terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Sem negociações, permissionários do Ceape continuam no local

O Ceape funciona há 30 anos em frente à Avenida Sete de Setembro. (Foto: Amanda Franco/ G1)O Ceape funciona há 30 anos em frente
à Avenida Sete de Setembro.
(Foto: Amanda Franco/ G1)
Cerca de cem permissionários do Centro de Abastecimento de Petrolina (Ceape), no Sertão de Pernambuco, aguardam a solução de um problema que segue há mais de dois anos, a desocupação do local. Os comerciantes alegam que após a mobilização feita na terça-feira (3) na Câmara de Vereadores de Petrolina, ainda não foram procurados para negociações e por isso ainda permanecem no local.
De acordo com o permissionário, Joseilton Ferreira Morais, a última proposta apresentada pelo município foi negada pelos comerciantes. “Foi oferecido terrenos de uma área na saída de Petrolina e outra no bairro Antônio Cassimiro. E percebemos que não é justo, que temos que construir os novos pontos e no contrato tem o prazo de três anos para construir alguma coisa ou então desocupar o terrono”, conta.
Já em relação, a feira que também funciona no Ceape, o permissionário conta que a gestão municipal também apresentou uma alternativa. “A feira do Ceape, começa às 6h e vai até 20h, todo dia de segunda-feira, já é tradicional. A proposta foi que ela fosse para o bairro José e Maria em um espaço próximo a quadra de esporte, no final do bairro. Mas, nós não queremos, porque fica difícil o acesso. Existe um fluxo de muita gente, venda de confecção, verduras, frutas, temperos”, explica Joseilton.
Embora existam propostas para realocação dos permissionários do Ceape e para a feira, ainda não foi fechado um acordo. Enquanto isso, na última segunda-feira (2), a água do centro foi cortada e houve a religação no sábado (6) pela Companhia Pernambucana de Abastecimento (Compesa). Os permissionários explicam que a água estava inclusa no aluguel e por conta da desocupação, as contas não são pagas há mais de dois anos. Para resolver o problema, os comerciantes e a Compesa agendaram uma reunião para que hidrômetros individuais fossem colocados nos boxes para que eles possam pagar pelo consumo da água enquanto não ocorre a desocupação.
Em nota enviada no mês de dezembro ao G1, o município informava que pretendia instalar uma nova praça de alimentação no pátio da feira livre do Ouro Preto para alocar os permissionários. Também esclarecia que apenas um dos três boxes foi construído pelo permissionário, e que este vendeu o ponto para um terceiro, descumprindo a legislação pertinente que proibi o procedimento.
Além disso, a nota explicava que foi apresentada aos permissionários a proposta para realocação dos boxes dentro do pátio da feira livre e que todos os permissionários estão em situação irregular, pois não possuem contrato ou termo de permissão do município para ocupar o referido espaço público.
O G1 entrou em contato com assessoria da Prefeitura de Petrolina para saber o andamento das negociações e se há uma nova proposta para os permissionários, mas não obteve resposta. Também não recebemos uma confirmação da Compesa quanto a reunião realizada com os permissionários para colocação dos hidrômetros individuais nos boxes do Ceape.

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