quinta-feira, 17 de março de 2016

Câmara elege membros de comissão que analisará impeachment de Dilma

A Câmara dos Deputados elegeu na tarde desta quinta-feira (17), em votação aberta, os 65 integrantes da comissão especial que primeiro analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O prazo inicial para apresentar os nomes era até 12h, mas foi prorrogado até 13h (veja a lista com os integrantes da comissão ao final desta reportagem).
A comissão foi eleita por 433 votos a favor e apenas 1 contrário, do deputado José Airton Cirilo (PT-CE). "Está eleita a comissão especial destinada a dar parecer quanto à denúncia contra a senhora presidente da República", anunciou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), às 15h48.
Pela proporcionalidade das bancadas, PT e PMDB serão os dois partidos com mais integrantes na comissão, 8 cada. O PSDB terá 6 representantes.
Cunha também anunciou que está convocada para as 19h desta quinta uma sessão em um dos plenários das comissões para a eleição de presidente e relator da comissão do impeachment. Segundo o presidente da Câmara, 45 dias é um “prazo razoável” para concluir toda a tramitação do processo de impeachment na Casa.
A criação da comissão ocorre um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar, por maioria, embargos apresentados por Cunha contra o julgamento do tribunal sobre rito de impeachment.
A eleição dos integrantes da comissão do impeachment é uma exigência do regimento. Na primeira votação para o colegiado, ocorrida em dezembro do ano passado, participaram da disputa uma chapa oficial formada pela indicação dos líderes partidários e uma chapa alternativa, de defensores do impeachment de Dilma.
A chapa avulsa acabou derrotando a oficial, mas essa eleição foi anulada pelo Supremo, que entendeu que só poderiam compor a comissão do impeachment deputados indicados diretamente pelo líder partidário.
Assim, só houve uma chapa na eleição e, em busca de acordo, os líderes partidários com divergências nas bancadas buscaram fazer indicações que representassem tanto o grupo contra quanto pró-Dilma.
Foi o caso, por exemplo, do PMDB, que tem entre os integrantes o líder do partido, Leonardo Picciani (RJ), considerado aliado do Planalto, e o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), um dos líderes do grupo que defende o afastamento de Dilma.
Como só poderia haver uma chapa disputando, de acordo com a decisão do STF, os partidos entraram em acordo para votar “sim” às indicações e poder, com isso, instalar a comissão do impeachment. É por este motivo que a votação foi quase unânime.
O processo
A partir da instalação da comissão especial, a presidente Dilma terá dez sessões do plenário da Câmara para apresentar sua defesa e o colegiado terá cinco sessões depois disso para votar parecer pela continuidade ou não do processo de impeachment.

Cunha disse que tentará fazer sessões todos os dias da semana, inclusive segundas e sextas. Para valer na contagem do prazo, será preciso haver quórum de 51 deputados. Após ser votado na comissão, o parecer sobre o pedido de impeachment segue para o plenário da Câmara, que decide se instaura ou não o processo.
Para a instauração é preciso o voto de 342 deputados. O Senado pode invalidar essa decisão da Câmara. Se avalizar, a presidente da República é afastada por 180 dias, enquanto durar a análise do mérito das acusações contidas no pedido de impeachment. 
O presidente da Câmara também destacou que os protestos realizados nos últimos dias contra o governo Dilma e a indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o comando da Casa Civil terão peso no processo de impeachment.
“Qualquer que seja o resultado na comissão vai ser submetido o voto ao plenário. Há uma consciência de que a comissão é um mero rito de passagem. Sem dúvida, a Casa tem que estar em sintonia [com a população]. Claro que a decisão será técnica e política, mas sempre influencia quem é detentor de mandato popular”, disse.
Painel da Câmara exibe resultado da votação que elegeu os integrantes da comissão especial do impeachment (Foto: Fernanda Calgaro/G1)Painel da Câmara exibe resultado da votação que elegeu os integrantes da comissão especial do impeachment (Foto: Fernanda Calgaro/G1)
Discursos contra e a favor do impeachment
Durante a votação, deputados da oposição discursaram em defesa do impeachment, enquanto governistas defenderam a legitimidade da eleição de Dilma. A sessão foi marcada por bate-boca e empurra-empurra entre deputados da base e da oposição.
Houve provocações dos dois lados durante a votação da chapa com os nomes indicados pelos líderes partidários para ocupar as 65 cadeiras do colegiado.
“A normalidade das instituições, do seu funcionamento, deve ser garantida. O voto popular deve ser sagrado. Esse impeachment é golpe”, disse o líder do PT, Afonso Florence, que também afirmou ter havido “excessos” nos protestos realizados no último domingo (13) contra o governo Dilma e o ex-presidente Lula.
Já o líder do PPS, Rubens Bueno (RJ), disse que o golpe foi foi "cometido por Dilma na eleição de 2014". "A presidente cometeu estelionato eleitoral. Só com o seu marqueteiro João Santana, ela gastou R$ 80 milhões. Marqueteiro que, por acaso, está preso hoje", afirmou.
Confira a lista dos indicados pelos partidos para a comissão do impeachment:
PMDB
8 vagas titulares
Leonardo Picciani (PMDB-RJ)
Leonardo Quintão (PMDB-MG)
João Marcelo Souza (PMDB-MA)
Washington Reis (PMDB-RJ)
Valtenir Pereira (PMDB-MT)
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA)
Osmar Terra (PMDB-RS)
Mauro Mariani (PMDB-SC)
Suplentes
Elcione Barbalho (PMDB-PA)
Alberto Filho (PMDB-MA)
Carlos Marun (PMDB-MS)
Hildo Rocha (PMDB-MA)
Marx Beltrão (PMDB-AL)
Vitor Valim (PMDB-CE)
Manoel Junior (PMDB-PB)
Lelo Coimbra (PMDB-ES)
PT
8 vagas titulares
Zé Geraldo (PT-PA)
Pepe Vargas (PT-RS)
Arlindo Chinaglia (PT-SP)
Henrique Fontana (PT-RS)
José Mentor (PT-SP)
Paulo Teixeira (PT-SP)
Vicente Candido (PT-SP)
Wadih Damous (PT-RS)
Suplentes
Padre João (PT-MG)
Benedita da Silva (PT-RJ)
Carlos Zarattini (PT-SP)
Luiz Sérgio (PT-RJ)
Bohn Gass (PT-RS)
Paulo Pimenta (PT-RS)
Assis Carvalho (PT-PI)
Valmir Assunção (PT-BA)
PSDB
6 vagas titulares
Bruno Covas (PSDB-SP)
Carlos Sampaio (PSDB-SP)
Jutahy Junior (PSDB-BA)
Nilson Leitão (PSDB-MT)
Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG)
Shéridan (PSDB-RR)
Suplentes
Izalci (PSDB-DF)
Fábio Sousa (PSDB-GO)
Mariana Carvalho (PSDB-RO)
Bruno Araújo (PSDB-PE)
Rocha (PSDB-AC)
Rogério Marinho (PSDB-RN)
PP
5 vagas titulares
Jerônimo Goergen (PP-RS)
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
Júlio Lopes (PP-RJ)
Paulo Maluf (PP-SP)
Roberto Britto (PP-BA)
Suplentes
André Fufuca (PP-MA)
Fernando Monteiro (PP-PE)
Luiz Carlos Heinze (PP-RS)
Macedo (PP-CE)
Odelmo Leão (PP-MG)
PR
4 vagas titulares
Maurício Quintella Lessa (PR-AL)
Édio Lopes (PR-RR)
José Rocha (PR-BA
Zenaide Maia (PR-RN)
Suplentes
Gorete Pereira (PR-CE)
Aelton Freitas (PR-MG)
João Carlos Bacelar (PR-BA)
Wellington Roberto (PR-PB)
PSD
4 vagas titulares
Rogério Rosso (PSD-DF)
Júlio César (PSD-PI)
Paulo Magalhães (PSD-BA)
Marcos Montes (PSD-MG)
Suplentes
Irajá Abreu (PSD-TO)
Goulart (PSD-SP)
Evandro Roman (PSD-PR)
Fernando Torres (PSD-BA)
PSB
4 vagas titulares
Fernando Coelho Filho (PSB-PE)
Bebeto (PSB-BA)
Danilo Forte (PSB-CE)
Tadeu Alencar (PSB-PE)
Suplentes
Joao Fernando Coutinho (PSB-PE)
JHC (PSB-AL)
Paulo Foletto (PSB-ES)
José Stédile (PSB-RS)
DEM
3 vagas titulares
Mendonça Filho (DEM-PE)
Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Elmar Nascimento (DEM-BA)
Suplentes
Mandetta (DEM-MS)
Moroni Torgan (DEM-CE)
Francisco Floriano (PR-RJ) - vai migrar para o DEM
PTB
3 vagas titulares
Benito Gama (PTB-BA)
Jovair Arantes (PTB-GO)
Luiz Carlos Busato (PTB-RS)
Suplentes
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)
Paes Landim (PTB-PI)
Pedro Fernandes (PTB-MA)
PRB
2 vagas titulares
Jhonatan de Jesus (PRB-RR)
Marcelo Squassoni (PRB-SP)
Suplentes
Ronaldo Martins (PRB-CE)
Cleber Verde (PRB-MA)
SD
2 vagas titulares
Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força) (SD-SP)
Fernando Francischini (SD-PR)
Suplentes
Genecias Noronha (SD-CE)
Laudívio Carvalho (SD-MG)
PSC
2 titulares
Eduardo Bolsonaro (PSC-SP)
Pastor Marco Feliciano (PSC-SP)
Suplentes
Irmão Lázaro (PSC-BA)
Professor Victório Galli (PSC-MT)
PROS
2 titulares
Eros Biondini (PROS-MG)
Ronaldo Fonseca (PROS-DF)
Suplentes
Odorico Monteiro (PROS-CE)
Toninho Wandscheer (PROS-PR)
PDT
2 titulares
Flavio Nogueira (PDT-PI)
Weverton Rocha (PDT-MA)
Suplentes
Flávia Morais (PDT-GO)
Roberto Góes (PDT-AP)
PSOL
1 titular
Chico Alencar (PSOL-RJ)
Suplente
Glauber Braga (PSOL-RJ)
PTdoB
1 titular
Silvio Costa (PTdoB-PE)
Suplente
Franklin Lima (PTdoB-MG)
REDE
1 titular
Aliel Machado (REDE-PR)
Suplente
Alessandro Molon (REDE-RJ)
PMB
1 titular
Welinton Prado (PMB-MG)
Suplente
Fábio Ramalho (PMB-MG)
PHS
1 titular
Marcelo Aro (PHS-MG)
Suplente
Pastor Eurico (PHS-PE)
PTN
1 titular
Bacelar (PTN-BA)
Suplente
Aluisio Mendes (PTNMA)
PEN
1 titular
Junior Marreca (PEN-MA)
Suplente
Erivelton Santana (PSC-BA) - deve migrar de partido
PCdoB
1 titular
Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
Suplente
Orlando Silva (PCdoB-SP)
PPS
1 titular
Alex Manente (PPS-SP)
Suplente
Sandro Alex (PPS-PR)
PV
1 titular
Evair de Melo (PV-ES)
Suplente
Leandre (PV-PR)

Moro retira sigilo da Lava-Jato e libera conversa entre Lula e Dilma

A Operação Lava Jato monitorou conversas telefônicas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que sugerem tentativa de influência no Ministério Público e no Judiciário e também conversa desta quarta-feira, 16, entre o ex-presidente e a presidente Dilma Rousseff e o ministro.

"Trata-se de processo vinculado à assim denominada Operação Lava Jato e no qual, a pedido do Ministério Público Federal, foi autorizada a interceptação telefônica do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de associados", registra o juiz Sérgio Moro.

Moro registra que Lula sabia ou desconfiava que era monitorado. "Rigorosamente, pelo teor dos diálogos degravados, constata-se que o ex-presidente já sabia ou pelo menos desconfiava de que estaria sendo interceptado pela Polícia Federal, comprometendo a espontaneidade e a credibilidade de diversos dos diálogos."

O juiz da Lava Jato remeteu o conteúdo referente a Lula para o Supremo Tribunal Federal (STF), após ele ser nomeado ministro da Casa Civil, nesta quarta-feira. "A interceptação foi interrompida." O juiz registra que "alguns diálogos sugerem que tinha conhecimento antecipado das buscas efetivadas em 4 de março de 2016." Neste dia, o ex-presidente foi alvo da Operação Aletheia e levado coercitivamente para depor. Sua casa e a dos filhos passaram por buscas.

Influenciar
"Observo que, em alguns diálogos, fala-se, aparentemente, em tentar influenciar ou obter auxílio de autoridades do Ministério Público ou da Magistratura em favor do ex-presidente", afirma Moro.

Ele pondera, no entanto, que "não há nenhum indício nos diálogos ou fora deles de que estes citados teriam de fato procedido de forma inapropriada e, em alguns casos, sequer há informação se a intenção em influenciar ou obter intervenção chegou a ser efetivada".

Um dos casos citados envolve uma ministra do STF. "Há, aparentemente, referência à obtenção de alguma influência de caráter desconhecido junto à Exma. Ministra Rosa Weber do Supremo Tribunal Federal, provavelmente para obtenção de decisão favorável ao ex-presidente na ACO 2822, mas a eminente Magistrada, além de conhecida por sua extrema honradez e retidão, denegou os pleitos da Defesa do ex-Presidente."

Há ainda citação do presidente do STF, Ricardo Lawandowski. "De igual forma, há diálogo que sugere tentativa de se obter alguma intervenção do Exmo. Ministro Ricardo Lewandowski contra imaginária prisão do ex-Presidente, mas sequer o interlocutor logrou obter do referido Magistrado qualquer acesso nesse sentido. Igualmente, a referência ao recém nomeado Ministro da Justiça Eugênio Aragão ("parece nosso amigo") está acompanhada de reclamação de que este não teria prestado qualquer auxílio."

Moro destaca ainda que fez essas referências apenas para deixar claro que as aparentes declarações pelos interlocutores em obter auxílio ou influenciar membro do Ministério Público ou da Magistratura não significa que esses últimos tenham qualquer participação nos ilícitos, o contrário transparecendo dos diálogos". "Isso, contudo, não torna menos reprovável a intenção ou as tentativas de solicitação."

O juiz da Lava Jato levantou sigilo sobre os áudios. "Observo que, apesar de existirem diálogos do ex-Presidente com autoridades com foro privilegiado, somente o terminal utilizado pelo ex-Presidente foi interceptado e jamais os das autoridades com foro privilegiado, colhidos fortuitamente."

E remeteu a parte referente a Lula ao STF. "Diante da notícia divulgada na presente data de que o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria aceito convite para ocupar o cargo de Ministro Chefe da Casa Civil, deve o feito, com os conexos, ser remetido, após a posse, aparentemente marcada para a próxima terça-feira (dia 22), quando efetivamente adquire o foro privilegiado, ao Egrégio Supremo Tribunal Federal."

Conversa com Dilma
- Dilma: Alô
- Lula: Alô
- Dilma: Lula, deixa eu te falar uma coisa.
- Lula: Fala, querida. Ahn
- Dilma: Seguinte, eu tô mandando o 'Bessias' junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?!
- Lula: Uhum. Tá bom, tá bom.
- Dilma: Só isso, você espera aí que ele tá indo aí.
- Lula: Tá bom, eu tô aqui, fico aguardando.
- Dilma: Tá?!
- Lula: Tá bom.
- Dilma: Tchau.
- Lula: Tchau, querida.

BRASIL DE LUTO NESSE DIA 17 DE MARÇO DE 2016

SIMPLESMENTE O BRASIL ESTÁ DE LUTO




Para conhecimento público, divulgamos cópia do termo de posse assinado hoje à tarde pelo ex-presidente Lula e que se encontra em poder da Casa Civil. Esse termo foi objeto do telefonema mantido entre o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff, sendo, no dia de hoje, divulgado, ilegalmente, por decisão da Justiça Federal do Paraná.
A presidenta assinará o documento amanhã (17), em solenidade pública de posse, estando presente ou não o ex-presidente Lula.
A transmissão de cargo entre o ministro Jaques Wagner e o ex-presidente Lula foi marcada para a próxima terça feira (22). Trata-se de momento distinto da posse.
Finalmente, cabe esclarecer que no diálogo entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma a expressão “pra gente ter ele” significa “o governo ter o termo de posse”, assinado pelo presidente Lula, para em caso de sua ausência já podermos utilizá-lo na cerimônia de amanhã. Por isso, o verbo não é “usa” mas sim o governo usar o referido termo de posse.
Assim, o diálogo foi realizado com base nos princípios republicanos e dentro da estrita legalidade.
Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
termo de posse

quarta-feira, 16 de março de 2016

O que é deficiência intelectual?

Pessoas com deficiência intelectual ou cognitiva costumam apresentar dificuldades para resolver problemas, compreender ideias abstratas (como as metáforas, a noção de tempo e os valores monetários), estabelecer relações sociais, compreender e obedecer a regras, e realizar atividades cotidianas - como, por exemplo, as ações de autocuidado.
A capacidade de argumentação desses alunos também pode ser afetada e precisa ser devidamente estimulada para facilitar o processo de inclusão e fazer com que a pessoa adquira independência em suas relações com o mundo.
As causas são variadas e complexas, sendo a genética a mais comum, assim como as complicações perinatais, a má-formação fetal ou problemas durante a gravidez. A desnutrição severa e o envenenamento por metais pesados durante a infância também podem acarretar problemas graves para o desenvolvimento intelectual.
O Instituto Inclusão Brasil estima que 87% das crianças brasileiras com algum tipo de deficiência intelectual têm mais dificuldades na aprendizagem escolar e na aquisição de novas competências, se comparadas a crianças sem deficiência. Mesmo assim, é possível que a grande maioria alcance certa independência ao longo do seu desenvolvimento. Apenas os 13% restantes, com comprometimentos mais severos, vão depender de atendimento especial por toda a vida.

Como lidar com alunos com deficiência intelectual na escola?


Segundo a psicopedagoga especialista em Inclusão, Daniela Alonso, as limitações impostas pela deficiência dependem muito do desenvolvimento do indivíduo nas relações sociais e de seus aprendizados, variando bastante de uma criança para outra.
Em geral, a deficiência intelectual traz mais dificuldades para que a criança interprete conteúdos abstratos. Isso exige estratégias diferenciadas por parte do professor, que diversifica os modos de exposição nas aulas, relacionando os conteúdos curriculares a situações do cotidiano, e mostra exemplos concretos para ilustrar ideias mais complexas.
Para a especialista, o professor é capaz de identificar rapidamente o que o aluno não é capaz de fazer. O melhor caminho para se trabalhar, no entanto, é identificar as competências e habilidades que a criança tem. Propor atividades paralelas com conteúdos mais simples ou diferentes, não caracteriza uma situação de inclusão. É preciso redimensionar o conteúdo com relação às formas de exposição, flexibilizar o tempo para a realização das atividades e usar estratégias diversificadas, como a ajuda dos colegas de sala - o que também contribui para a integração e para a socialização do aluno.
Em sala, também é importante a mediação do adulto no que diz respeito à organização da rotina. Falar para o aluno com deficiência intelectual, previamente, o que será necessário para realizar determinada tarefa e quais etapas devem ser seguidas é fundamental.

Av2 - Pedagogia - Literatura Infanto-juvenil

GABARITO ABAIXO CONFIRMAR ANTES DE ENVIAR


1)
Leia as afirmativas abaixo, analise-as e considere aquelas que se referem às orientações para preparação do momento de contação de histórias.
I – Criar uma rotina que indique os momentos em que as histórias serão contadas.
II – O professor deve apenas contar histórias e nunca ler para as crianças que ainda não sabem ler.
III - O contato visual, a entonação da voz e a expressão facial de quem conta a história devem estar de acordo com a linguagem escrita.
IV – A história deve ser contada sempre no mesmo tom de voz.
Estão corretas apenas as afirmativas:

Alternativas:
  • a)
    I e III.
  • b)
    II e IV.
  • c)
    I, II e III.
  • d)
    I, III e IV.
2)
Ramos (2011), apresenta a leitura imagética como uma das possibilidades para o trabalho com a literatura em sala de aula. Qual alternativa apresentada a seguir está correta?
RAMOS, Graça. A imagem nos livros infantis: caminhos para ler o texto visual. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. Coleção Conversas com o professor, II

Alternativas:
  • a)
    A leitura de imagens deve acontecer somente na educação infantil, pelo fato de que as crianças dessa faixa etária ainda não sabem ler.
  • b)
     A leitura de imagens deve ser trabalhada somente nas séries iniciais, para desenvolver a imaginação dos alunos.
  • c)
    A leitura de imagens pode ser trabalhada tanto na educação infantil, quanto nas séries iniciais, já que esse tipo de trabalho favorece também a leitura de mundo da criança.
  • d)
    A leitura de imagens contribui somente para o desenvolvimento artístico do aluno.
3)
Os livros com imagem podem ser utilizados pelos professores de várias formas e trazem muitas contribuições às crianças para a aprendizagem de competências. O principal papel da ilustração nos livros com imagens destinado ao público infantil é:

Alternativas:
  • a)
    Prioritariamente, ser elemento decorativo dos livros infantis.
  • b)
    Oportunizar a leitura de imagens sendo essa a principal leitura de uma narrativa, desafiando o intelecto na busca da interpretação e acionando diversos sentimentos durante o ato de contemplação.
  • c)
    Em um livro infantil, a história é sempre muito curta, portanto é necessário que tenha muitas imagens para que o livro tenha mais páginas.
  • d)
    Deixar o livro menos chato para que a criança tenha interesse em ver as figuras.
4)
Os diferentes trabalhos com a literatura infantil podem oportunizar uma série de experiências lúdicas em sala de aula. Qual das alternativas abaixo está correta?

Alternativas:
  • a)
    Ao final da apresentação de um livro, o professor pode desafiar os alunos a encontrarem outro título para a história.
  • b)
    O professor deve contar as histórias sempre da mesma maneira, para que os alunos compreendam o modo correto de se contar uma história.
  • c)
    O professor só pode sugerir o trabalho com literatura infantil a partir de desenhos quando as crianças tiverem autonomia suficiente para interpretarem as imagens sozinhas.
  • d)
    Os alunos não devem falar sobre outros possíveis finais para histórias conhecidas, para que não se confundam frente à versão original.
5)
Segundo Paiva (2014), o trabalho com livros imagéticos incentiva a compreensão e/ou desenvoltura da narrativa, interpretação de texto, sociabilidade, iniciação significa, estruturação editorial, entre outras competências. Enumere a coluna correspondente à cada conceito e assinale a alternativa correta:
I. Desenvoltura da narrativa
II. Interpretação de texto
III. Sociabilidade
IV. Iniciação significa.
V. Estruturação editorial.
PAIVA, Ana Paula. Livros de imagem: como aproveitar a atratividade e desenvolver o potencial criativo destas obras na sala de aula como atividade literária. In: PNBE na escola: literatura fora da caixa / Ministério da educação; elaborada pelo Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Universidade Federal de Minas Gerais. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2014
( ) Procura pelo significado das imagens.
( ) Desenvolvimento da expressividade coletiva dos alunos.
( ) Reflexão sobre as cenas narradas.
( ) Compreensão frente a lógica do sequenciamento da história.
( ) Oportunidade para recontar a história ouvida.

Alternativas:
  • a)
    IV, III, II, I, V.
  • b)
    IV, III, I, II, V.
  • c)
    IV, II, III, V, I.
  • d)
    IV, III, II, V, I.

AV 2
1 A
2 C
3 B
4 A
5 D

Av1 - Pedagogia - Literatura Infanto-juvenil

































































1) Estudamos em nossa Web aula que os paratextos são os elementos que compõem as parte do livro, como por exemplo, título, folha de rosto, capa, entre outros. Quais as funções do título de uma obra literária?GABARITO ABAIXO CONFERIR ANTES DE ENVIAR


Alternativas:
  • a)
    Descrever brevemente para o leitor do que se trata a história e instigar o interesse ou curiosidade para a leitura da obra.
  • b)
    Indicar para o leitor o começo, meio e fim de uma obra literária e facilitar a compreensão do livro com uma linguagem simples.
  • c)
    Instigar a curiosidade do leitor por meio de palavras difíceis e enriquecer o vocabulário do aluno.
  • d)
    Representar de modo subjetivo a temática da história e apresentar a leitura como uma prática voltada à elite e ao desenvolvimento do conhecimento.
2)
Ao iniciar a apresentação de um livro o professor poderá fazer algumas indagações às crianças no sentido de aguçar a sua participação, compreensão da história a ser contada e desejo em fazer a leitura. Leia as afirmativas abaixo e considere aquelas em que as orientações estão corretas quanto à apresentação de um livro às crianças.
I – O professor poderá questionar se há relação entre a capa e a contracapa do livro.
II – Levar as crianças a identificar quem são os autores e ilustradores.
III – Motivar a leitura das imagens pelas crianças antes que ouçam a história, para que imaginem sobre o que se trata a mesma.
Assinale a alternativa em que apresenta apenas afirmativas corretas:

Alternativas:
  • a)
    I, II e III.
  • b)
    I e II.
  • c)
    II e III.
  • d)
    I e III. 
3)
De acordo com Martins (1985), a leitura sensorial é o primeiro tipo de leitura da criança. Assinale a alternativa que explica corretamente do que se trata esse tipo de leitura.
Fonte: MARTINS, Maria Helena. O que é leituraSão Paulo: Editora Brasiliense, 1985.

Alternativas:
  • a)
    A leitura sensorial é aquela que tem por objetivo desenvolver as sensações e os sentimentos dos leitores.
  • b)
    A leitura sensorial refere-se apenas aos estímulos visuais que determinada obra literária apresenta às crianças.
  • c)
    A leitura sensorial está relacionada com o modo com que o professor conta a história para os alunos.
  • d)
    A leitura sensorial é a primeira forma de contato que a criança tem com o livro, utilizando-se de sua habilidade sensorial, tocando, mordendo ou cheirando um livro.
4)
A organização do espaço literário também é um mediador de leitura. Nesse sentido, assinale a alternativa que corresponde à organização do ambiente na educação infantil de forma a promover a construção do hábito de leitura despertando na criança a vontade de ler.

Alternativas:
  • a)
    Na educação infantil não é necessário apresentar e/ou facilitar o acesso aos livros pelas crianças visto que não é objetivo a alfabetização.
  • b)
    Nas paredes da escola devem ser evitadas a exposição de cartazes e dos trabalhos dos alunos pois a parede clara e limpa traz tranquilidade e vontade das crianças lerem um livro.
  • c)
    Contar a história já é suficiente para despertar na criança o interesse pela leitura, portanto, não é necessário preocupar-se com a ambientação.
  • d)
    Organizar principalmente o espaço da sala de aula onde a criança permanece a maior parte do tempo em que está na escola e propiciar momentos de acesso aos livros.
5)
A professora Ana em seu planejamento bimestral contemplou diversos momentos relacionados à contação de histórias. Quanto à organização desses momentos listou quais seriam os passos a serem seguidos, de modo que pudesse enriquecer ainda mais suas propostas, despertando o interesse e gosto das crianças pelas histórias. Analise as afirmativas e considere V para verdadeiro e F para Falso quanto às ações estabelecidas pela professora Ana com o intuito de cativar a atenção das crianças para as histórias a serem contadas.
I – Levar as crianças à biblioteca e solicitar, dentre todas as opções de livros ali disponíveis, aqueles que desejam ouvir a história independente de sua faixa etária. ( )
II - Observar na biblioteca da escola quais os livros adequados à faixa etária de seus alunos, selecionar os que gostaria de trabalhar durante o bimestre e realizar a leitura atentamente. ( )
III –Uma semana antes de contar a história escolhida levar para a sala: figurinos e cartazes relacionados aos personagens que fariam parte da história a ser ouvida pelas crianças. ( )
IV – Antes de iniciar a leitura apresentar o autor, ilustrador, título e as imagens contidas no livro. ( )
A sequência correta de cima para baixo é:

Alternativas:
  • a)
    V – V – F - F
  • b)
    F – F – V - V
  • c)
    F – V – V - V
  • d)
    F – V – F - V


AV 1
1 A
2 A
3 D
4 D
5 C