sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Acidente com van deixa pelo menos três mortos na BR-316 em Trindade

Três pessoas que estavam em uma van de transporte de passageiros morreram em um capotamento na manhã desta sexta-feira (4) na BR-316, próximo a Trindade, no Sertão pernambucano. Sete pessoas estavam no veículo.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) não soube informar o que teria provocado o capotamento. Os demais ficaram feridos e foram encaminhados para o hospital local de Ouricuri e Trindade. O condutor ainda está internado. Os corpos também foram levados para o Hospital de Trindade.
Os passageiros tinham saído do Distrito de Lagoa do Barro, na Zona Rural de Araripina, também no Sertão. A PRF continua no local para liberar o tráfego na rodovia.

MESMO COM A SECA ALGUNS AGRICULTORES SÃO CONTRA A TRANSPOSIÇÃO DO VELHO CHICO


A madeira queima sob o fogão a lenha de uma casa simples, na Fazenda Umbuzeiro, localizada a cerca de 15 quilômetros do município de Cabrobó, no Sertão de Pernambuco. Na panela de barro, a agricultora Francisca Maria da Silva, de 52 anos, cozinha meio quilo de feijão, que será misturado com arroz. O almoço, um prato tipicamente nordestino conhecido como ‘baião’, é pouco para servir as cinco pessoas da família. Mas, alimentar todos não é o que preocupa a produtora rural. O principal problema enfrentado por Francisca da Silva e demais moradores da região é a seca que tanto castiga o Sertão.
Primeira estação do eixo norte da transposição do Rio São Francisco (Foto: Taisa Alencar / G1)Primeira estação do eixo norte da transposição do
Rio São Francisco (Foto: Taisa Alencar/G1)
O projeto de Integração do Rio São Francisco, que tem a proposta de levar água para cerca de 12 milhões de pessoas em 4 estados, poderia amenizar o problema. No entanto, a obra, que já está com três anos de atraso, sofreu um novo adiamento e, agora, deverá ser concluída só em 2017.
Mas, os moradores da região de Cabrobó dizem que, mesmo com a obra, a falta de chuva deixaria baixo o leito do rio, afetando o abastecimento das cidades. A Agência Nacional de Águas (ANA) contesta e diz que o projeto pode captar 26,4 metros cúbicos por segundo, mesmo em períodos muito secos, o que representa 1,4% da vazão média do rio.
A água utilizada para os trabalhos doméstico vem da cisterna (Foto: Taisa Alencar / G1)A água utilizada para os trabalhos doméstico vem da
cisterna (Foto: Taisa Alencar/G1)
Enquanto isso, a água utilizada por Francisca para fazer o almoço e demais trabalhos domésticos vem de uma cisterna, construída ao lado da casa. O reservatório é abastecido mensalmente por um carro pipa, pago pelo governo estadual. No entanto, a quantidade também é pouca. A água chegou há mais de 15 dias e não deve durar até o final do mês. Para lavar as louças e tomar banho, é tudo regrado. Antes é preciso colocar em um balde, porque não tem água encanada.
Para Francisca, natural de Cabrobó, essa cena não é atípica. Desde cedo ela convive com a seca. Foi nesse cenário que criou os sete filhos, que hoje não moram mais com ela. Após a morte da mãe, precisou mudar-se para a Fazenda Umbuzeiro para cuidar do pai, Ângelo Antônio da Silva, um aposentado de 86 anos e três sobrinhas.
Para a agricultora, a situação ficou ainda mais difícil. “A seca aqui está grande. Depois que o riacho secou, você não vê uma gota de água. Os bichos estão morrendo de fome e de sede, porque não tem água, nem pasto”, conta.
Na fazenda Umbuzeiro, falta água até para o animais (Foto: Taisa Alencar/G1)
Francisca se refere às 20 cabras e bodes que o pai, Ângelo Antônio, insiste em criar. A água da cisterna, além de ser utilizada para beber, cozinhar, lavar roupa e tomar banho, também mata a sede dos animais. “É sofrido. As cabras não tem água para beber. Só posso colocar uma vez por dia. Eles bebem hoje e, depois, só amanhã. Porque, se não, quem fica com sede somos nós. Muita gente que tinha bicho aqui teve que vender, mas tem gente que não quer comprar porque estão magros demais. Muita criação por aí está morrendo. O pior é que meu pai não tem condições de criar. Não tem dinheiro para comprar ração”, relata Francisca.
Plantação de milho secou por falta de água (Foto: Taisa Alencar / G1)Plantação de milho secou por falta de água
(Foto: Taisa Alencar / G1)
Toda a renda da família vem da aposentadoria do pai e dos trabalhos que ela ganha como agricultora trabalhando para outras pessoas em plantações de cebola, milho e feijão. O único cultivo que foi desenvolvido na propriedade rural, uma plantação de milho, secou por falta de água e toda a produção foi perdida.
E quando o carro-pipa não chega, a situação é ainda pior. Os moradores precisam tirar dinheiro do próprio bolso. “Nunca vi uma seca tão triste como essa. A última vez que choveu bem foi em 2004. Quando não tem água, a gente dá um jeito de comprar porque não vamos morrer de sede”, disse.
Com a esperança de dias melhores, Francisca diz que só a chuva amenizaria as condições da população e destaca que não acredita nos benefícios da obra da Integração do Rio São Francisco. “Se chovesse, eu dizia que tinha como melhorar. Agora, sem chuva, eu digo que não melhora nada, porque o rio está seco. Se tivesse água no rio, ia ser bacana essa obra, mas não tem. Como é que vai soltar água aqui?”, questiona.
Situação que se repete
A poucos metros da casa de Francisca, quem também passa por dificuldades é a agricultora Maria Lucineide Parente, de 55 anos. A produtora rural trabalha com o marido, Expedito Vieira de Brito, de 67 anos, que tem uma plantação de cebola, em uma área próxima ao rio. A água na cisterna foi comprada. “Uma seca como essa eu vi faz uns 30 anos. Agora mesmo, o pipa não veio e eu tive que comprar uma carrada de água que custou R$ 60”, disse.

A água da casa de Maria Lucineide teve que ser comprada (Foto: Taisa Alencar / G1)A água da casa de Maria Lucineide teve que ser comprada (Foto: Taisa Alencar / G1)
Na casa da produtora, a cisterna é usada apenas para trabalhos domésticos, cozinhar, beber e tomar banho. O pouco que tem, não sobra mais nem para os animais. “Até lavar roupa, antes eu lavava aqui, mas estou indo lavar no ‘Cigano’, onde tem água. E, para o gado beber, tem um poço, a gente faz uma cacimba e pega o resto de água que tem. É a única forma de não deixar os bichos morrendo de sede”, conta Maria Lucineide.
Moradores dos projetos irrigados também reclamam da seca (Foto: Taisa Alencar / G1)Moradores dos projetos irrigados também
reclamam da seca (Foto: Taisa Alencar / G1)
Projetos irrigados também sofrem com a seca
Os moradores dos projetos de irrigação que usam a água do Rio São Francisco nas plantações também sofrem com a seca. O podador Pedro Joaquim de Oliveira, de 56 anos, mora em um desses projetos, no Brígida. Para ele, o problema está em todos os lugares.

“Está ruim. Onde a gente mora tem um pouquinho de água e dá para ir levando. Mas o pessoal da região está sofrendo demais. Não sei nem se essa transposição vai ser boa para a gente, porque o rio está judiado demais. Tem que chover. Está tudo seco. Falta água e comida. Os bichos tudo berrando de fome e sede”, destaca o podador.
Enquanto a situação não muda, a agricultora Francisca da Silva procura formas de amenizar tanto sofrimento. Com saudade dos filhos, ela espalhou fotos da família por toda a casa, tentando diminuir a dor causada pela distância. “A vontade é ir embora daqui, ficar perto dos meus filhos. Mas, em todo lugar está assim. Não adianta sair. Dilma quer tirar a água do Rio São Francisco e vai morrer todo mundo de sede e fome”, desabafa.
Francisca diz sentir falta dos filhos e tem vontade de ir embora da região (Foto: Taisa Alencar / G1)Francisca diz sentir falta dos filhos e tem vontade de ir embora da região (Foto: Taisa Alencar / G1)
A produtora rural Maria Lucineide Parente fala em fé.  “Tem que ter fé em Deus e acreditar que vai chover. Pedir a Deus para mandar chuva para esse nosso Sertão. Tem que ter compaixão e mandar chuva, porque a cada dia que passa a seca fica pior”, argumenta.  Ela diz que é contra a obra da Integração do Rio São Francisco. “Eu acho, e todo mundo está achando, que tirar essa água vai ficar ainda pior para nós, porque eu acho que o rio vai secar mais. Ele já está muito seco, mas querem tirar, vamos fazer o que?”, argumenta.
Revitalização
Contrariando o posicionamento dos moradores que não são a favor da transposição, um Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do Ministério da Integração Nacional (MI), diz que foram realizados diversos estudos e avaliações técnicas em conformidade com as diretrizes do Plano Decenal da Bacia Hidrográfica da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, concluído pela ANA.

Canal da transposição localizado em Cabrobó, PE (Foto: Taisa Alencar / G1)Canal da transposição localizado em Cabrobó, PE (Foto: Taisa Alencar / G1)
Ferramentas de simulação utilizadas pela ANA indicaram que o projeto pode captar 26,4 metros cúbicos por segundo, mesmo em períodos muito secos, o que representa 1,4% da vazão média do rio. Já na cheia, a captação pode chegar a 127 metros cúbicos por segundo sem prejudicar o rio.

Ainda de acordo com o Ministério, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), já foram investidos uma quantia de R$ 1,7 bilhão em ações de revitalização no rio. O valor total deve chegar a R$ 2,5 bilhões.

Canal do Eixo Norte em Cabrobó, no Sertão de Pernambuco (Foto: Taisa Alencar/G1)Canal do Eixo Norte em Cabrobó, no Sertão
de Pernambuco (Foto: Taisa Alencar/G1)
Transposição
O projeto de Integração do Rio São Francisco irá beneficiar a população de 390 municípios nos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A obra é composta por 477 quilômetros de extensão, organizados em dois eixos de transferência de água. O Norte, com 260 km e o Leste com 217 km. Dos canais, a água seguirá para reservatórios que irão abastecer as comunidades. Nas proximidades desses eixos outras 296 localidades também devem ser contempladas com sistemas simplificados de distribuição de água. O Governo Federal estima que até a conclusão do projeto serão investidos R$ 8,2 bilhões.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Movilización en Tabasco por hombre parecido a “El Chapo”

Movilización en Tabasco por hombre parecido a “El Chapo”

México, DF.- Una intensa movilización se generó luego de que diversos testigosaseguraran haber visto a una persona con las características de Joaquín "El Chapo" Guzmán en un choque entre una camioneta y un automóvil en el municipio deMacuspanaTabasco.

Tras el accidente, ocurrido pasadas las 3:00 de la tarde en la carretera federalMacuspana-El Tortuguero, el hombre fue trasladado al hospital regional con golpes y laceraciones en diversas partes del cuerpo.


Al nosocomio arribaron elementos del Ejército y la Policía Federal, sin embargo minutos antes de que llegaran, el sujeto pidió ser dado de alta y abandonó el sitio.

La movilización alertó a vecinos, pacientes y familiares, quienes fueron testigos de como elementos acordonaban la zona y realizaban el protocolo de indagación.

Modelo que sofreu acidente em SP piora e está em estado gravíssimo

Modelo Mariana Livinalli sofreu acidente grave na Faria Lima (Foto: Reprodução/Facebook)Modelo Mariana Livinalli sofreu acidente grave na Faria Lima (Foto: Reprodução/Facebook)
A modelo gaúcha Mariana Livinalli Rodriguez, de 25 anos, teve uma piora no quadro de saúde durante a madrugada desta quinta-feira (3) e está em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, segundo informou o hospital.
Mariana se envolveu em um acidente com um ônibus quando andava de bicicleta na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, por volta do meio-dia de terça-feira (1º).
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que a ocorrência aconteceu no cruzamento da Rua Chopin Tavares de Lima com a Faria Lima. A ciclovia da Faria Lima cruza esta rua, onde há um semáforo.
Em nota, a CET lamentou o acidente e disse aguardar "investigação da Polícia para esclarecer as circunstâncias". Segundo a companhia, para os ônibus que trafegam na Faria Lima, no sentido Itaim/Pinheiros, é permitida a conversão à esquerda para a Rua Chopin Tavares de Lima.
"Esse cruzamento é controlado por semáforo, com um foco específico para conversão de ônibus à esquerda e outro específico para ciclistas. A ciclovia fica no canteiro central da Av. Brigadeiro Faria Lima", disse a CET na nota.
Acidente foi no cruzamento da Avenida Faria Lima com Rua Chopin Tavares de Lima (Foto: Andreia Barros/Arquivo pessoal)Acidente foi no cruzamento da Avenida Faria Lima com Rua Chopin Tavares de Lima (Foto: Andreia Barros/Arquivo pessoal)
A estudante de jornalismo Andreia Barros estava saindo do dentista quando houve o acidente. Segundo ela, a ciclista estava fora da ciclovia e cruzou a avenida quando o semáforo estava fechado para bicicletas e pedestres.
Já segundo a estudante de direito e assistente jurídica Karina de Jesus Bezerra, que testemunhou para a polícia sobre o acidente, a modelo vinha pela ciclovia e estava sem capacete. Karina disse ao G1 que estava no ônibus sentada atrás do banco do motorista e viu quando o semáforo abriu para o ônibus atravessar a Faria Lima.
Bicicleta ficou quase debaixo do ônibus (Foto: Karina Jesus Bezerra/Arquivo pessoal)Bicicleta ficou quase debaixo do ônibus (Foto:
Karina Jesus Bezerra/Arquivo pessoal)
"Como é um cruzamento, o ônibus estava atravessando, e ela não reparou. Ela bateu na lanterna do lado esquerdo da frente do ônibus", afirmou.
Karina disse que ligou para a polícia e o resgate chegou rápido. "A moça estava inconsciente." Segundo ela, o motorista e o cobrador do ônibus ficaram muito abalados. "O motorista chorou."
Modelo veio para SP há dois anos
Mariana é de Soledade, no Rio Grande do Sul, onde mora sua família. A mãe, o pai e a irmã vieram nesta terça para acompanhar a modelo.

Adriana Livinalli, mãe de Mariana, disse que a filha mora há dois anos em São Paulo, no bairro de Pinheiros.
“Ela sempre andava de bicicleta”, afirmou. Adriana disse que a modelo fraturou a cabeça, foi operada ainda na terça-feira e está em coma induzido.
Mariana começou a trabalhar como modelo por volta de 15 anos. Com 17, se mudou para a Ásia. Ela é modelo da agência JOY Model Management.
Entre outros trabalhos, foi duas vezes capa da revista Women's Health, fez editoriais das revistas Boa Forma, Nova, fez campanha para a C&A, e, recentemente, para a Monange.

'Meus filhos escorregaram de minhas mãos', diz pai de menino sírio morto



O Pai de Aylan Kurdi, o menino sírio de 3 anos que foi encontrado morto em uma praia da Turquia e cuja foto se tornou uma das mais representativas da crise migratória na Europa, falou nesta quinta-feira (3) sobre a tragédia. Abdullah Kurdi perdeu também a mulher e outro filho de 5 anos no naufrágio. "Meus filhos escorregaram das minhas mãos", disse à agência de notícias turca Dogan.
"Tínhamos jalecos salva-vidas, mas o barco afundou porque várias pessoas se levantaram. Carreguei a minha mulher nos braços. Mas meus filhos escorregaram das minhas mãos", contou ele.
Abdullah disse que a família pagou para atravessar da Turquia para a ilha grega de Kos duas vezes. “Numa delas, os guardas nos pararam. Aí fomos libertados. Da segunda vez, os organizadores não cumpriram com a promessa e não trouxeram o barco. Então conseguimos um barco por nossos próprios meios", relatou à agência turca.
Abdulla Kurdi, pai do menino sírio que morreu em naufrágio na Turquia (Foto: Arte/G1)
"Mas, depois de navegarmos 500 metros, começou a entrar água no barco. Nossos pés ficaram molhados. Criou-se um pânico, e quando as pessoas tentaram ficar de pé, a situação piorou", disse. Abdullah e a família tentavam reencontrar parentes no Canadá, embora o pedido de asilo tivesse sido negado, de acordo com o site "National Post".
Família combateu Estado Islâmico 
Após o naufrágio, na quarta-feira (2), Abdullah ligou para a irmã, que mora em Vancouver há 20 anos, e disse que seu único desejo é voltar para a cidade de Kobane para enterrar seus familiares e ser enterrado ao lado deles.

De acordo com ele, 16 membros de sua família que combatiam o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) morreram na sua cidade natal.
Depois que o naufrágio se tornou público, o Canadá ofereceu asilo a Abdullah, mas ele afirmou que rejeitou a oferta, segundo a agência EFE.
"Recebi uma oferta do governo do Canadá para morar lá, mas depois do que aconteceu não quero ir. Vou levá-los primeiro a Suruç [cidade turca na fronteira com a Síria] e depois a Kobane, na Síria. Passarei o resto da minha vida lá", afirmou.
Apelo
O sírio também fez um apelo à comunidade internacional que faça o possível para evitar sofrimentos como o seu.

"Quero que o mundo inteiro nos escute e veja onde chegamos tentando escapar da guerra. Vivo um grande sofrimento. Faço esta declaração para evitar que outras pessoas vivam o mesmo", disse Abdullah Kurdi nesta quinta a jornalistas turcos diante do Instituto Médico Legal da cidade de Mugla.
Teema Kurdi, irmã de Abdullah, disse ao "National Post" que o pedido de refúgio havia sido negado em junho pelo Ministério da Cidadania e da Imigração do Canadá devido a complicações envolvendo os pedidos de refúgio para estrangeiros.
Fotógrafa diz que ficou 'petrificada' com a cena
A fotógrafa que registrou as imagens do corpo de Aylan na praia da Turquia.

Policial paramilitar recolhe o corpo de uma criança morta que apareceu em praia da ilha de Kos, na Grécia. Vários migrantes morreram afogados e alguns seguem desaparecidos após botes lotados naufragarem durante tentativa de chegar ao território grego (Foto: AP/DHA)Policial paramilitar recolhe o corpo do menino Aylan Kurdi em praia da Turquia. Vários migrantes morreram afogados e alguns seguem desaparecidos após botes naufragarem (Foto: AP/DHA)
Nilüfer Demir disse ter ficado "petrificada" com a cena e contou que também viu Galip, irmão de Aylan, no chão, a 100 metros dali. “A única coisa que eu poderia fazer era tornar seu clamor ouvido. Naquele momento, eu pensei que poderia fazer isso ao acionar minha câmera e fazer sua foto”, afirmou a fotógrafa.
Demir cobre as imigrações na região há 15 anos. “Eu testemunhei muitos incidentes com imigrantes nesta região, suas mortes, seus dramas. Espero que isso agora mude. Fiquei chocada, me senti mal por eles. A melhor coisa a fazer era tornar sua tragédia conhecida.”
Naufrágio
Pelo menos nove sírios morreram no naufrágio que matou a família de Abdullah Kurdi, segundo a agência AFP -- outros veículos citam 12. As duas embarcações haviam partido do balneário turco de Bodrum e tentavam chegar à ilha grega de Kos.

A foto do menino morto virou um dos assuntos mais comentados no Twitter e diversos veículos da imprensa internacional a destacaram como símbolo da gravidade da situação, inclusive com potencial para ser um divisor de águas na política europeia para os imigrantes.
O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, disse que a morte do menino sírio mostra a necessidade de ação urgente da Europa na crise migratória. "Ele tinha um nome: Alyan Kurdi. Ação urgente é necessária – uma mobilização da Europa inteira é urgente", escreveu Valls em sua conta no Twitter nesta quinta-feira.
Na quarta-feira, Itália, França e Alemanha assinaram um documento conjunto pedindo pela revisão das atuais regras da União Europeia sobre garantia de asilo e uma distribuição "justa" de imigrantes no bloco, informou o Ministério das Relações Exteriores da Itália.
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Policial paramilitar turco investiga o local onde apareceu o corpo de uma criança imigrante numa praia de Bodrum, na Turquia (Foto: AP)Policial paramilitar turco investiga o local onde apareceu o corpo de menino sírio de 3 anos numa praia de Bodrum, na Turquia (Foto: AP)

Justiça Federal aceita denúncia contra ex-diretor da Eletronuclear


Othon Luiz Pinheiro é acusado de receber R$ 4,5 milhões em propina e está preso em um quartel do Exército, em Curitiba. Ele estava afastado da Eletronuclear desde abril deste ano, após as primeiras denúncias de corrupção, e pediu demissão no início de agosto.
Othon Luiz participou, em 2011, de audiência no Senado para discutir o sistema de energia nuclear do país  (Foto: Antonio Cruz/ABr)Othon Luiz passa a ser réu na operação Lava Jato
(Foto: Antonio Cruz/ABr)
Veja os réus do processo e os crimes:

Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-diretor-presidente da Eletronuclear: organização criminosa, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e embaraço à investigação de organização criminosa.
Ana Cristina da Silva Toniolo, filha de Othon Luiz e representante legal da Aratec: evasão de divisas, lavagem de dinheiro, organização criminosa e embaraço à investigação de organização criminosa.
Rogério Nora de Sá, ex-executivo da Andrade Gutierrez: associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
Clóvis Renato Numa Peixoto Primo, ex-executivo da Andrade Gutierrez: organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
Olavinho Ferreira Mendes, ex-executivo da Andrade Gutierrez: organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
Otávio Marques de Azevedo, executivo da Andrade Gutierrez, afastado da presidência da empresa após a prisão: organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
Flavio David Barra, ex-executivo da Andrade Gutierrez: organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa.
Gustavo Ribeiro de Andrade Botelho, executivo da Andrade Gutierrez: organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
Carlos Alberto Montenegro Gallo, controlador da CG Consultoria: organização criminosa, lavagem de dinheiro e embaraço à investigação de organização criminosa.
Josué Augusto Nobre, titular e controlador da JNobre: organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Geraldo Toledo Arruda Junior, controlador da Deustschebras Engenharia: lavagem de dinheiro.
José Antunes Sobrinho, executivo da Engevix Engenharia: organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
Cristiano Kok, presidente de Engevix Engenharia: organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
Victor Sérgio Colavitti, controlador da Link Projetos: organização criminosa e lavagem de dinheiro.

 O advogado Helton Pinto, que representa Othon Luiz Pinheiro, mas ele não retornou às ligações. A Eletronuclear informou que Othon já não faz mais parte da empresa e por isso não iria se pronunciar sobre o caso.
A Andrade Gutierrez afirmou por nota que os advogados dos executivos e ex-executivos da da empresa "informam que as respectivas defesas serão feitas nos autos da ação penal, fórum adequado para tratar o assunto. E que não discutirão o tema pela mídia".
Também em nota, a Engevix informou que "forneceu informações ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal, permanecendo à disposição das autoridades competentes e do Poder Judiciário”.
A reportagem tenta contato com as defesas dos demais réus.
Acusações
O foco das investigações da 16ª fase da Lava Jato, deflagrada no dia 28 de julho, foram contratos firmados por empresas já citadas na operação com a Eletronuclear. A empresa foi criada em 1997 para operar e construir usinas termonucleares e responde hoje pela geração de cerca de 3% da energia elétrica consumida no país.

Conforme o MPF, a Andrade Gutierrez repassava valores para uma empresa de Othon Luiz, a Aratec, por meio de empresas intermediárias que atuavam na fase de lavagem de dinheiro – algumas reais, outras de fachada. O MPF sustenta que Othon Luiz Pinheiro recebeu R$ 4,5 milhões de propina.
Além do pagamento de propina, a 16ª fase da Lava Jato apura a formação de cartel e o prévio ajustamento de uma licitação para obras de Angra 3, que foi vencida pelo Consórcio Angramon – Andrade Gutierrez, Odebrecht,  Camargo Corrêa, UTC, Queiroz Galvão, EBE e Techint.
Angra 3 será a terceira usina nuclear do país e está em construção na praia de Itaorna, em  Angra dos Reis (RJ). Segundo as investigações, houve restrição à concorrência, por parte Eletronuclear, levando as empreiteiras do Consórcio Angramon a saírem vitoriosas.

PM e CDL discutem arrombamentos em lojas de Santa Maria da Boa Vista

reunião entre PM e CDL discute onda de assaltos em Santa Maria da Boa Vista, PE (Foto: José Américo/ Arquivo pessaol)Reunião entre PM e CDL discute onda de assaltos em Santa Maria da Boa Vista, PE (Foto: José Américo/ Arquivo pessaol)
Em Santa Maria da Boa Vista, no Sertão de Pernambuco, foram registados nos últimos três meses cerca de 20 casos de arrombamentos e assaltos no comércio da cidade. A partir dessa preocupação, a Polícia Militar (PM) vai realizar uma reunião com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) nesta quinta-feira (3), no comando da Companhia Independente da Polícia Militar (7ºCIPM), para definir um plano operacional para conter os crimes.
Na última quarta-feira (2) já foi realizado um primeiro encontro na Câmara de Vereadores do Município, entre a Polícia Militar e os lojistas. Nesta reunião, foram discutidos os assaltos no comércio da cidade e a implantação de um projeto de instalação de câmeras de segurança no centro comercial.
Segundo o Major do 7º Companhia Independente de Polícia Militar (7º CIPM), Fabrízio Ferraz, a reunião desta quinta-feira (3) vai proporcionar uma definição da PM em relação a forma de operacionalizar frente aos arrombamentos. “Nós fomos procurados pela CDL e foi marcada uma reunião para discutir os arrombamentos no comércio durante a madrugada. Nós entendemos que é prioritária a discussão e a implantação do videomonitoramento, para que ter uma resposta eficiente e eficaz diante dos crimes”, explica.
Contudo, o major alerta para importância do registro das ocorrências dos arrombamentos. “Alguns comércios relatados não tinham feito a formalização da prática do crime. É preciso que os registros sejam feitos, pois queremos traçar e direcionar as nossas ações para mobilizar o efetivo e combater a criminalidade”, destaca.