quinta-feira, 2 de abril de 2015

Suspeito de matar namorada a tiros em Campo Grande é preso em PE

O suspeito de matar a namorada de 27 anos a tiros, em fevereiro deste ano, em Campo Grande, foi preso em Araripina (PE), na tarde desta quarta-feira (1º). A delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Rosely Molina, disse que o homem de 32 anos foi encontrado em uma fazenda do município pernambucano.
O crime ocorreu no Jardim Anache, região norte da capital sul-mato-grossense. Segundo Rosely, uma equipe da Polícia Civil viajará a Pernambuco para trazer o suspeito e, em breve, o homem prestará depoimento.
As polícias da Bahia, Pernambuco e Mato Grosso do Sul colaboraram para localizar o homem. Assim que chegar a Campo Grande, o suspeito prestará depoimento, de acordo com a delegada.
Crime

A jovem de 27 anos foi morta em 22 de fevereiro, no Jardim Anache, região norte da capital sul-mato-grossense. De acordo com a polícia, após ser agredida pelo suspeito, a jovem pediu ajuda a uma vizinha e se sentou em frente a uma casa.

Em seguida, o mesmo homem que a havia agredido atirou nela e fugiu. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Segundo a polícia, ela foi atingida por quatro tiros.
Histórico

O homem já tem passagens por lesão corporal dolosa, em 2008, e por homicídio, em 2013. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito e a vítima moravam juntos há cerca de sete anos.

O homem trabalhava em uma distribuidora de óleo localizada no Indubrasil e tem várias tatuagens. A jovem deixou dois filhos, um de 7 e outro de 11, que não são do suspeito.

Senac abre inscrições para nove cursos de qualificação em Petrolina

Estão abertas as inscrições para nove cursos de qualificação pelo Senac em Petrolina, no Sertão pernambucano.  As matrículas devem acontecer presencialmente na instituição da cidade.
Os cursos são para AutoCAD, Assistente Administrativo, Cabeleireiro, Inglês para adolescentes e para iniciantes, Sommelier, Recepcionista, Organização de Eventos e Montagem de Micro. A carga horária varia de 90h a 400h. Apenas o curso para Sommelier ainda não há os valores definidos. Os interessados devem realizar o pagamento das mensalidades por bolteto bancário ou dividido no cartão de crédito.
O Senac em Petrolina fica localizado na Rua Projetada, nº 650, bairro Maria Auxiliadora. O telefone para outras informações é o (87) 3862-2464.
Confira o cronograma:
CURSOPERÍODOHORÁRIOC/HVALORES
AutoCAD13/4 a 4/519h às 22h48hR$ 520
Assistente Administrativo6/4 a 3/77h30 às 11h30340h4X R$ 195
Assistente Administrativo6/4 a 21/819h às 22h240h4X R$ 195
Cabeleireiro6/4 a 23/77h30 às 11h30400h6x R$ 320
English for Teens I11/4 a 22/89h às 12h60h5x R$ 90
Montagem de Micro13/4 a 24/619h às 22h163h3x R$ 300
Organização de Eventos13/4 a 15/613h às 17h180 h6x R$ 180
Recepcionista6/4 a 7/77h30 às 11h30340h4x R$ 195
Sommelier13/4 a 3/814h às 17h240 hSem valor definido
Starting English6/4 a 22/715h às 17h90h5x R$ 90

7º Festival da Sanfona de Salgueiro recebe inscrição até terça-feira (7)

Sanfona Amazam (Foto: Rafael Melo/G1)
Festival de Sanfona
O prazo de inscrição para o Festival da Sanfona de Salgueiro encerra na terça-feira (7). O evento, que está na sua 7ª edição, deve reunir músicos do Sertão pernambucano de idades e estilos diversos. Os interessados podem fazer a inscrição pessoalmente, por correspondência ou pela internet. As premiações variam de R$ 1 mil a R$ 3 mil.
Estão disponíveis três categorias para a disputa: 'Sanfona de 8 Baixos', 'Sanfona Infantojuvenil' (para músicos de 6 a 18 anos de idade) e 'Sanfona Livre'. Quem preferir se inscrever pessoalmente, deve ir à Secretaria de Cultura e Esportes, das 9h às 12h, e apresentar preenchida a ficha de inscrição que está disponível online, além de cópias do CPF e RG e um CD com a gravação de três músicas. No edital do concurso estão listadas as 62 opções de canções que o candidato pode gravar.
Para realizar a inscrição por correio, o candidato deve colocar os documentos citados em um envelope e o CD em outro. De acordo com o edital, os envelopes não podem ter identificação e devem ser colocados em um terceiro. Este último envelope deverá ser endereçado para: 7° Festival da Sanfona do Sertão, Secretaria de Cultura e Esportes – Anexo da Prefeitura de Salgueiro, Rua Maria Nogueira Sampaio, s/n, N. Sra. das Graças. O CEP é 56.000-000.
Os sanfoneiros que quiserem realizar a inscrição via internet devem enviar os documentos digitalizados e as músicas, em arquivos de mp3 ou wma, para o e-mail: cultura@salgueiro.pe.gov.br. A relação dos 24 selecionados deve ser divulgada no dia 14 de abril. Para a categoria 'Sanfona Livre', serão classificados 16 concorrentes e dois suplentes, para 'Sanfona Infanto-Juvenil' serão quatro concorrentes e um suplente e para 'Sanfona de 8 Baixos' também quatro concorrentes e um suplente.
Os campeões das últimas duas edições não poderão participar. Os classificados vão se apresentar publicamente nos dias 29 e 30 de abril. Os concorrentes precisam apresentar duas canções, sendo, pelo menos, uma delas sem acompanhamento de outros músicos. A final está prevista para o dia 1º de maio.

CASTRO ALVES - (PESQUISA ESCOLAR FEITA)

Biografia de Castro Alves, poesias, transição entre o romantismo e o parnasianismo, literatura brasileira no século XIX, obras como Navio Negreiro e Espumas Flutuantes, livros



Biografia, obras e estilo literário 

Antônio Frederico de Castro Alves foi um importante poeta brasileiro do século XIX. Nasceu na cidade de Curralinho (Bahia) em 14 de março de 1847.

No período em que viveu (1847-1871), ainda existia a escravidão no Brasil. O jovem baiano, simpático e gentil, apesar de possuir gosto sofisticado para roupas e de levar uma vida relativamente confortável, foi capaz de compreender as dificuldades dos negros escravizados.

Manifestou toda sua sensibilidade escrevendo versos de protesto contra a situação a qual os negros eram submetidos. Este seu estilo contestador o tornou conhecido como o “Poeta dos Escravos”. 

Aos 21 anos de idade, mostrou toda sua coragem ao recitar, durante uma comemoração cívica, o “Navio Negreiro”. A contra gosto, os fazendeiros ouviram-no clamar versos que denunciavam os maus tratos aos quais os negros eram submetidos. 

Além de poesia de caráter social, este grande escritor também escreveu versos líricos-amorosos, de acordo com o estilo de Vítor Hugo. Pode-se dizer que Castro Alves foi um poeta de transição entre o Romantismo e o Parnasianismo. 

Este notável escritor morreu ainda jovem, antes mesmo de terminar o curso de Direito que iniciara, pois, vinha sofrendo de tuberculose desde os seus 16 anos.

Apesar de ter vivido tão pouco, este artista notável deixou livros e poemas significativos.

Poesias de Castro Alves:

- Espumas Flutuantes, 1870

- A Cachoeira de Paulo Afonso, 1876 

- Os Escravos, 1883 

- Hinos do Equador, em edição de suas Obras Completas (1921) 

- Navio Negreiro (1869) 

- Tragédia no lar 

POEMAS DE CASTRO ALVES (PESQUISA ESCOLAR FEITOS)

A Duas Flores 

São duas flores unidas
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo, no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!


Eu já não tenho mais vida!
Tu já não tens mais amor!
Tu só vives para o riso,
eu só vivo para dor.


Amar e Ser Amado

Amar e ser amado! Com que anelo
Com quanto ardor este adorado sonho
Acalentei em meu delírio ardente
Por essas doces noites de desvelo!
Ser amado por ti, o teu alento
A bafejar-me a abrasadora frente!
Em teus olhos mirar meu pensamento,
Sentir em mim tu’alma, ter só vida
P’ra tão puro e celeste sentimento
Ver nossas vidas quais dois mansos rios,
Juntos, juntos perderem-se no oceano,
Beijar teus labios em delírio insano
Nossas almas unidas, nosso alento,
Confundido também, amante, amado
Como um anjo feliz... que pensamento!?


O laço de fita

Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias,  prendi-me
Num laço de fita.

Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos da moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
Formoso enroscava-se
O laço de fita.

Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo, que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro
Num laço de fita.

E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!

Meu Deusl As falenas têm asas de opala,
Os astros se libram na plaga infinita.
Os anjos repousam nas penas brilhantes...
Mas tu... tens por asas
Um laço de fita.

Há pouco voavas na célere valsa,
Na valsa que anseia, que estua e palpita.
Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...
Beijava-te apenas...
Teu laço de fita.

Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
Talvez da cadeia libertes as tranças
Mas eu... fico preso
No laço de fita.

Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova... formosa Pepital
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.


O "Adeus" de Teresa

A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus
E amamos juntos E depois na sala
"Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a fala

E ela, corando, murmurou-me: "adeus."

Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus
Era eu Era a pálida Teresa!
"Adeus" lhe disse conservando-a presa

E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!"

Passaram tempos sec'los de delírio
Prazeres divinais gozos do Empíreo
... Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse - "Voltarei! descansa!. . . "
Ela, chorando mais que uma criança,

Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"

Quando voltei era o palácio em festa!
E a voz d'Ela e de um homem lá na orquestra
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei! Ela me olhou branca surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa!

E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"


Oh! Bendito o que semeia
Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!


A canção do africano

Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...

De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!

"Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!

"0 sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia!

"Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar ...

"Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro".

O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!

O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado,
Pois bastava escravo ser.

E a cativa desgraçada
Deita seu filho, calada,
E põe-se triste a beijá-lo,
Talvez temendo que o dono
Não viesse, em meio do sono,
De seus braços arrancá-lo!


Morena Flor

Ela tem uma graça de pantera
No andar bem-comportado de menina.
No molejo em que vem sempre se espera
Que de repente ela lhe salte em cima

A mim me enerva o ardor com que ela vibra

E que a motiva desde de manhã.
- Como é que pode, digo-me com espanto...


Prendi meus afetos, formosa Pepita...
mas, onde?
No tempo? No espaço? Nas névoas?
Não rias...
Prendi-me num laço de fita!


Na hora em que a terra dorme
enrolada em frios véus,
eu ouço uma reza enorme
enchendo o abismo dos céus


A Um Coração

"Coração de Filigrana de Oiro"

Ai! Pobre coração! Assim vazio
E frio
Sem guardar a lembrança de um amor!
Nada em teu seio os dias hão deixado!…
É fado?
Nem relíquias de um sonho encantador? Não, frio coração! É que na terra
Ninguém te abriu…Nada teu seio encerra!
O vácuo apenas queres tu conter!
Não te faltam suspiros delirantes,
Nem lágrimas de afeto verdadeiro…
- É que nem mesmo o oceano inteiro
Poderia te encher!


Adormecida 

Uma noite eu me lembro... Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente.
'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste
Exalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço do horizonte
Via-se a noite plácida e divina.
De um jasmineiro os galhos encurvados,
Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom das auras
Iam na face trêmulos — beijá-la.
Era um quadro celeste!... A cada afago
Mesmo em sonhos a moça estremecia...
Quando ela serenava... a flor beijava-a...
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...
Dir-se-ia que naquele doce instante
Brincavam duas cândidas crianças...
A brisa, que agitava as folhas verdes,
Fazia-lhe ondear as negras tranças!
E o ramo ora chegava, ora afastava-se...
Mas quando a via despeitada a meio,
P'ra não zangá-la... sacudia alegre
Uma chuva de pétalas no seio...
Eu, fitando esta cena, repetia
Naquela noite lânguida e sentida:
"Ó flor! — tu és a virgem das campinas!
"Virgem! tu és a flor da minha vida!..."


Mater Dolorosa

Meu Filho, dorme, dorme o sono eterno
No berço imenso, que se chama - o céu.
Pede às estrelas um olhar materno,
Um seio quente, como o seio meu.

Ai! borboleta, na gentil crisálida,
As asas de ouro vais além abrir.
Ai! Rosa branca no matiz tão pálida,
Longe, tão longe vais de mim florir.

Meu filho, dorme Como ruge o norte
Nas folhas secas do sombrio chão!
Folha dest'alma como dar-te à sorte?
É tredo, horrível o feral tufão!

Não me maldigas... Num amor sem termo
Bebi a força de matar-te a mim
Viva eu cativa a soluçar num ermo
Filho, sê livre... Sou feliz assim...

- Ave - te espera da lufada o açoite,
- Estrela - guia-te uma luz falaz.
- Aurora minha - só te aguarda a noite,
- Pobre inocente - já maldito estás.

Perdão, meu filho... Se matar-te é crime
Deus me perdoa... Me perdoa já.
A fera enchente quebraria o vime...
Velem-te os anjos e te cuidem lá.

Meu filho dorme... Dorme o sono eterno
No berço imenso, que se chama o céu.
Pede às estrelas um olhar materno,
Um seio quente, como o seio meu.


Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança.


Tudo vem me lembrar que tu fugiste,
Tudo que me rodeia de ti fala.
Inda a almofada, em que pousaste a fronte
O teu perfume predileto exala


As Três Irmãs do Poeta

É Noite! As sombras correm nebulosas.
Vão três pálidas virgens silenciosas
Através da procela irrequieta.
Vão três pálidas virgens... Vão sombrias
Rindo colar num beijo as bocas frias...

Na fronte cismadora do Poeta:
"Saúde, irmão! Eu sou a Indiferença.
Sou eu quem te sepulta a ideia imensa,
Quem no teu nome a escuridão projeta...
Fui eu que te vesti do meu sudário...
Que vais fazer tão triste e solitário?..."

- "Eu lutarei!" - responde-lhe o Poeta.
"Saúde, meu irmão! Eu sou a Fome.
Sou eu quem o teu negro pão consome...
O teu mísero pão, mísero atleta!
Hoje, amanhã, depois... depois (qu'importa?)
Virei sempre sentar-me à tua porta..."

-"Eu sofrerei"-responde-lhe o Poeta.
"Saúde, meu irmão! Eu sou a Morte.
Suspende em meio o hino augusto e forte.
Marquei-te a fronte, mísero profeta!
Volve ao nada! Não sentes neste enleio
Teu cântico gelar-se no meu seio?!"
-"Eu cantarei no céu" - diz-lhe o Poeta!


Boa Noite

Boa noite, Maria! Eu vou, me embora.
A lua nas janelas bate em cheio.
Boa noite, Maria! É tarde... É tarde. .
Não me apertes assim contra teu seio.

Boa noite! ... E tu dizes - Boa noite.
Mas não digas assim por entre beijos...
Mas não mó digas descobrindo o peito,
— Mar de amor onde vagam meus desejos!

Julieta do céu! Ouve... A calhandra
já rumoreja o canto da matina.
Tu dizes que eu menti? ... Pois foi mentira...
Quem cantou foi teu hálito, divina!

Se a estrela-d'alva os derradeiros raios
Derrama nos jardins do Capuleto,
Eu direi, me esquecendo d'alvorada:
"É noite ainda em teu cabelo preto..."

É noite ainda! Brilha na cambraia
— Desmanchado o roupão, a espádua nua
O globo de teu peito entre os arminhos
Como entre as névoas se balouça a lua. . .

É noite, pois! Durmamos Julieta!
Recende a alcova ao trescalar das flores.
Fechemos sobre nós estas cortinas...
— São as asas do arcanjo dos amores.

A frouxa luz da alabastrina lâmpada
Lambe voluptuosa os teus contornos...
Oh! Deixa-me aquecer teus pés divinos
Ao doudo afago de meus lábios mornos.

Mulher do meu amor! Quando aos meus beijos
Treme tua alma, como a lira ao vento,
Das teclas de teu seio que harmonias,
Que escalas de suspiros, bebo atento!

Ai! Canta a cavatina do delírio,
Ri, suspira, soluça, anseia e chora. . .
Marion! Marion!... É noite ainda.
Que importa os raios de uma nova aurora?!...

Como um negro e sombrio firmamento,
Sobre mim desenrola teu cabelo...
E deixa-me dormir balbuciando:
— Boa noite! — formosa Consuelo.


Amor è um carpinteiro
Que ri com ar de metreiro,
Cerrando forte e ligeiro
Na tenda do coracão...
Põe pregos de resistência,
Ferrolhos na consiência,
Tranca as portas da razão


Dizem.. que nós passamos a vida toda procurando nossa metade, como seres parcialmente vivos, e só nascemos e vivemos de verdade, quando às encontramos !



Coração

O coração é o colibri dourado
Das veigas puras do jardim do céu.
Um – tem o mel da granadilha agreste,
Bebe os perfumes, que a bonina deu.

O outro – voa em mais virentes balças,
Pousa de um riso na rubente flor.
Vive do mel – a que se chama “crenças”,
Vive do aroma – que se diz “amor”.

Castro Alves


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Mega-Sena acumula e prêmio deve chegar a R$ 32 milhões

Confira as dezenas do sorteio 1.691: 01 - 10 - 24 -39 - 45 - 58.
Quina teve 145 apostas ganhadoras; e quadra, 9.387 acertos
.



 
MEGA-SENA
CONCURSO 1691
1 10 24
39 45 58
A Caixa Econômica Federal (CEF) sorteou, na noite desta quarta-feira (1), as dezenas do concurso 1.691 da Mega-Sena. O sorteio foi realizado em um estúdio de TV em Osasco (SP) e o valor do prêmio era de R$ 25 milhões. Nenhum apostador acertou as seis dezenas. A estimativa do próximo prêmio é de R$ 32 milhões.

Veja as dezenas sorteadas: 01 - 10 - 24 - 39 - 45 - 58.

A quina teve 145 apostas ganhadoras e o prêmio para cada uma delas é de R$ 21.660,17. A quadra teve 9.387 apostas ganhadoras, cada uma delas com direito a R$ 447,97.


Para apostar

A Caixa Econômica Federal faz os sorteios da Mega-Sena duas vezes por semana, às quartas-feiras e aos sábados. As apostas podem ser feitas até as 19h (de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país. A aposta mínima custa R$ 2,50.

Bovespa fecha acima dos 52 mil pontos pela 1ª vez no ano

 A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou acima dos 52 mil pontos pela primeira vez no ano nesta nesta quarta-feira (1º), impulsionada pela alta das ações da Oi, Eletrobras e Petrobras.
O Ibovespa, principal indicador de ações da bolsa, avançou 2,29% no 1º pregão do mês, aos 52.321 pontos, após acumular queda de 0,84% em março. Veja a cotação
No ano, a bolsa passa a acumular valorização de 4,6%.
As ações preferenciais da Petrobras subiram cerca de 5%, cotadas a R$ 10,21. A última vez que as ações fecharam acima de R$ 10 foi no dia 18 de fevereiro. Os papéis ordinários também avançaram em torno de 5%.
foram um dos principais suportes da alta do dia, em meio a expectativas para a divulgação do seu balanço auditado e após a estatal anunciar que assinou um acordo de financiamento de US$ 3,5 bilhões com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), recursos que devem trazer algum alívio para empresa, que tem tido mais dificuldades de captar recursos por conta da crise decorrente do escândalo de corrupção.
Outros destaques
As preferenciais da Oi subiram mais de 15%, após acionistas da Telemar Participações aprovarem proposta de conversão voluntária de ações preferenciais em papéis ordinários da empresa. A operadora também anunciou que está eliminando 1.070 postos de trabalhoneste mês de abril.


A ação da construtora e incorporadora PDG Realty teve a maior alta percentual do Ibovespa, de 20%, com operadores atrelando o movimento à cobertura de posições vendidas. A ação ainda acumula no ano queda de 30%.
Papéis do setor elétrico também chamaram a atenção na ponta positiva, com destaque para Eletrobras, quue avançou mais de 7%.
Em nota a clientes, o JPMorgan diz que os investidores devem ter uma visão mais otimista com o setor, pois acredita que a Agência Nacional de Energia Elétrica(Aneel) está focada em resolver a questão do déficit de geração hidrelétrica das geradoras e melhorar o retorno dos projetos de transmissão. Os analistas do banco veem também um risco menor de racionamento em 2015 e 2016.
Na contramão, Vale se destacou na ponta negativa, com baixa de mais de 2%, com o preço do minério de ferro caindo abaixo de US$ 50 a tonelada.
A maior baixa do dia foi da Gol, com recuo de mais de 5%.