Os primeiros editais de licitação da tão esperada
Adutora do Agreste, o maior de todos os complementos da transposição do Rio São
Francisco, serão disponibilizados a partir de hoje pela Companhia Pernambucana
de Saneamento (Compesa). Os avisos de abertura das duas primeiras concorrências
públicas da megaobra, que vai ter um custo superior a R$ 2 bilhões, foram
publicados na última terça-feira pela Compesa.
Devido às dimensões e ao custo da adutora, as
obras propriamente ditas e a compra de equipamentos terão contratos diferentes.
Os dois primeiros editais são relativos à compra de dois grandes conjuntos de
tubulação e todo o detalhamento desses contratos pela Compesa está previsto
para hoje.
A adutora é fundamental para Pernambuco ser
realmente beneficiado pela retirada da água do Rio São Francisco através do
Eixo Leste da transposição, o mais importante para o Estado. O outro canal, o
Eixo Norte, também trará benefícios sociais para os pernambucanos, mas tem como
objetivo maior beneficiar os Estados do Rio Grande do Norte e Ceará. A Paraíba
também será beneficiada pelos dois eixos.
As obras da transposição começaram em 2007 e seus
dois canais, Eixos Leste e Norte, deveriam estar prontos este ano. Mas, por uma
série de erros e atropelos devido à politicagem com o projeto, o conjunto de
713 quilômetros de canais ficou para 2015. O orçamento inicial, de R$ 4,5
bilhões, bateu R$ 8,2 bilhões em março passado.
Para a água correr por Pernambuco, precisa do
Ramal do Agreste, um canal de 70 quilômetros de extensão, que ligará a
transposição à adutora, um imenso conjunto de 1.100 quilômetros de tubulações
discutido em Pernambuco desde 1997 e com execução esperada desde 2005 – que por
enquanto permanecia em debates e em planejamento.
Os primeiros recursos para esse grande
complemento estadual, que quando pronto beneficiará 68 municípios, foram
incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma verba de R$ 1,25
bilhão.
De acordo com números divulgados em fevereiro
pela Compesa, a estimativa é que somente a primeira etapa de obras, que será
dividida em duas partes, chegue a R$ 1,39 bilhões, com uma contrapartida de R$
140 milhões do governo estadual. Essa primeira fase, no geral, beneficiará 23 cidades,
entre elas Arcoverde, Belo Jardim, Caruaru e Gravatá.
Blog: Durvalina Coelho
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