de magnitude 6,7, já foram sentidos.
Pacotes com remédios e equipamentos sanitários foram entregues no domingo (26) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a hospitais no Nepal. Os artigos sanitários servirão para atender 40 mil pessoas durante três meses, indicou a organização de sua sede em Genebra.
Além disso, a OMS desembolsou US$ 175 mil como uma primeira doação de emergência para que se atendam as necessidades de saúde mais urgentes dos afetados pelo terremoto.
Fuga de pessoas
Muitos habitantes de Katmandu iniciaram nesta segunda um êxodo após o violento terremoto. Famílias inteiras se amontoavam em ônibus e algumas pessoas inclusive viajavam no teto dos veículos.

Diante do medo da falta de provisões, as pessoas também se amontoavam nas lojas e nos postos de combustível.
"Agora é importante prevenir outro desastre tomando as precauções adequadas contra as epidemias", disse à imprensa o porta-voz do Exército, Arun Neupane.
Um homem senta-se sobre os escombros de sua casa danificada após o terremoto de sábado, em Bhaktapur (Foto: REUTERS/Adnan Abidi)Um homem senta-se sobre os escombros de sua casa danificada após o terremoto de sábado, em Bhaktapur (Foto: REUTERS/Adnan Abidi)
Hospitais estão lotados
No vale de Katmandu, hospitais estão lotados e estão ficando sem espaço para corpos, afirmaram socorristas. Os centros médicos também estão ficando sem suprimentos de emergência. Alguns deles estão tendo que tratar os feridos nas ruas.

No domingo, doentes e feridos deitavam-se em uma empoeirada rodovia fora do Kathmandu Medical College, enquanto funcionários do hospital carregavam pacientes para fora do prédio em macas e sacos.
Os médicos montaram uma sala de operações dentro de uma tenda para onde levavam os mais críticos, após um tremor particularmente grande forçar as pessoas a correrem aterrorizadas para as ruas.
Feridos foram socorridos pela população no Nepal (Foto: Marcelo Gama / Acervo pessoal)Feridos foram socorridos pela população no Nepal neste sábado (25) (Foto: Marcelo Gama / Acervo pessoal)
No lado externo do Centro Nacional de Trauma em Katmandu, pacientes em cadeiras de rodas que estavam em tratamento antes do terremoto juntaram-se a centenas de feridos com membros fraturados e sujos de sangue, deitados dentro de barracas feitas com lençóis do hospital.
940 mil crianças atingidas
O Unicef estima que pelo menos 940 mil crianças foram gravemente atingidas na região que inclui os distritos de Dhading, Gorkha, Rasuwa, Sindhupalchowk e Katmandu.

Enquanto isso, campos de desabrigados deverão estar prontos nos próximos dias.
"Centenas de milhares de pessoas estão dormindo ao relento, pois estão muito assustadas para voltarem para suas casas por causa de todos os tremores secundários", disse Zubin Zaman, gerente da agência humanitária Oxfam, na Índia.

Veja história do primeiro condenado à morte no Brasil republicano

Hoje juiz aposentado, Theodomiro Romeiro dos Santos foi o primeiro brasileiro condenado à pena de morte durante o período republicano (Foto: BBC)
Com o pulso direito algemado ao de outro militante dentro de um jipe não identificado, o jovem potiguar Theodomiro Romeiro dos Santos sacou o revólver calibre 38 que estava escondido em sua pasta preta e, com a mão esquerda livre, disparou contra os agentes da ditadura militar que o haviam capturado momentos antes, matando um sargento da Aeronáutica.
Preso no dia 27 de outubro de 1970, o então militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, o PCBR, seria condenado meses depois à pena de morte, tornando-se o primeiro brasileiro a receber a sentença desde a Proclamação da República - outros dois militantes de esquerda também receberiam a pena e escapariam da execução.
O veredito apontava para um cenário inédito: a última execução do tipo havia sido registrada em 1876. Atualmente, a pena capital ainda é prevista na Constituição brasileira, mas somente para crimes militares cometidos em tempos de guerra.
"Nunca achei que seria executado. Nem eu nem meus companheiros de cela. Eu tinha todas as circunstâncias atenuantes: era menor de 21 anos, não tinha antecedentes criminais e estudava", diz Santos, hoje com 62 anos e juiz do trabalho aposentado, à BBC Brasil.
"Não fiquei aflito ou angustiado. Os próprios agentes da ditadura não acreditavam que a sentença seria cumprida. Tanto é que não me destinaram nenhum tratamento especial, apesar de o código de processo penal militar estabelecer um regime carcerário diferenciado a quem recebia esse tipo de condenação", acrescenta.
Seguiu-se à divulgação da sentença de Santos uma onda de protestos, envolvendo as principais entidades da época, o que acabou, em sua opinião, "desgastando politicamente a ditadura".
"Foi a primeira grande campanha contra a ditadura militar depois do Ato Institucional Nº 5 (AI-5). Todas as forças políticas e as entidades organizadas desse país, como a Igreja Católica, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Jornais (ABJ), a Confederação Brasileira dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e mesmo a imprensa conservadora fizeram campanha contra a pena de morte", lembra.
Fuga
Em poucos meses, a pena de morte acabou convertida em prisão perpétua e, posteriormente, a 16 anos de prisão, dos quais Santos cumpriu apenas nove ─ em 1979, ele fugiu da penitenciária e exilou-se na França, voltando para o Brasil apenas em 1985, após a expiração de sua condenação.

"Como a extrema-direita se recusava a conceder anistia ampla, geral e irrestrita, o expediente usado pela ditadura foi a readequação das penas para permitir libertar aqueles que não seriam soltos pela Lei da Anistia, como era o meu caso. Após nove anos preso, pedi liberdade condicional, o que foi negado pelo juiz auditor da Bahia, apesar de eu ter todos os pareceres favoráveis", explica Santos.
"O juiz alegou que não poderia assumir sozinho a liberdade de me devolver ao convívio social. Foi um ato covarde, torpe, da pior qualidade. Não fui solto e decidi fugir".
Na França, Santos diz ter trabalhado como pintor de paredes e, mais tarde, metalúrgico. De volta ao Brasil, fez concurso público para juiz de trabalho e tomou posse em 1993. Chegou a presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho e aposentou-se em 2012 – por decisão da Comissão da Anistia, os nove anos que passou preso foram contabilizados como tempo de serviço para fins previdenciários. Santos nunca pediu indenização pelo tempo em que passou na prisão e pela tortura que sofreu.
'Posição humanista'
Perguntado sobre os brasileiros Marco Archer, executado na Indonésia por tráfico de drogas, e Rodrigo Gularte, aguardando a iminente execução pelo mesmo crime, Santos diz ser contrário à pena de morte.

"Minha discordância fundamental contra a pena de morte em nada tem a ver com a minha condenação, mas decorre das minhas posições humanistas. Sou um defensor da vida e, em segundo lugar, tenho profunda preocupação com a irreversibilidade da punição. Se uma pessoa for executada por um crime que não cometeu, como haverá reparação?", questiona.
"Não há como corrigir um erro judiciário numa condenação à pena de morte consumada", acrescenta.
Santos diz ainda que vê com "tristeza" o forte apoio demostrado por muitos no país à pena capital.
"É errado pensar que o agravamento das sanções possa consertar o estado das coisas. Defender a pena de morte é uma demonstração da nossa incapacidade de fazer com que as pessoas compreendam que essas medidas não vão resolver os problemas de segurança, todos os problemas que elas gostariam de ver resolvidos", diz.
"Infelizmente, essa parcela da população não é só a favor da pena de morte, mas é a favor de que os marginais sejam torturados, espancados e mantidos em condições execráveis na prisão. Quando alguém, por exemplo, reclama que presos têm direito a assistir TV na cela, eu retruco imediatamente 'Mas eles estão condenados à privação de liberdade, e não de informação'. Não se trata de um privilégio", acrescenta.
Arrependimento?
Questionado se possui algum arrependimento por ter participado da luta armada contra a ditadura e matado um militar, Santos é certeiro. "Não tenho arrependimento de nada do que fiz".

"Todo povo tem direito à sua liberdade. Na época e ainda hoje, acho que não era somente uma escolha, mas um dever meu lutar contra a ditadura que havia se instalado no país. Não havia oposição legal; a única possibilidade de oposição era a clandestina, pacífica ou não", defende.
"Havia pessoas, partidos e organizações que achavam que a luta contra a ditadura deveria ser pacífica. Outros acreditavam que o regime só seria derrubado por meio da luta armada."
"E essa foi a alternativa que me pareceu mais correta, mais adequada, a que eu escolhi e da qual não tenho nenhum tipo de arrependimento. Pelo contrário, tenho grande orgulho de ter lutado contra a ditadura militar. Todas as formas de resistência foram legítimas, eficazes e instrumento da mudança que permitiu que hoje, apesar de todos os problemas que temos no país, possamos viver numa democracia".
Em entrevista concedida quando Santos voltou do exílio, Geralda Sandré Xavier, viúva do sargento morto por ele, Walder Xavier de Lima, afirmou que o ex-guerrilheiro era "um homem perigoso, um assassino frio". Ela protestou contra o que chamou de "recepção de herói" dada a Santos.
"Não sei como vou contar a meus netos, quando eles crescerem, que seu avô foi assassinado por um ladrão de banco, um bandido que não foi punido pelo crime covarde que cometeu. A derrota da minha família e a minha própria agradecemos a Theodomiro", disse ela.

Brasileiro preso na Indonésia não sabe que será executado, diz prima

Angelita Muxfeldt, prima de Rodrigo Gularte, fala à imprensa nesta terça-feira sobre execução de primo na Indonésia (Foto: AP Photo/Tatan Syuflana)


O brasileiro Rodrigo Gularte, condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, não sabe que poderá ser executado a qualquer momento, informou a prima dele, Angelita Muxfeldt, que o acompanha no país asiático, segundo o jornal “Hora 1”. A brasileira contou que seu primo está muito calmo e ainda acredita que será solto.
O governo local não informou a data e a hora das execuções, mas acredita-se que elas ocorrerão nas primeiras horas desta quarta-feira (29) – tarde desta terça-feira (28) no horário de Brasília.
A prisão de segurança máxima da ilha, situada ao largo da costa de Java, teve reforço na proteção nesta terça. Conselheiros religiosos, médicos e o pelotão de fuzilamento foram alertados para iniciar os preparativos finais para a execução, e uma dúzia de ambulâncias, algumas carregando caixões cobertos de cetim branco, chegaram ao local.
A brasileira saiu chorando da prisão e deu uma entrevista aos jornalistas indonésios, em uma tentativa de sensibilizar o governo, tentando dizer ao presidente do país que ele errou ao recusar o pedido de clemência de Gularte. Há uma equipe de 10 advogados trabalhando pelo brasileiro, além de uma ONG, que resolveu ajudar.
Angelita contou que não disse ao primo claramente o que deve ocorrer nas próximas horas e que ele não sabe o que vai acontecer, apesar de ter sido informado no sábado. Segundo a brasileira, ele tem delírios e não entendeu que será executado, nega que isso vá ocorrer e acredita que vai ser solto.

Rodrigo Gularte (Foto: Reprodução / RPC)Rodrigo Gularte. (Foto: Reprodução / RPC)



O brasileiro foi diagnosticado com esquizofrenia por dois relatórios no ano passado. Em março, uma equipe médica reavaliou o brasileiro a pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado.

Familiares e conhecidos relataram que Gularte passa seus dias na prisão conversando com paredes e ouvindo vozes. Dizem que ele se recusa a tirar um boné, que usa virado para trás, alegando ser sua proteção.

O brasileiro passou 11 anos em prisões da Indonésia. Ele foi preso em julho de 2004 após tentar entrar na Indonésia com 6 kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe e foi condenado à morte em 2005.
Gularte poderá ser o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas.

Aos prisioneiros será dada a opção de ficar de pé, ajoelhar-se ou sentar-se diante do pelotão de fuzilamento. Suas mãos e pés serão amarrados.

Doze atiradores vão mirar no coração de cada prisioneiro, mas apenas três armas terão munição de verdade. As autoridades dizem que isso é para que o carrasco não seja identificado.

Autoridades concederam na segunda-feira o último desejo do australiano Chan, que era se casar com sua namorada indonésia na prisão.

Outros condenados

Além do brasileiro Rodrigo Gularte, sete outros estrangeiros e um indonésio podem ser executados nas próximas horas na Indonésia. Todos foram condenados por tráfico de drogas e tiveram seus pedidos de clemência rejeitados. Dois australianos, quatro nigerianos e uma filipina estão na lista. Já o francês Serge Atlaoui teve sua execução adiada por recurso.

Os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan são considerados integrantes de uma quadrilha de traficantes conhecida como “Os Nove de Bali”. Chan, de 31 anos, foi preso no aeroporto de Bali em abril de 2005, acusado de tentar contrabandear 8 kg de heroína. Sukuraman, um cidadão australiano nascido em Londres, de 34 anos, é acusado de ser o líder dos "Nove de Bali" e foi condenado em 2006.
A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, afirmou ter recebido uma carta do chanceler indonésio na noite desta segunda avisando sobre a execução iminente dos dois traficantes, sem oferecer nenhuma esperança de indulto.

"Eles não deram nenhuma indicação de que o presidente [indonésio, Joko] Widodo mudaria de ideia e concederia a clemência que temos tentado", disse Bishop à "Nine Network" na terça-feira (horário local).
Bishop disse que não foi dada uma data ou hora para as execuções de Myuran Sukumaran e Andrew Chan. O governo australiano pediu à Indonésia para adiar as execuções até que as alegações de que o julgamento dos dois teria sido marcado por corrupção sejam investigadas. Uma apelação no Tribunal Constitucional também deve ser julgada até 12 de maio.

A única mulher do grupo tem 30 anos e foi presa no aeroporto de Jacarta em 2010 com 2,5 kg de heroína. Ela afirma que foi enganada por uma mulher que havia prometido um emprego como doméstica e escondeu drogas em sua bagagem. Seu mais recente pedido de revisão de julgamento foi rejeitado na segunda.

O nigeriano Martin Anderson, de 50 anos, foi inicialmente identificado como ganês porque usava um passaporte falso ao ser preso, em 2003, com cerca de 30 gramas de heroína. Acusado de ser integrante de uma quadrilha em Jacarta, foi sentenciado à morte em 2004.

Outro nigeriano do grupo é Okwudili Oyatanze, de 41 anos. Ele foi preso em 2001 quando tentava entrar no país, vindo do Paquistão, com 2,5 kg de heroína em cápsulas em seu estômago. Condenado à morte no ano seguinte, compôs mais de 70 músicas e gravou discos de música gospel dentro da prisão.

Sylvester Obiekwe Nwolise, de 47 anos, é outro nigeriano que foi preso ao tentar entrar no país com cápsulas de heroína em seu estômago, no caso pouco mais de 1 kg. Atraído ao Paquistão por uma promessa de emprego, diz que concordou em levar a droga por achar que se tratava de pó de chifre de cabra, contrabandeado apenas para evitar o pagamento de impostos. Ele foi preso e condenado em 2001.

O estrangeiro que há mais tempo aguarda execução é o nigeriano Jamiu Owolabi Abashin, de 50 anos. Sua versão é a de que um amigo, que o acolheu quando ele vivia nas ruas de Bangkok, na Tailândia, pediu para que ele levasse um pacote com roupas usadas para uma mulher que venderia as peças em Surabaya, na Indonésia. Abashin diz que só ao chegar ao aeroporto e ser preso, por usar um falso passaporte espanhol com o nome de Raheem Agbaje Salami, descobriu que carregava mais de 5 kg de heroína em sua bagagem. Ele foi condenado inicialmente à prisão perpétua, em 1999, e teve sua pena reduzida para 20 anos após uma apelação. Mas, em 2006, a Corte Suprema da Indonésia alterou novamente sua pena, condenando-o à morte.

Único não estrangeiro no grupo que deve ser executado esta semana, Zainal Abidin, de 50 anos, foi condenado depois que a polícia encontrou cerca de 60 kg de maconha em sua casa, em Palembang, em dezembro de 2000. Ele diz que a droga pertencia a dois amigos que estavam hospedados no local e que ele sequer sabia o conteúdo dos pacotes. Em 2001, ele foi condenado a 15 anos de prisão, mas no mesmo ano sua sentença foi convertida à pena de morte.

Montagem com fotos de oito dos condenados à morte por tráfico na Indonésia: acima, a partir da esquerda, os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan, a filipina Mary Jane Veloso e o nigeriano Martin Anderson. Abaixo, os nigerianos Jamiu Owolabi Abashi  (Foto: AFP Photo)
Montagem com fotos de oito dos condenados à morte por tráfico na Indonésia: acima, a partir da esquerda, os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan, a filipina Mary Jane Veloso e o nigeriano Martin Anderson. Abaixo, os nigerianos Jamiu Owolabi Abashi e Sylvester Obiekwe Nwolise e o brasileiro Rodrigo Gularte. À direita, o francês Serge Atlaoui

Desemprego fica em 6,2% em março, diz IBGE

EVOLUÇÃO DO DESEMPREGO
em %
54,94,94,84,954,94,74,84,35,35,96,2em %mar/14abr/14mai/14jun/14jul/14ago/14set/14out/14nov/14dez/14jan/15fev/15mar/1544,555,566,5
Fonte: IBGE
Em março, a taxa de desemprego no país subiu e os salários tiveram redução, conforme apontam os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE nesta terça-feira (28). 
A desocupação aumentou para 6,2% no terceiro mês do ano. O índice é o mesmo registrado em março de 2012 e o maior desde maio de 2011, quando chegou a 6,4%.
No mês anterior, o indicador havia chegado a 5,9%. Taxa foi considerada a maior para fevereiro desde 2011.
“A gente vê de janeiro até março uma tendência de elevação da taxa de desocupação. A gente vê que é a tendência de início de ano para todos os anos. Esse primeiro trimestre sempre tem essa tendência”, analisou Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad do IBGE.
A população desocupada somou 1,5 milhão de pessoas, mostrando estabilidade na comparação com o mês anterior. Frente a 2014, houve aumento de 23,1%. A população ocupada foi estimada em 22,8 milhões. O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado ficou estável em 11,5 milhões.
“A população desocupada, embora crescendo, está crescendo num ritmo menor. E a população ocupada, embora diminuindo cada vez mais, a gente espera que esses indicadores obedeçam a tendência, que começa a apresentar queda de desocupação a partir do mês de abril.”
O nível da ocupação, que é a proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa, foi estimado em 52,1% em março.
"Em relação a março de 2014, ao mesmo tempo a gente vê aumento da população desocupada e da população não economicamente ativa", afirmou.
Salário

O rendimento médio dos trabalhadores chegou a R$ 2.134,60 - 2,8% abaixo do valor de fevereiro R$ 2.196,76. Essa queda é a maior desde janeiro de 2003, quando o indicador recuou 4,3%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a retração foi de 3%.

“Não é só inflação, tem queda no rendimento nominal também. As pessoas estão recebendo menor rendimento de trabalho. Os trabalhadores estão recebendo menos.”
Na análise dos tipos de atividade, a maior queda no rendimento médio em relação a fevereiro foi em construção (-5,6%). Frente a março de 2014, a maior redução ocorreu em comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (-5,2%).
Regiões

O desemprego cresceu Rio de Janeiro (de 4,2% para 4,8%), mas não teve alteração nas outras regiões analisadas. Na comparação com março de 2014, em Salvador a taxa foi de 9,2% para 12,0%; no Recife, de 5,5% para 8,1%; em Porto Alegre, de 3,2% para 5,1%; no Rio de Janeiro, de 3,5% para 4,8% e em Belo Horizonte, de 3,6% para 4,7%. Em São Paulo, o desemprego ficou estável.


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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Como curar insônia? Higiene do sono ajuda a dormir e elimina cansaço

São raros os dias em que, entre as atualizações das redes sociais, não leio frases parecidas com "E quando o sono não vem?", "Pode vir sono!", "Soninho, cadê você?". Pela manhã, quando leio a mensagem, já passou o momento para falar algo, mas, observando o horário das postagens, percebo que o computador, celular ou tablet estava conectado até 23h, 0h, 01h...

Aproveitando essas observações, uso as próximas linhas para justamente expor uma forma de higiene pessoal chamada higiene do sono. Esse método deve fazer parte de nossas vidas da mesma forma que a higiene do corpo. Normalmente nos preocupamos em tomar banho diariamente, trocar de roupa, cortar o cabelo e mantê-los penteados, fazer a barba etc.

Quando alguém não se cuida percebemos e achamos estranha essa situação. O mesmo devo ocorrer com a higiene do sono, afinal dormir bem é essencial, pois a quantidade e a qualidade do sono são fundamentais para manter uma boa forma física e mental.

Temos diversos riscos relacionados distúrbios do sono, entre eles são mais relevantes:


Siga essas dicas para uma boa higiene do sono:

1) Vale a pena manter os horários para dormir e acordar mesmo finais de semana;
2) Ficar muito tempo na cama depois que acorda não melhora a qualidade do sono;
3) O quarto de dormir SERVE para dormir e namorar;
4) Evite trabalhar, estudar ou comer na cama;
5) Evite ler e assistir à televisão antes de dormir;
6) Desligue os aparelhos eletrônicos com acesso a internet antes de deitar.
7) Os -emails não vão fugir, as mensagens estarão lá pela manhã também;
8) Um cochilo de 30 minutos pode ser uma opção para melhorar a energia, mas cochilar várias vezes durante o dia não é uma boa saída;
9) Para a maioria das pessoas fazer atividade física no período noturno pode atrapalhar a qualidade do sono;
10) Pode ser uma boa ideia tomar um chá ou banho quente antes de dormir;
11) Alimentos estimulantes- café, chá preto, chocolate- quando consumidos após 18h costumam dificultar o inicio do sono;
12) Bebidas alcoólicas podem até ajudar a começar o sono, porém esse sono dura pouco e piora a qualidade do mesmo durante o resto da noite;
13) Se ainda estiver fumando, fume o último cigarro até 18h para não atrapalhar a qualidade do sono;
14) Pessoas que roncam podem utilizar posições diferentes com ajuda de travesseiro entre os joelhos, travesseiro de corpo. E em geral essas pessoas precisam ser avaliadas por especialistas;
15) Refeições mais leves em geral ajudam na digestão mais rápida;
16) Temperaturas desagradáveis alteram o sono, assim se aqueça nos dias frios e se resfrie nos dias quentes.