quinta-feira, 12 de julho de 2012

Economia fica estagnada em maio, segundo 'prévia do PIB' do BC.


A economia brasileira ficou praticamente estagnada em maio. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto), registrou leve queda de 0,02% em maio em relação ao mês anterior. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (12).
Apesar de negativo, o resultado é melhor do que o esperado por analistas. Levantamento da agência de notícias "Reuters" mostrou que o mercado esperava retração de 0,50% em maio.
O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia-serviços, indústria e agropecuária.
Em 12 meses, o avanço sem ajuste sazonal em maio foi de 1,39%. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, também sem ajuste sazonal, o IBC-Br registra alta de 1,09%.
O BC revisou ainda para baixo o resultado de abril ante março para uma alta 0,1%, depois de ter informado inicialmente avanço de 0,22%. Já o resultado do primeiro trimestre foi revisado para indicar uma melhora no período, ao passar de 0,49% anteriormente para uma alta de 0,54%.

Ritmo lento de crescimento preocupa

 

No início de junho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,2% no primeiro trimestre do ano em comparação com os últimos três meses de 2011.
Embora a expectativa seja de que a economia brasileira consiga ganhar algum ímpeto no segundo trimestre, o lento ritmo da atividade preocupa o governo e os agentes econômicos, principalmente depois do anúncio pelo IBGE do fraco crescimento entre janeiro e fevereiro, abaixo das expectativas.
A indústria é o setor que mais preocupa, pois vem impedindo uma recuperação mais robusta da economia brasileira. Em maio, a produção do setor caiu 0,9%, enquanto que o emprego recuou 0,3%.
Além disso, na quarta-feira o resultado das vendas no varejo em maio surpreendeu, ao mostrar queda de 0,8% na comparação com abril, pior resultado em três anos e meio.
Devido à recuperação ainda lenta da atividade e ao cenário internacional bastante conturbado, o próprio BC já reduziu sua projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 3,5% para 2,5%.

Juros caem a 8% ao ano 


Como forma de incentivar a economia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu ainda mais na quarta-feira (11) a taxa básica de juros, que já estava em sua mínima histórica de 8,50% ao ano. O corte anunciado na Selic foi de 0,50 ponto percentual, para 8% ao ano.
Foi o oitavo corte seguido feito pelo Copom desde agosto passado, quando começou o processo de afrouxamento monetário. Ao todo, as reduções já somam 4,50 pontos percentuais.
O governo vem buscando também adotar outras medidas de estímulo à economia, como benefícios fiscais a indústrias e consumidores, além de aumento das compras governamentais.

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