quinta-feira, 16 de abril de 2015

Consumidores do Sertão produzem energia para economizar na conta

Com o aumento do valor da energia, casas e empresas começam a optar por produzir a própria energia, através de recursos que utilizam raios solares e a força do vento. Em Petrolina, no Sertão Pernambucano, já é possível encontrar locais que produzem a própria energia para economizar nos gastos com energia.
Um restaurante no bairro Areia Branca, na Zona Leste da cidade, produz energia com uso de placas solares ou também chamadas de fotovoltaicas. O comerciante José Geraldo Quintino disse que ganhou o equipamento de um amigo. “Eu estou só pagando o consumo. Se eu pagava mais ou menos R$ 2.400 mil na conta de energia, estou agora pagando R$2.050. Economizei quase R$500 reais por mês”, destaca.
No estado de Pernambuco, além de José Geraldo, outras doze pessoas são usuárias do sistema de micro ou minigeração distribuída, que é quando o cliente produz uma parte ou toda a energia elétrica que consome. O sistema funciona utilizando fontes do tipo solar, ou eólica, por exemplo, a geração particular é conectada ao sistema elétrico da Companhia Energética Pernmabucana (Celpe). O consumo pode ser feito diretamente do gerador, ou por ingestão na rede da companhia. Contudo,  é preciso comprar o equipamento. Em uma casa com consumo médio de 300 quilowatts/ hora, por mês, o valor do sistema chega a ser de R$20 mil.
Placas  solares em restaurante de  Petrolina, PE (Foto: Reprodução/ TV Grande Rio)Placas solares em restaurante de Petrolina-PE
O engenheiro eletricista, Alexandre Rodrigues, explica que deve ser feito um projeto de geração para ser apresentado e autorizado pela concessionária de energia. “Após a aprovação, o cliente pode fazer a instalação do sistema, depois disso, ele informa a concessionária que já está pronto e antes de fazer a ligação a concessionária analisa e estando tudo correto como estava no projeto, ela faz a ligação”.
Mesmo com o sistema, a fatura continua sendo entregue. Neste caso, se for produzida mais energia do que a utilizada, o proprietário passa a ter créditos com a Celpe. “Ele fica com um crédito com a empresa durante 36 meses. Por exemplo, em algum momento ele gera 1000 quilowatts/ hora e só consumiu 800 naquele mês. Ele fica com o crédito de 200 para os meses posteriores”, destaca o Superintendente Comercial da Celpe, Paulo Medeiros.
Além disso, se a produção for superior ao consumo é possível colocar outras unidades. “Se a geração dele for maior que o consumo em um período longo ele pode inclusive colocar outras unidades consumidores para fazer o crédito da energia nas outras unidades”, argumenta Medeiros

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