Um dos dois irmãos que mataram 12 pessoas no ataque contra o jornal disse ter sido financiado pelo pregador da Al Qaeda Anwar al Awlaki no Iêmen. Cherif Kouachi, que foi morto junto ao irmão mais velho pela polícia nesta sexta-feira (9) depois de um cerco policial numa gráfica, após três dias de perseguição, fez a afirmação à BFM-TV antes da sua morte, enquanto estava refugiado numa gráfica.
"Fui enviado, eu, Cherif Kouachi, pela Al Qaeda do Iêmen. Eu fui lá e foi Anwar al Awlaki que me financiou", disse ele à BFM-TV por telefone, de acordo com uma gravação transmitida pelo canal de TV depois do fim do cerco.
Também depois da morte dos irmãos Kouachi, um membro da Al Qaeda no Iêmen disse que o grupo ordenou o ataque ao jornal "Charlie Hebdo". A Reuters cita um vídeo no YouTube em que um líder da rede afirma que o ataque foi promovido por insultos ao profeta mamomé.
Uma fonte do setor de inteligência do Iêmen disse mais cedo à Reuters que o irmão de Cherif, Said Kouachi, também havia se encontrado com al Awlaki durante um período no Iêmen em 2011.
O porta-voz do Iêmen em Washington, Mohammed Albasha, afirmou no Twitter nesta sexta-feira que seu país lançou uma investigação sobre a possível ligação do ataque ao jornal "Charlie Abdo" com o braço da Al Qaeda na Península Arábica.
Amedy Coulibaly, o agressor ligado aos irmãos Kouachi que morreu depois do cerco policial a um mercado em Paris nesta sexta-feira, procurou separadamente a BFM-TV, dizendo que ele queria defender os palestinos e atacar os judeus. Quatro dos reféns tomados por ele no local morreram.
Coulibaly se disse leal ao Estado Islâmico e afirmou que ele havia planejado conjuntamente os ataques com os irmãos Kouachi. A polícia diz que eles eram todos membros da mesma célula extremista no norte de Paris.
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