Com pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff, manifestantes ocuparam as ruas do centro de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e a Ponte Presidente Dutra, BR-407, no final da tarde deste domingo (12), acompanhando o movimento organizado em diversas cidades pelo Brasil. Quem foi às ruas, vestiu-se com as cores do Brasil e levou consigo apitos e bandeiras do país.
A concentração começou por volta das 16h na Praça Maria Auxiliadora. A ideia inicial era percorrer somente as ruas do centro da cidade, mas houve mudança no roteiro e ficou decidido bloquear novamente a Ponte, como aconteceu no protesto dia dia 15 de março.
O movimento faz parte da manifestação 'Brasil Livre'. A Polícia Militar, que acompanhou o ato, contabilizou cerca de 120 pessoas em Petrolina enquanto a organização afirmou terem 150 manifestantes.
Segundo Rafael Coelho, um dos organizadores do movimento, a manifestação é contra a corrupção. “O objetivo é protestar contra a corrupção do nosso país e a favor do impeachment da presidente Dilma. Esta é uma manifestação pacífica e ordeira. Não existe protesto pela Ditadura. Queremos é que a Policia Federal traga bons resultados nas investigações”, disse.
O funcionário público, Renato Minc, participou do ato do dia 15 de março. Para ele as pessoas precisam ir às ruas para mostrar a indignação. “Fora o motivo do impeachment, existem milhares de outros motivos que deixam as pessoas descontentes e acho que é isso que faz com que a pessoa vá para as ruas”, destacou o funcionário público.
O grupo percorreu as Avenidas Guararapes, Joaquim Nabuco, Avenida Cardoso de Sá até subir a ponte. Inicialmente apenas uma via da BR-407 foi bloqueada. Os manifestantes encontraram com um outro grupo que saiu de Juazeiro-BA. Apesar de não haver o objetivo de interditar completamente o acesso entre as duas cidades, o tráfego foi paralisado por volta das 18h20. Com a junção dos manifestos, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) calculou cerca de 300 pessoas.
O trânsito ficou parado por 30 minutos. Muitos motoristas estavam irritados por não poderem passar. Um deles desceu do veículo e tentou uma conversa com os manifestantes que se recusavam a desbloquear pelo menos uma das vias. “Isso não está certo. O seu direito termina quando o meu começa. Eu também sou cidadão”, gritou um condutor de um dos carros que estavam parados.
A PRF conversava com os manifestantes para tentava organizar o trânsito. O policial rodoviário, Jeremias Almeida, falou sobre a confusão. “Estamos aqui para oferecer segurança, evitar atropelamentos. Só que o movimento, de certa forma, é intransigente e ao invés de conquistar adeptos, está criando problemas”, enfatizou. Depois de liberada a rodovia, por volta das 18h50, um engarrafamento cobria toda a ponte e a orla de Petrolina.
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