A assessoria do Palácio do Planalto informou que a presidente Dilma Rousseff cancelou o encontro previsto para a manhã deste sábado (16), em Brasília, com um grupo de integrantes de movimentos sociais contrários ao processo de impeachment, que se auto declaram "Movimentos Populares pela Democracia e Contra o Golpe".
Segundo a Presidência, Dilma dedicará o dia para comandar reuniões com parlamentares, na tentativa de garantir os votos necessários para que a Câmara não aprove o seu afastamento.
A participação de Dilma no ato estava prevista desde a última quinta (14) e chegou a constar da agenda oficial da presidente, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social na noite desta sexta (15). Apesar de a presidente ter desistido de ir ao encontro com os militantes contrários ao impeachment, há a expectativa de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareça ao evento.
Na noite desta sexta, o Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nas redes sociais um vídeo gravado por Dilma no qual a presidente critica o processo de impeachment. Em sua fala, a petista voltou a chamar seus adversários de "golpistas" e reiterou que não há fundamento jurídico para ser afastada do comando do país.
Inicialmente, a gravação seria veiculada em cadeia nacional de rádio e TV, mas, segundo o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, orientou Dilma a desistir do pronunciamento para não gerar "polêmica". De acordo com o governador maranhense, que se reuniu com a presidente nesta sexta no Planalto, o "foco" da petista tem de ser o diálogo com os parlamentares da base para que eles votem contra o impeachment.
Desde a manhã desta sexta (15), deputados favoráveis e contrários ao impeachment têm se revezado na tribuna da Câmara para se posicionar sobre o processo de afastamento.
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