Diversidade Religiosa
A religião no Brasil é muito diversificada e caracteriza-se pelo sincretismo. A Constituição prevê a liberdade de religião e a Igreja e o Estado estão oficialmente separados, sendo o Brasil um Estado laico. A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância, sendo a prática religiosa geralmente livre no país. Segundo o Relatório Internacional de Liberdade Religiosa de 2005, elaborado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, a "relação geralmente amigável entre religiões contribui para a liberdade religiosa" no Brasil. O Brasil é um país religiosamente diverso, com a tendência de mobilidade entre as religiões e o sincretismo religioso.
Budismo
No entanto, nos últimos anos tradições chinesas e do sudeste asiático, como a Mahayana e Theravada, estão ganhando popularidade. O budismo foi introduzido no Brasil no início do século XX, por imigrantes japoneses, embora agora, 60% dos brasileiros japoneses sejam cristãos devido às atividades missionárias e casamento. No entanto, a cultura brasileira japonesa tem uma substancial influência budista.
Catolicismo
A principal religião do Brasil, desde o século XVI, tem sido o catolicismo romano. Ela foi introduzida pormissionários jesuítas que acompanharam os exploradores e colonizadores portugueses nas terras do país recém-descoberto. O Brasil é considerado o maior país do mundo em número de católicos nominais, com 64,6% da população brasileira declarando-se católica, de acordo com o Censo do IBGE de 2010.
A maior proporção de católicos está concentrada nas regiões Nordeste (72,2%) e Sul (70,1%) do país.A menor proporção de católicos é encontrado na região Centro-Oeste. O Piauí tem a maior proporção de católicos (85,1%) e Rio de Janeiro tem a menor (45,8%). O município com o maior número de seguidores do catolicismo no Brasil éUnião da Serra, no Rio Grande do Sul, onde 99% da população se considera católica.
Protestantismo
O protestantismo é o segundo maior segmento religioso do Brasil, representado principalmente pelas igrejas evangélicas, com cerca de 42,3 milhões de fiéis, o que representa 22,2% da população brasileira segundo dados do IBGE. Entre as maiores denominações protestantes do Brasil em número de adeptos estão os batistas (3,7 milhões), presbiterianos (1,5 milhão) , luteranos (1 milhão) e metodistas (340 mil).
Testemunhas de Jeová
De acordo dados do Censo de 2010 do IBGE, existiam 1.393.208 Testemunhas de Jeová no Brasil,que se distribuem em 10.926 congregações. O Brasil é na atualidade um dos países com maior número de Testemunhas de Jeová. Em 2011, foram feitos 27.425 batizados no país. No evento da Comemoração da Morte de Cristoestiveram presentes 1.748.226 pessoas. Foram realizados 801.007 estudos Bíblicos pelas Testemunhas no Brasil. Foram dedicadas 145.889.031 horas na pregação das Boas Novas no país.
Espiritismo
De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, o Brasil possuía 3,8 milhões de espíritas, sendo esse o terceiro maior grupo religioso do país, representando cerca de 2% da população brasileira. Com efeito, o IBGE trata os termos kardecismo e espiritismo como equivalentes em sua classifição censitária.
Religiões afro-brasileiras e indígenas
Com a vinda dos escravos para o Brasil, seus costumes deram origem a diversas religiões, tais como o candomblé, que tem milhões de seguidores, principalmente entre a população negra, descendente de africanos. Estão concentradas em maior número nos grandes centros urbanos do Norte e do Nordeste do país, mas também com grande presença no Sudeste. Diferente do candomblé, que é a religião sobrevivente da África ocidental, há também a Umbanda, que representa o sincretismo religioso entre o catolicismo, espiritismo e os orixás africanos. As religiões de matriz africana foram e ainda são perseguidas e discriminadas no Brasil.
Não Religiosos
De acordo com dados do Censo brasileiro de 2010 do IBGE, 8% da população brasileira declarou-se "sem religião" (o que equivale a 15,3 milhões de pessoas), dentre as quais cerca de 615 mil declaram-se ateias. No Censo de 2000, estes correspondiam a 7,4% (cerca de 12,5 milhões) da população. Em 1991 essa porcentagem era de 4,7%. Cabe salientar que o IBGE, orgão oficial de pesquisas, não pergunta quem de fato é ateu, quem é agnóstico, e quem apenas não segue alguma religião preestabelecida, embora conserve a sua fé em algo transcendental, denominando todos estes grupos pelo termo "sem religião". Uma pesquisa realizada pela empresa Ipsos a pedido da agência de notícias Reuters revelou que 3% dos brasileiros entrevistados não acreditam em deuses ou seres supremos.
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